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Economia do Reino Unido tem a maior queda dos últimos 300 anos

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O Reino Unido está enfrentando sua pior recessão, desde o inverno extraordinariamente frio que assolou a região em 1709, quando as colônias americanas ainda eram britânicas e Benjamin Franklin tinha apenas 3 anos. A crise, basicamente, se reflete em todos os setores. Para tentar reverter o cenário, o país, agora, tenta se apoiar em políticas de recuperação, mesmo assim, qualquer mudança no setor demanda tempo e, até lá, muito ainda precisa ser feito.

Reino Unido

Poucos cidadãos ingleses, mesmo com a queda econômica do país, seguem investindo no Borough Market – atividade herdada há pelo menos 800 anos. A diferença é que, mesmo funcionando em meio a um deserto de negociações, o Borough Market, com a pandemia ocasionada pelo novo coronavírus, tenta arduamente sobreviver – o que, incrivelmente, é um fato inédito. “É uma situação que, na verdade, nos deixou paralisados. Tivemos que ser muito cuidadosos e altamente criativos para sobreviver”, disse Charlie Foster à CBS News.

A crise não reina apenas no mercado de ações. Assim como os investidores tiveram que lidar com altas perdas, os empreendedores também. A família Foster, por exemplo, foi duramente prejudicada com a chegada da pandemia. Os Fosters, que vendem frutas e vegetais em Londres há mais de quatro gerações, tiveram recentemente que despedir cerca de 25 funcionários. Para a tradicional família Foster, se tudo continuar como está, o empreendimento não será capaz de se manter.

“Mais um ano? Não, infelizmente, não seríamos capazes de sobreviver”, disse um dos integrantes.

A situação é tão drástica que, no ano passado, o Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para Crianças – UNICEF – teve que, pela primeira vez, ajudar a alimentar crianças britânicas.

Economia

Enquanto a economia dos EUA encolheu 3,5% no ano passado, a economia do Reino Unido contraiu quase 10% e os economistas acreditam que levará mais tempo do que se imagina para o país se recuperar. E pode ser que a previsão dos profissionais seja verdade. Em um dos bairros ricos próximos ao centro de Londres, com lojas da alta moda e casas que são vendidas por dezenas de milhões de dólares, inúmeros residentes, que antes pertenciam à classe média, agora sobrevivem graças a mantimentos e refeições que são doadas por bancos de alimentos.

“Nem nos meus sonhos mais loucos eu pensei que dependeria de um banco de alimentos para sobreviver. Ainda mais eu, que costumava dar dinheiro às pessoas nas ruas”, disse Jane Austin, chefe de cozinha que trabalhava em ambientes de luxo antes de a pandemia chegar. Atualmente, a profissional precisa escolher entre pagar o aquecimento de seu apartamento ou comprar comida. “Eu, todos os dias, me sinto envergonhada. Sim, é verdade, estou sendo sincera. Afinal, este é um dos pontos mais baixos pelo qual passei em toda minha vida. Jamais achei que viveria para pedir comida”, disse Austin.

“Um banco de alimentos instalado em uma das áreas mais ricas de Londres não é ironia, é a realidade. Para não desmistificar a situação, é absolutamente horrível tudo o que estamos vivendo. Eu paguei impostos a minha vida inteira e é isso que estou recebendo… Precisamos de mais ajuda”, revelou a chefe de cozinha.

Para a economista Miatta Fahnbulleh, a lenta resposta do governo britânico à pandemia, junto com o Brexit, criou uma perfeita tempestade econômica. “Existem famílias que, literalmente, não podem alimentar seus filhos. E como vemos mais e mais situações parecidas, acaba que a sensação de que o nosso governo segue nos decepcionando instaura-se duramente e isso é inadimiscivel”, disse Fahnbulleh.

O Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para Crianças – UNICEF – ajudou a alimentar crianças britânicas pela primeira vez em 2020.

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