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Egito Antigo tinha dados de RPG

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Com a estreia da quarta temporada de Stranger Things, um jogo que é a paixão de milhares de pessoas há décadas voltou a ser assunto, sendo este o Dungeons and Dragons. É um RPG jogado pelos protagonistas Lucas, Mike e Will na série, com o grupo sendo comandado pelo Eddie, personagem introduzido na nova temporada e já amado pelo público. No entanto, pesquisadores afirmam que já existiam os dados de RPG no Egito Antigo.

Segundo historiadores, o dado de 20 lados, ou d20, data pelo menos de 4 d.C. No entanto, seu uso é um mistério até hoje. Assim, o d20 foi fabricado no Egito Antigo quando ele era parte do império romano, sendo um importante centro de cultura e comércio, com fortes laços com a Grécia.

O dado, descoberto em 1910, está em exposição no Metropolitan Museum of Art, em Nova York, mas seu uso ainda é desconhecido. Portanto, sempre que D&D volta a ser assunto, o dado do Egito Antigo reaparece também.

Pesquisadores possuem várias pistas de que não se trata de um dado comum. Isso porque é possível ver que o artesão gastou uma quantidade considerável de tempo esculpindo um icosaedro, que é um poliedro de 20 lados. Ele é perfeito e bem feito, diferente de dados de apostas quaisquer do Egito Antigo, que geralmente eram mais mal feitos.

Oráculo ou jogo

O d20 egípcio é feito de serpentinito, o material que usavam para amuletos e recipientes sagrados. Além disso, em cada face, tem uma letra do alfabeto grego, no lugar de inscrições egípcias, cores ou desenhos, como era mais comum na época.

Isso é importante, visto que os historiadores sabem que os gregos usavam o alfabeto como forma de prever o futuro. Portanto, cada letra tinha um significado. Por exemplo, a lambda (λ) indicava um bom presságio e a letra zeta (ζ) significava que a pessoa precisaria “escapar de uma grande tempestade”.

Porém, como o dado egípcio não tinha tradução ou instrução, os pesquisadores não confirmaram se ele era usado como oráculo ou não. Portanto, alguns acreditam que o d20 do Egito Antigo pode ter sido usado em jogos como senet, um ancestral do gamão que tem como base um mito egípcio do mundo dos mortos.

Então, pode ser um dado de RPG, afinal, é um jogo que conta uma história, quase como senet. Já nos dias atuais, o primeiro jogo RPG que usava dados como esse só veio ao mundo em 1974, com Dungeons and Dragons.

Como era feita a mumificação no Egito Antigo?

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Um dos elementos mais conhecidos do Egito Antigo é a mumificação. Assim sendo, é necessário entender que os egípcios antigos acreditavam em vida após a morte. Então, de acordo com esse povo, para que a pessoa alcançasse a eternidade, era essencial que seu corpo fosse preservado.

Por sorte, as areias do deserto são ambientes perfeitos para a mumificação, sendo responsáveis pelas primeiras múmias egípcias, no período anterior à unificação do Alto e do Baixo Egito, por volta do ano 3100 a.C.

Nessa época, quando alguém morria, seu corpo era enterrado diretamente abaixo da areia. A temperatura alta provocava a rápida evaporação da água do corpo, o que preserva os órgãos e os tecidos. Um exemplo desse tipo de mumificação é a múmia apelidada de Ginger, que foi encontrada no ano de 1901 e datada de 3300 a.C.

Para sua idade, ela está em bom estado de conservação e pode ser vista atualmente no Museu Britânico. Assim, as primeiras tentativas de preservação de um corpo por meio das técnicas de mumificação se deram por volta de 3200 a.C., durante o período que conhecemos como o Antigo Império.

Múmias ricas e pobres

Por mais que essas técnicas tenham mudado ao longo da história do Egito Antigo, algumas etapas especiais se destacam. Tudo começava na oficina do embalsamador, que era um profissional especializado. Lá, os familiares da pessoa que seria mumificada escolhiam qual método seria realizado.

Logo, os procedimentos mais elaborados eram destinados às pessoas importantes dentro da sociedade egípcia, como os faraós e seus familiares, e altos funcionários do Estado, que poderiam pagar pelos serviços.

Já as pessoas de classes mais baixas passavam pelos procedimentos mais baratos. No método mais caro, o embalsamador tirava o cérebro e os demais órgãos internos, exceto o coração e os rins. Nos mais baratos, realizados principalmente a partir do Novo Império, o embalsamador não tirava os órgãos internos.

O próximo passo era cobrir o corpo com natrão, que é um mineral composto de carbonato de sódio. Depois disso, se colocava o corpo em um recipiente por um período de 70 dias. Com isso, ele era desidratado, o que impedia a proliferação de bactérias que são as responsáveis pela decomposição do corpo.

Após ser desidratado, era preciso recuperar o volume perdido, visto que o corpo é composto por 70% de água. Para isso, o embalsamador o preenchia com linho, serradura, terra, natrão, resinas, ervas aromáticas e até cebolas às vezes.

O próximo passo era cuidar da aparência da pessoa morta. Então, o embalsamador passava óleos e bálsamos aromatizantes, e o corpo era enrolado em linho. Em alguns casos, até realizava-se tratamentos estéticos, como o aplique de cabelos. A última etapa do processo era a colocação da máscara funerária, feita de ouro, de uma camada de fibra ou de papiros molhados. Todo esse processo fazia parte do ritual de embalsamento, acompanhado de preces sagradas que um sacerdote recitava.

Fonte: Superinteressante

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