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Em qual país os carros mais poluem o ar?

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Todo mundo sabe que, hoje, os carros são extremamente importantes na nossa sociedade. É um bem de consumo muito desejado e muito útil. Afinal, a gente precisa se locomover, e quanto mais prático e confortável for, melhor. Em contrapartida, os carros também são bastante prejudiciais ao meio ambiente.

Tanto é que, de acordo com um estudo publicado pelo Conselho Internacional de Transporte Limpo, foi visto que carros e caminhonetes na Austrália lançam 50% mais dióxido de carbono (CO2) no ar do que os automóveis em outros países.

Isso quer dizer que é difícil que a Austrália alcance a meta de não emitir poluentes até 2050. De acordo com Robin Smit, professor adjunto da Escola de Engenharia Civil e Ambiental, da Universidade de Tecnologia de Sydney, para que isso seja alcançado, o país tem que ter regras mais rígidas para os carros, além de outas políticas.

Carros poluem mais

Olhar digital

Conforme explica Smit, líder do estudo recente, o governo da Austrália propôs um Novo Padrão de Eficiência de Veículos (NVES), que deve entrar em vigor em 2025. Ele irá fixar um limite de quantos gases poluentes um carro pode emitir por quilômetro.

“Regras assim são importantes para reduzir a poluição dos carros. Muitos outros países já têm normas assim há anos”, disse ele.

Desde 2008 a Austrália tem discutido a respeito disso, mas nunca chegou a impor regras obrigatórias. As regras vistas hoje em dia são voluntárias e desde 1978, no entanto, não funcionam bem por conta da falta de fiscalização. Consequentemente, os carros ainda poluem muito.

“Parece que a proposta atual do governo será mais ambiciosa. Pretende potencialmente convergir com as metas dos EUA em 2027 – embora aquém do que está a ser feito na Europa. A eficácia da norma australiana em alcançar reduções genuínas de emissões e emissões líquidas zero em 2050 ainda precisará ser examinada quando o design e os detalhes forem mais claros”, pontuou Smit.

No estudo de Smit, ele e sua equipe fizeram a comparação entre a poluição dos carros na Austrália com a de outros países como China, União Europeia, Japão e EUA.

Segundo o autor, os testes feitos na Austrália não mostraram o quanto os carro poluem realmente. “Precisamos de testes mais eficazes”, disse.

Observações

Com o objetivo de diminuir a poluição dos carros, normas de eficiência de combustível e emissões de CO₂ são importantes. Isso porque elas ajudam a diminuir o consumo de combustível e as emissões de gases que causam o aquecimento global. Além disso, elas podem fazer com que os carros gastem menos combustível, o que também é bom para o bolso dos motoristas.

Essas normas já são uma realidade há anos em várias nações, como Estados Unidos, União Europeia, Canadá, Reino Unido, Japão, China, Coreia do Sul, Brasil, México, Nova Zelândia, Chile e Índia. A Austrália e a Rússia são os únicos países desenvolvidos que não as têm.

Outro ponto mostrado pelo estudo é que os carros na Austrália estão mais poluentes a cada ano. Isso acontece porque eles estão maiores e mais pesados, além de mais pessoas estarem comprando SUVs grandes. Juntando isso ao fato de não existirem regras rígidas, a tendência pode continuar.

Na visão de Smit, essas novas regras têm que ser bem pensadas para poderem realmente funcionar. “Os testes de emissões devem ser mais realistas, e as informações sobre o consumo de combustível dos carros devem ser públicas. Isso vai ajudar a garantir que os carros estejam poluindo menos”, concluiu.

Taxa

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Por conta da poluição que os carros causam, Londres implementou uma taxa. Quem dirigir um modelo antigo e poluente em qualquer lugar da capital inglesa irá ter que pagar uma taxa de 12,50 libras, aproximadamente 75 reais, por dia.

Essa nova regra entrou em vigor em agosto do ano passado e faz com que a Zona de Emissão Ultrabaixa (ULEZ) seja ampliada para conseguir abranger os distritos e subúrbios da cidade.

Ainda em 2019, Londres foi a primeira cidade do mundo a implementar uma área que restringe emissões de CO2 24 horas por dia. Nessa zona, os carros precisam cumprir padrões bastante rigorosos de emissão ou então também serão taxados.

Essa medida foi uma melhora de uma legislação de rodízio feita em 2003 e que tinha o objetivo de diminuir o congestionamento no centro de Londres. A primeira vez em que a ULEZ foi ampliada foi em 2021.

“A poluição atmosférica ainda é muito alta, prejudicando permanentemente a saúde dos jovens londrinos e levando a milhares de mortes prematuras todos os anos. Expandir a ULEZ em Londres significará que mais 5 milhões de pessoas poderão respirar um ar mais limpo e viver vidas mais saudáveis”, disse Sadiq Khan, presidente da Câmara de Londres.

Por mais que essa medida seja algo bom, o aumento da área da ULEZ também tem sido um ponto de controversa. Isso porque essa zona estimulou e conseguiu sobreviver a um desafio legal que as autoridades locais apresentaram em quatro bairros periféricos e em um condado que faz fronteira com a cidade.

Por conta disso, as eleições de julho para um membro novo do parlamento em Uxbridge, uma região na periferia oeste de Londres, foram dominadas pela oposição a essa expansão.

No fim das contas, o Partido Trabalhista de Khan perdeu por pouco a eleição para a vaga que antes era do ex-primeiro-ministro conservador Boris Johnson. E no começo de agosto, Khan aumentou o programa de sucateamento que oferece subsídios de até duas mil libras, cerca de 12.345,48 reais, para cada pessoa que tenha um carro ou moto fora dos padrões da ULEZ.

Fonte: Olhar digital,  CNN

Imagens: Olhar digital, iTV

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