Curiosidades

Enfermeiro afirma ter sofrido homofobia em centro islâmico

0

Lamentavelmente o preconceito continua presente no mundo em que vivemos. Embora não devesse, é comum se deparar com casos de racismo a todo o momento, quando pessoas de pele preta são tratadas com desprezo apenas por conta da pele. Existe ainda a xenofobia, preconceito contra determinado estado ou região também. No Brasil, os nordestinos costumam ser os principais alvos. É claro que não podemos deixar de citar os casos de preconceito contra pessoas LGBTQIA+. Diante disso, um caso recente de homofobia chamou atenção no país e ganhou destaque em diversos portais.

O caso aconteceu com Douglas Zanin, um enfermeiro de 45 anos em São Paulo. Segundo Douglas, ele foi vítima de homofobia dentro de um centro islâmico na zona leste da capital paulista. Na ocasião, ele tentava se inscrever em um curso gratuito de árabe. Em entrevista ao Metrópoles, ele disse que foi ao Centro Islâmico Imam Al Mahdi de Diálogo no Brasil, no Belenzinho, no último dia 13 de janeiro. Ele queria informações sobre o curso divulgado nas redes sociais da empresa.

No entanto, disse ainda que foi atendido por Mahdi Elah, que teria ficado empolgado com seu interesse pelo curso. No entanto, ele mudou totalmente quando soube que o enfermeiro era gay.

O caso de homofobia

Via Queer IG

“Ele demonstrou alegria quando eu disse que queria aprender árabe e também perguntou se eu tinha interesse em aprender mais sobre o livro sagrado, o Alcorão. Quando eu disse que conhecimento nunca é demais, ele ficou contente, colocando a mão no peito e falando para Deus me abençoar”, relatou o enfermeiro.

No dia anterior havia tido uma festividade no local, então o xeque pediu que Zanin voltasse ao centro no final da tarde para um evento inter-religioso, assim eles poderiam conversar melhor. Mas antes que o enfermeiro fosse embora, o religioso perguntou se ele era casado.

“Eu disse que não era casado, nem tinha filhos. Por fim, eu disse que era gay. Depois disso, ele falou se eu sabia que isso [ser gay] diante das leis de Deus estava errado e acrescentou que se eu me entregasse a Deus poderia até me casar com uma mulher”.

Ainda de acordo com a vítima de homofobia, ao revelar que era gay, o religioso teria pedido que ela voltasse outra hora. Quando voltou naquele dia mais tarde, o xeque o teria ignorado totalmente. “Na verdade, ele me ignorou o tempo todo, até o fim do evento inter-religioso”, contou. Depois que o encontro acabou, o enfermeiro disse que tentou conversar com o xeque para pegar o exemplar do Alcorão que ele havia prometido.

No momento, de acordo com o enfermeiro, o religioso conversou em árabe com outro homem e, depois disso, respondeu que não haveria mais curso de idioma, pois ele tinha compromissos pessoais. “Ele deixou muito claro que não me queria ali. É um absurdo como os esgotos da homofobia, do preconceito, foram abertos. Homofobia sempre existiu, mas não é seu gênero que define seu caráter”, disse o enfermeiro após registrar um boletim de ocorrência de discriminação.

Defesa do centro islâmico

Via Metrópoles

Diante da exposição, o centro islâmico se defendeu afirmando que essas denúncias feitas por Zanin são “infundadas” e “desconexas”, argumentando ainda que elas “denigrem a imagem do centro e de um líder religioso”.

“Sobre ele ser homossexual, ser impedido de participar do curso, nem se tocou nesse assunto no dia, até porque ele estava tendo um encontro inter-religioso. Ele [enfermeiro] estava presente e o único ponto que ele tocou foi o curso de árabe, somente isso e nada mais”, declarou a instituição.

Fonte: Metrópoles

Novo piso salarial para professores é anunciado por Ministro da Educação

Artigo anterior

Vítima de estupro por anestesista o define como “monstro”

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido