Temos a mania de acreditar que os artistas têm vidas perfeitas e estão livres até mesmo de doenças. Isso porque, em algum momento de dificuldade maior, julgamos que possuem o dinheiro necessário para se livrar de qualquer coisa que venha a incomodar. Não é à toa que ficamos tão chocados quando sabemos que certa celebridade está internada ou passando por algum tratamento.
Um exemplo disso é Céline Dion. A cantora foi diagnosticada no fim de 2022 com Síndrome da Pessoa Rígida, uma doença que não tem cura. Agora, a irmã de Céline, Claudette Dion, confirmou que a irmã teve uma piora no seu estado de saúde e que ela perdeu o controle dos seus músculos.
Desde o momento que Céline foi diagnosticada ela está morando com sua família e focando no seu tratamento. Tanto é que, em maio desse ano ela fez o anúncio do cancelamento da sua turnê mundial “Courage World Tour”, prevista para começar em agosto e durar, pelo menos, até abril de 2024.
A doença
A Síndrome da Pessoa Rígida é uma doença neurológica rara e que não tem cura. Para se ter uma ideia de sua raridade, ela atinge aproximadamente uma ou duas pessoas a cada um milhão. Normalmente, ela afeta mais mulheres do que homens e começa a dar seus sinais entre os 20 e 50 anos.
Como ela é uma doença progressiva, ela tem a tendência de ser diagnosticada mais tarde, quando a pessoa está entre seus 50 e 60 anos. No caso de Céline, ela foi diagnosticada aos 54 anos.
Quando essa síndrome atinge o sistema nervoso, os principais sintomas são espasmos e rigidez muscular forte. E com o passar do tempo ela pode atingir os músculos do tronco e do abdômen, fazendo com que a pessoa fique com uma postura curvada.
Outro ponto que a doença pode afetar são os músculos respiratórios. E as pessoas que têm a Síndrome da Pessoa Rígida podem ter uma sensibilidade à dor aumentada.
A causa extada da doença ainda não é sabida, podendo ser uma condição autoimune. Isso ocorre quando a pessoa acaba produzindo anticorpos que atacam as células nervosas da medula espinhal que são responsáveis pelo controle dos músculos.
Além disso, essa síndrome é frequentemente relacionada com o câncer de mama, pulmonar, renal, de tireoide ou do cólon, como também ao linfoma de Hodgkin e da diabetes tipo 1.
O tratamento da Síndrome da Pessoa Rígida varia de caso para caso. Dentre eles podem ser medicamentos que aliviam a rigidez muscular, e até terapias com filtragem de plasma sanguíneo. Por conta dessas possibilidades de tratamento, os médicos dizem que é possível que a pessoa viva com qualidade, mesmo tendo a doença, se ela fizer o tratamento adequado.
Convivendo
Assim como Céline, existem outras celebridades que também convivem com doenças que não tem cura. Essas celebridades, tanto nacionais, como internacionais, sofrem com doenças incuráveis e falam a respeito mostrando que é possível ter uma vida saudável mesmo depois do diagnóstico, além de terem quebrado o tabu a respeito de certas condições. Alguns exemplos são:
Dani Valente
Foi em agosto de 2017 que a atriz decidiu falar sobre sua doença e reforçar a importância da qualidade de vida. Ela foi diagnosticada com fibromialgia, que é uma doença que causa dores fortes no corpo e também depressão. Dani contou que mudou sua perspectiva de vida para encarar sua doença.
“Fui diagnosticada aqui nos EUA com fibromialgia. Uma doença que faz basicamente a gente sentir dores por todo o corpo, exaustão e uma depressão danada por não conseguir fazer 10% do que você gostaria”, explicou.
Para tratar a doença, a atriz fez mudanças estruturais na sua vida. “Mudei meu estilo de vida. Dou valor a cada momento alegre com a minha família. Foquei em escrever mais do que atuar. Escolho somente os trabalhos que me trazem alegria. Sem falar na alimentação saudável, contato com a natureza e a meditação”, escreveu em seu Instagram.
Amanda Seyfried
Em 2016, a atriz contou, em uma entrevista para uma revista, que convive com Transtorno Obsessivo-Compulsivo, o TOC. Esse transtorno é caracterizado por incluir pequenos “rituais” no dia a dia das pessoas que o têm. E ele pode ter várias intensidades, tanto em adultos quanto crianças.
Para se tratar, Amanda toma medicamento antidepressivo desde os 19 anos. “Eu tive uma ansiedade muito forte em relação à saúde por causa do TOC e achei que tinha um tumor no cérebro. Fiz uma ressonância e o neurologista me mandou para o psiquiatra. Com o tempo, os pensamentos compulsivos e medos diminuíram muito. Saber que muitos dos meus medos não têm base real ajuda muito”, conta.
Tatá Werneck
Tatá sofre com endometriose. Essa é uma doença que afeta milhares de mulheres e causa dores totalmente incapacitantes e podem fazer com que a mulher chegue a desmaiar. Esses incômodos são muitas vezes ignorados por serem associados às cólicas menstruais fortes. Mas a doença é bem comum.
Segundo a Associação Brasileira de Endometriose (SBE), mais de seis milhões de mulheres brasileiras sofrem com esse problema. O que faz com que esse problema surja ainda é desconhecido. Mas é acreditado que um fator genético esteja ligado a isso.
Essa doença não tem cura, porém, pode ser controlada e permitir que a mulher viva normalmente, e até mesmo tenha filhos.
Fonte: Olhar digital
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