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Escorpião mais venenoso da América do Sul é encontrado em Santa Catarina

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A aparição de um escorpião-amarelo assustou uma moradora de Blumenau, no Vale do Itajaí (Santa Catarina), que passava por uma calçada da cidade na última terça-feira (20/09). De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a espécie é considerada a mais venenosa da América do Sul. Ninguém ficou ferido.

Josiane Fortunato contou que caminhava pela Rua Jequié, no bairro Itoupava Seca, quando observou a movimentação no chão. Ela disse que no primeiro momento acreditou que se tratava de uma aranha. No entanto, ao se aproximar, notou o escorpião.

Em entrevista ao G1, o biólogo Christian Raboch analisou as fotos feitas pela moradora e confirmou ser um Tityus serrulatus, popularmente conhecido como escorpião-amarelo.

Estudos apontam que o gênero Tityus é o mais numeroso em relação às espécies. Uma delas, a serrulatus, é descrita pela Fiocruz como a mais venenosa da América do Sul, que provoca acidentes graves, principalmente no estado de Minas Gerais.

Esses escorpiões foram se espalhando para outras regiões do Brasil. Escondidos em escombros, eles “invadem” as áreas urbanas em dias quentes.

O que fazer ao ver um escorpião?

Foto: Thiago Carvalho/ Musa

De acordo com o capitão dos bombeiros militares de Blumenau, Fillipi Pamplona, o resgate do escorpião só deve ser realizado caso apresente risco para as pessoas, como dentro de casa ou em lugares cheios de crianças, que são as que mais correm risco caso sejam picadas.

Pamplona explica que o escorpião só ataca ao se sentir ameaçado. Por isso, o recomendado é manter distância ou, usando algum objeto, como uma vassoura, varrê-lo para uma região de mata.

“Se for perto de uma escola ou local onde haja muitas crianças brincando, é possível que a Central encaminhe [uma equipe] para fazer a captura, se tivermos viaturas disponíveis”, informa.

Aumento de incidentes em São Paulo

Foto: Instituto Butantan

Em agosto, foi divulgado que aconteceu um crescimento envolvendo acidentes com escorpiões no estado de São Paulo. Apenas neste ano, já são 20 mil casos, de acordo com dados do governo estadual, em média 94 por dia.

Além disso, cerca de 3 óbitos já foram registrados por picadas por escorpiões, que muitas vezes podem ser letais. Em comparação, em 2021, ao longo de todo o ano, foram registrados 33 mil casos e 7 mortes confirmadas.

Em São Paulo, duas espécies são prevalentes, o escorpião amarelo e o marrom. O amarelo é mais comum em áreas urbanas, sendo responsável pela maior parte das picadas.

Quem vive em áreas com maior incidência de escorpiões vive apreensivo. De acordo com a Band News, Carolina Farias, do bairro do Piqueri, na zona norte da capital, é uma das pessoas que fazem reclamações sobre a situação. “Demorou 2 meses para uma equipe da Prefeitura vir à minha casa!”

Ainda segundo a Band News, a Prefeitura de São Paulo monitora atualmente cerca de 170 áreas escorpiônicas. Nesses locais, os agentes recomendam que as pessoas adotem medidas preventivas e também realizem vistorias.

Sonia Berenguer, que também mora na zona norte da cidade, aponta que os moradores vivem em constante medo. “Levamos um susto, quando eu vi o escorpião. Meu marido colocou o bicho num vidro, mas nem sabíamos o que fazer.”

De acordo com as autoridades, a recomendação é vedar, possíveis frestas e vãos que permitam que os escorpiões entrem nas casas. Também é orientado sacudir as roupas e sapatos antes de usá-los e sempre olhar para a cama antes de se deitar.

Além disso, a colunista da Band News FM Manu Karsten destaca que: “O escorpião não é ágil. Se pegá-lo num pote é preciso leva-lo ao Butantã para análise”.

O Instituto Butantã é uma das maiores referências em pesquisa e produção do soro antiescorpiônico. O local recebe os animais que são usados na produção do medicamento e de pesquisas. 

Fonte: G1, Band

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