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Nova imagem do James Webb captura a visão mais nítida dos anéis de Netuno

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O telescópio James Webb é o observatório espacial mais poderoso já construído. Seu lançamento foi muito aguardado e desde que finalmente começou sua missão, ele vem fazendo imagens impressionantes e que intrigam os cientistas.

Como nesse caso, em que o super telescópio capturou os seus primeiros registros de Netuno, o planeta gigante de gelo e o oitavo mais distante do nosso sistema solar. Esse registro foi divulgado na quarta-feira dessa semana pela NASA, e pela ESA, a agência espacial da Europa.

De acordo com a NASA, esse registro inédito mostra não somente uma visão mais nítida dos anéis desse planeta em 30 anos, mas também mostra suas principais características de uma perspectiva totalmente nova.

Registro

G1

O planeta tem, pelo menos, cinco anéis principais formados por bilhões de partículas de rocha, gelo e poeira. E nessas novas imagens feitas pelo James Webb é possível ver os anéis e algumas faixas de poeira mais fracas desse que é o único planeta no sistema solar que não é visível a olho nu.

Assim como todos os registros feitos pelo James Webb, esse também surpreendeu os cientistas. “Faz três décadas desde a última vez que vimos esses anéis fracos e empoeirados, e esta é a primeira vez que os vemos no infravermelho”, disse Heidi Hammel, cientista da equipe interdisciplinar do telescópio James Webb.

Netuno

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Esses registros foram feitos através da Near-Infrared Camera (NIRCam) do observatório, que tem três filtros infravermelhos que mostraram os detalhes do planeta, o qual está mais de 30 vezes longe do sol do que a Terra.

Além dos anéis, o super telescópio também conseguiu capturar sete das 14 luas conhecidas de Netuno. Na imagem, o ponto de luz brilhante ao lado do planeta é sua lua chamada Tritão.

James Webb

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Esse registro dos anéis de Netuno não foram as únicas coisas impressionantes capturadas pelo James Webb. Ele capturou imagens de um exoplaneta, ou seja, um planeta fora do sistema solar.

Na imagem se destaca o exoplaneta. De acordo com explicação da NASA, a estrela branca pequena em cada quadradinho marca a localização da estrela hospedeira do HIP 65426 b. Ela foi tirada digitalmente porque a sua luz forte bloqueava a visão do planeta.

Esse exoplaneta capturado pelo James Webb é um gigante gasoso a 355 anos-luz de distância e tem sua massa aproximadamente oito vezes a massa de Júpiter, o maior planeta do sistema solar. Além disso, por ele ser formado de gás, o exoplaneta não tem superfície rochosa e por isso não pode ser habitável.

De acordo com a NASA, as imagens, que são vistas através de quatro filtros de luz diferentes do James Webb, mostram o poder dos instrumentos desse super telescópio. Elas também comprovam que as futuras observações que ele fará revelarão mais informações do que nunca foram feitas a respeito desses exoplanetas.

“Este é um momento transformador, não apenas para o Webb, mas também para a astronomia em geral”, disse Sasha Hinkley, professora associada de física e astronomia da Universidade de Exeter, no Reino Unido.

Como explica a agência americana, os astrônomos descobriram o planeta em 2017 usando o Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul no Chile e já tinham tirado imagens.

Por mais que essas novas imagens pareçam de “baixa qualidade” para quem não é especialista, o diferencial é que como o James Webb enxerga em comprimentos de onda diferentes do VLT, os astrônomos têm a chance de observar novos detalhes a respeito desse gigante gasoso, que não seriam vistos por telescópios terrestres.

“Eu acredito que o aspecto mais emocionante disso é que estamos apenas começando”, afirmou Aarynn Carter, pesquisador de pós-doutorado da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, que liderou a análise das imagens.

Fonte: G1

Imagens: G1

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