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Espuma de monóxido de carbono pode ser novo tratamento conta o câncer

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Uma das doenças mais temidas pelas pessoas, se não a mais, é o câncer. E quando esse conjunto de centenas de mutações patológicas com um crescimento de células anormal e fora do controle não é tratado, ele pode levar à morte. Como essa é uma doença que atinge milhares de pessoas ao redor do mundo, estudos sobre ela nunca param. Eles são feitos na tentativa de encontrar um tratamento ou até mesmo uma cura.

Felizmente, descobertas promissoras são feitas frequentemente. Como essa em que pesquisadores descobriram uma nova maneira de aumentar a eficiência de inibidores de autofagia, que é uma terapia experimental para melhorar o tratamento de vários tipos de câncer. A forma? Espuma de monóxido de carbono.

Essa abordagem tem tido resultados mistos, e se mostra mais eficaz quando é combinada com outros medicamentos. E ela pode até evoluir para ser um novo tipo de tratamento contra o câncer.

Tratamento do câncer

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A autofagia é um processo de regeneração natural a nível celular. Ele diminui a probabilidade de algumas doenças surgirem. Através dele, o corpo faz a reciclagem de componentes intracelulares que estão danificados para impedir que eles sejam acumulados.

De acordo com o New Atlas, quando a autofagia é vista nas células cancerígenas, o processo é aumentado, e inibi-lo pode ajudar no tratamento da doença. Isso porque assim a regeneração dessas células é impedida e, consequentemente, também os tumores.

Mesmo que drogas como cloroquina e hidroxicloroquina já estejam sendo usadas como parte de terapias experimentais para aumentar a eficácia de quimioterapias, os resultados são mistos dependendo do paciente. É justamente esse ponto que deixa os pesquisadores instigados.

Monóxido de carbono

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De acordo com os pesquisadores da Carver College of Medicine da Universidade de Iowa, uma das razões para que a resposta na inibição da autofagia fosse diferente era o tabagismo. Os pacientes que fumavam se desempenhavam melhor na terapia, o que consequentemente era visto na diminuição do tumor.

Então, analisando estudos anteriores eles descobriram que isso acontecia por conta de esse processo natural ter a participação de moléculas com monóxido de carbono em sua composição, que é um componente também da fumaça do cigarro.

Sabendo disso, os pesquisadores estudaram uma maneira de dar esse monóxido de carbono para não fumantes. Como solução, eles pensaram em uma espuma comestível com o monóxido de carbono. E para criá-la, eles usaram uma técnica culinária, o sifão para bater o CO2 até que ele chegasse na consistência desejada. O resultado foi chamado de CO-GeM.

A espuma foi testada nos inibidores de autofagia para câncer de próstata, pâncreas e pulmão. Depois disso, os pesquisadores fizeram o teste para câncer de próstata e pâncreas em camundongos. Nesse ponto, os animais foram divididos em quatro grupos. Foram eles: os que receberam CO-GeM puro, CO-GeM + hidroxicloroquina, hidroxicloroquina pura e sem nenhum inibidor.

Depois de 21 dias, os pesquisadores viram que aqueles que tinham recebido CO-GeM + hidroxicloroquina tiveram uma diminuição bastante significativa no tamanho do tumor, além de não terem tido efeitos colaterais em seu peso ou nos outros órgãos do corpo.

Com esses resultados, os pesquisadores defendem que a espuma pode sim ser usada como inibidor da autofagia e ajudar no tratamento de câncer. Agora, eles irão continuar com a testagem em diferentes tipos de paciente de câncer e com dosagens diferentes.

Possibilidade

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Uma outra possibilidade no combate contra o câncer é a vacina experimental contra o melanoma que foi desenvolvida pela farmacêutica Moderna que pode estar disponível em dois anos. Logicamente, isso é um passo importante contra essa forma de câncer de pele.

Recentemente, os resultados vistos nos ensaios clínicos revelaram uma melhora nas chances de sobrevivência dos pacientes por conta dessa vacina da Moderna. O imunizante é feito com a tecnologia do RNA mensageiro.

Um estudo foi feito com 157 pessoas que tinham melanoma em estado avançado. Nelas, a vacina, juntamente com o fármaco de imunoterapia Keytruda, do laboratório MSD, conseguiu diminuir em 49% o risco de morte dessas pessoas em um período de três anos.

O desenvolvimento dessa vacina já estava sendo feito há algum tempo. Tanto é que em 2022, a Moderna tinha anunciado os resultados de acompanhamento que estava fazendo por dois anos. Nele, a diminuição dos riscos de morte tinha sido de 44%.

“A diferença na sobrevivência está crescendo. Quanto mais passa o tempo, mais se vê essa vantagem. Temos uma a cada duas pessoas que sobrevive, em comparação com o melhor produto do mercado, o que, em oncologia, é enorme”, disse Stéphane Bancel, CEO da Moderna.

Com esses resultados positivos, o próximo passo da Moderna é fazer um estudo mais amplo com a vacina em 2024. Para isso, aproximadamente mil pessoas devem participar da fase 3 dos testes. Com isso, o processo de autorização para a vacina pode ser acelerado.

E se preparando para esse lançamento, a Moderna está construindo uma fábrica nova em Massachusetts para conseguir prover um fornecimento grande, o que é um fator exigido pela Food and Drug Administration dos Estados Unidos (FDA).

Outro ponto que se espera é combinar a vacina contra o câncer com “biópsias líquidas”, que são testes inovadores capazes de detectar sinais de tumores através da análise do sangue e começaram a ser disponibilizados nos EUA.

Além da Moderna, empresas como a BioNTech também trabalham em vacinas terapêuticas individualizadas contra o câncer. O que é ótimo porque, somente em 2020 foram registrados 325 mil novos casos no mundo todo e 57 mil mortes por conta do câncer de pele. No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são 8.980 casos e 1.832 mortes anualmente.

Fonte: Olhar digital

Imagens: Olhar digital

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