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Essa bengala usa tecnologia de veículos autônomos para ajudar deficientes visuais

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A maioria dos seres humanos possui cinco sentidos, que ajudam a perceber o mundo ao seu redor. A ciência já estudou novos sentidos que podem mostrar que temos até mais que os consagrados tato, paladar, olfato, audição e visão. Dentre os cinco, a visão certamente é um dos mais utilizados e determinantes na nossa percepção das coisas.

Mas claro que as algumas pessoas podem nascer sem a visão ou perdê-la ao longo da vida. E a ciência está sempre preocupada em ajudar as pessoas a recuperarem um sentido que perderam, ou querer fazer com que suas vidas sejam o mais fácil possível.

A bengala padrão é uma ajuda essencial para várias pessoas com deficiência visual. No entanto, até o momento, ela não ofereceu muito mais quando se trata de atualizações. Mas um grupo de pesquisadores quer mudar essa realidade.

Tecnologia

Os pesquisadores usaram a tecnologia para veículos autônomos para criar uma bengala de navegação autônoma que consegue identificar obstáculos ao seu redor e empurrar o usuário para longe deles de uma forma segura.

Nos testes feitos, essa bengala aumentou a velocidade de caminhada dos voluntários em 18%. Mostrando que essa tecnologia pode levar a um aumento significativo da qualidade de vida para 250 milhões de pessoas com deficiência visual no mundo todo.

“Queríamos algo mais amigável do que apenas uma bengala branca com sensores. Algo que não pode apenas dizer que há um objeto em seu caminho, mas dizer o que é esse objeto e ajudá-lo a navegar em torno dele”, explicou o engenheiro mecânico Patrick Slade, da Universidade de Stanford, na Califórnia.

Bengala

 

Essa bengala inteligente depende do Light Detection and Ranging (LIDAR), que usa lasers refletivos para localizar objetos e a distância. E outros sensores vistos em smartphones, como por exemplo, GPS, acelerômetros, magnetômetros e giroscópios, fazem o monitoramento da posição, velocidade e direção que o usuário está seguindo.

No software, a bengala usa vários algoritmos de inteligência artificial, como a localização e mapeamento simultâneos (SLAM). Isso lhe dá uma forma de construir um mapa de uma região desconhecida enquanto também mantém o controle da localização do usuário dentro dela.

Na ponta da bengala existe uma roda motorizada omnidirecional  que pode direcionar os usuários em qualquer direção e também pode ser usada para direcionar a pessoa para um destino específico como um café.

Uso

“Queremos que os humanos estejam no controle, mas fornecemos a eles o nível certo de orientação gentil para levá-los aonde querem ir da maneira mais segura e eficiente possível”, disse o cientista da computação Mykel Kochenderfer, também de Stanford.

Essa não foi a primeira vez que a tecnologia se uniu às bengalas inteligentes. Entretanto, os modelos atuais são pesados e caros. Esse novo modelo é leve e pode chegar ao mercado por um preço que seja menos de um décimo do custo das bengalas inteligentes já existentes.

Esse novo modelo foi desenvolvido com a ajuda de pessoas com deficiência visual. E várias das decisões tomadas quanto ao design e navegação se basearam nos feedback das pessoas que realmente iriam usar a bengala.

Fonte: https://www.sciencealert.com/this-400-cane-uses-autonomous-vehicle-tech-to-help-guide-the-visually-impaired

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