Essa semana os planetas Júpiter e Vênus estarão bem próximos no céu

Uma coisa que ninguém pode questionar é a beleza do universo e os fenômenos que acontecem nele. Anualmente, milhares de eventos astronômicos acontecem, como por exemplo, as fases da lua, chuvas de meteoro, eclipses, ocultações, oposições, conjunções de planetas e outros eventos interessantes.

Alguns deles são vistos apenas com a ajuda de telescópios ou então somente por astrônomos profissionais. Contudo, para a felicidade de quem ama observar o céu e todas suas belezas, existem os fenômenos que podem ser vistos a olho nu.

Um exemplo disso irá acontecer nessa quinta-feira. Nesse dia, os planetas Júpiter e Vênus irão ter a mesma ascensão reta, com isso, irão aparecer bem perto um do outro tendo como ponto de visão o nosso planeta. Esse fenômeno é chamado de conjunção.

Fenômeno astronômico

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Segundo o site In-The-Sky.org, tendo como base alguém observando o céu em São Paulo, o fenômeno irá acontecer às 7h40 da manhã, horário com referência ao de Brasília.

Mas esse não será o único fenômeno que acontecerá nesse dia. Na madrugada, às 2h05, irá acontecer o chamado appulse, que de acordo com o Starwalk Space, um guia de astronomia, é a separação mínima aparente entre dois corpos no céu.

A diferença dos dois é que, mesmo que a conjunção seja usada para mostrar uma aproximação entre os planetas, de forma mais técnica, a conjunção astronômica só acontece de verdade quando os dois planetas estão com a mesma ascensão reta. O que não será o caso do fenômeno dessa semana, visto que Vênus estará em magnitude -4.0, enquanto Júpiter, em -2.1. Essa magnitude tem uma relação inversa com o brilho dos planetas, já que quanto mais brilhante ele estiver, menor será sua magnitude.

Esses planetas estarão visíveis a partir das 18h48, 17° acima do horizonte oeste. Por conta disso, o momento em que eles estarão em sua aproximação máxima não poderá ser visto por conta da posição de Júpiter e Vênus, que já estarão abaixo da linha do horizonte.

Planetas

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Mas na quarta-feira, poucas horas antes do appulse, será possível observar os planetas estando menos de 1° de distância um do outro. Isso poderá ser visto por volta das 19h. Já na quinta-feira, no mesmo horário, a distância entre Júpiter e Vênus será de 51 minutos de arco. Nesse momento, os dois planetas irão aparecer lado a lado no céu.

“Se as condições do céu forem boas, os dois planetas estarão visíveis logo após o pôr do Sol e até às 20h mais ou menos (dependendo do local, os horários podem variar um pouco)”, explicou Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON).

De acordo com Zurita, a pessoa que tiver um telescópio ou um binóculo irá conseguir ver os dois planetas no mesmo campo de visão. Além disso, ela também conseguirá ver a luas galileanas de Júpiter e a fase minguante de Vênus.

O fenômeno irá acontecer, conforme explicou Zurita, porque os planetas do sistema solar tem a orbita ao redor do sol no mesmo plano que é chamado de plano eclíptica.

Ordem

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Observar esses fenômenos é uma coisa extremamente interessante. No entanto, existem pessoas que não sabem muito, ou melhor, não sabem nem mesmo o básico sobre o nosso sistema solar. Para quem não sabe, ele é formado pelo sol e por outros 1.700 corpos celestes menores. Entre eles, cometas, asteroides e os planetas com seus satélites. Ao todo, nosso sistema é formado por oito planetas. Deles, os rochosos no sistema interno são Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. Já no sistema externo, quem está presente são os gigantes gasosos, que são Júpiter e Saturno, e também pelos gigantes de gelo, Urano e Netuno.

Todos esses planetas estão em uma ordem fixa e têm suas órbitas ao redor do sol. Claro que aprendemos a ordem dos planetas na escola, mas muitas pessoas podem se confundir ou então não lembrar por completo qual ela é quando são adultos. Então, a ordem deles em nosso sistema solar é:

1. Mercúrio
2. Vênus
3. Terra
4. Marte
5. Júpiter
6. Saturno
7. Urano
8. Netuno

Nosso sistema solar vai desde o sol, passando pelos quatro planetas internos através do cinturão de asteroides, até que ele chega aos gigantes gasosos. Depois disso, ele vai para o cinturão de Kuiper, que tem a forma de um disco, e continua até chegar na heliopausa, que tem o formato de lágrima.

Segundo os cálculos feitos pelos cientistas, a fronteira do nosso sistema solar está a aproximadamente 15 bilhões de quilômetros do sol, sendo que a heliopausa não é a última coisa nele. Para além dela está a chamada Nuvem de Oort, que é esférica e gigante. O que se acredita é que ela envolve todo o nosso sistema solar.

Fonte: Olhar digital

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