Curiosidades

Esse simples peixe é o mais velho de todos já encontrados

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Uma nova espécie de peixe acaba de ser acrescentado, por cientistas, em uma lista de animais centenários que, muito provavelmente, sobreviverão mais do que muitos de nós. Em um novo estudo, que utilizou datação por radiocarbono, descobriu-se que um peixe, conhecido como búfalo boca-grande (Ictiobus cyprinellus), viveu impressionantes 112 anos.

Anteriormente, estimava-se que essa espécie de peixe vivesse no máximo 26 anos. O que superou as expectativas prévias, em mais de quatro vezes. A espécie, nativa da América do Norte, é capaz de atingir quase 80 quilos. Pois agora, tornou-se o peixe ósseo de água doce mais antigo. O que foi validado por sua idade. Além de passar a integrar um grupo, que compreende a cerca de 12 mil espécies.

“Um peixe que vive mais de 100 anos? Isso é um grande negócio ”, disse o professor assistente, da Universidade Estadual Nicholls, em Louisiana, e que não esteve envolvido no estudo, Solomon David.

Graças ao avanço da tecnologia, o que possibilitou novas técnicas de mensurar a idade das coisas, os cientistas descobriram que muitas espécies de peixes podem viver mais tempo do que se pensava. O tubarão da Groenlândia, por exemplo, pode viver mais de 270 anos. Mesmo a idade sendo um aspecto básico da biologia, ainda sabemos muito pouco sobre a expectativa de vida de um peixe.

Mesmo antes do estudo e da utilização da datação por radiocarbono ocorrer, os cientistas já tinham um palpite. Eles já supunham que os peixes, vivendo principalmente no norte dos Estados Unidos e ao sul do Canadá, viviam muito mais do que se pensava.

Para o estudo, os cientistas capturaram diversos representantes da espécie, entre 2011 e 2018. Todos eles foram fotografados, medidos e marcados e, posteriormente, devolvidos à natureza. Ao todo, foram coletados 386 peixes búfalo boca-grandes.

Curiosa espécie

No entanto, alguns deles foram dissecados para que os pesquisadores pudessem mensurar suas idades. O que foi possível devido a uma estrutura de cálcio, localizada no ouvido desses animais. As análises mostraram que os peixes tinham, em média, entre 80 e 90 anos.

Quando Alec Lackmann, líder do estudo, viu esses números, ele ficou completamente espantado. “Não tem jeito!”, disse ele. Para validar tudo isso, Lackmann, que é um estudante de graduação, da North Dakota State University, junto com seus colegas, recorreu à datação por radiocarbono.

Este método compara a quantidade do isótopo carbono-14 no tecido animal. Esse teste é utilizado para mensurar diversos tipos de coisas, desde restos humanos até tubarões.

No total, cinco peixes da espécie ultrapassaram 100 anos de idade. No entanto, um espécime fêmea, que foi capturado perto de Pelican Rapids, uma cidade localizada no estado americano de Minnesota, nos EUA, foi a recordista. Isso por ter vivido por 112 anos. “Ela estava na extremidade menor dos indivíduos maduros”, observa Lackmann.

Os pesquisadores acreditam que a idade avançada desses animais possa ser um reflexo da interferência humana sob os peixes búfalo boca-grandes. De acordo com eles, há menos nascimentos e migrações de peixes jovens. O que foi causado pela construção de uma barragem, na década de 1930. No entanto, especialistas esperam que novos estudos possam ajudar na conscientização em relação à preservação da espécie.

“Espero que, conhecendo esse fato legal sobre eles, as pessoas olhem para essa espécie mais de perto”, disse David. O estudo foi publicado na revista científica Nature.

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