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Esses animais imortais fascinam a ciência

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A humanidade possui apenas uma certeza: a morte. Por conta disso, a espécie é intrigada, até obcecada, pela vida, pela morte e pela ideia da possibilidade de ter uma vida eterna. Isso está documentado desde os primeiros experimentos científicos, manifestações religiosas e produções artísticas. Para nós pode parecer impossível escapar da morte, mas existem alguns animais imortais que intrigam cientistas e nos fazem pensar.

Os animais imortais são, biologicamente, imortais mesmo. Isso significa que, a menos que seu dia seja interrompido por um predador, doenças ou mudanças drásticas em seu ambiente, o que é bem possível, elas podem viver indefinidamente.

Então, os cientistas estão tentando entender os segredos destes animais imortais para ver se dão dicas de como controlar o nosso próprio processo de envelhecimento. Veja quais são os animais imortais.

Planária

LABETAA Andre / Shutterstock

A planária é um tipo de verme platelminto que existe ao redor do mundo e possui a capacidade de regenerar células-tronco. Dessa forma, há dois tipos: as que se reproduzem de forma sexuada e de forma assexuada, dividindo-se em duas.

Os cientistas da Universidade de Nottingham estudaram os dois tipos e descobriram que aquelas que praticam reprodução assexuada são capazes de “rejuvenescer” seu DNA. No caso dos humanos, assim como a maior parte dos animais, chega um momento em que o nosso DNA chega ao limite de divisão celular, então começa a se deteriorar.

As planárias não possuem esse limite, porque têm quantidades maiores de uma enzima que protege as células do envelhecimento.

Hidra

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Os primeiros organismos examinados pelo cientista holandês Antonie van Leeuwenhoek foram as hidras. Ele construiu um microscópio com uma única lente esférica para poder observar esses animais imortais.

Não demorou muito para que o cientista suíço Abraham Trembley percebesse os “superpoderes regenerativos” das hidras. Assim como as planárias, as hidras conseguem regenerar partes do corpo.

O segredo para tal está nas células-tronco, que podem se autorrenovar de forma indefinida. Todo o corpo da hidra parece ser composta por essas células. Dessa forma, em 2018, pesquisadores da Universidade da Califórnia Davis, nos Estados Unidos, levantaram a teoria de que as hidras são animais imortais porque conseguem controlar os genes transposons, ou genes saltadores.

Esses genes podem “saltar” de uma parte do genoma para outra, o que cria mutações. Conseguimos fazer o mesmo quando somos jovens. Mas, à medida que envelhecemos, não temos o mesmo controle.

Água-viva

animais imortais

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Não é qualquer água-viva que pode ser considerada um dos animais imortais. Isso porque quem leva esse título é a chamada água-viva imortal, cujo nome científico é Turritopsis dohrnii.

Com seu habitat sendo água marinhas, ela só foi descoberta na década de 1880, no Mar Mediterrâneo. Porém, a água-viva imortal pode ser encontrada em muitos outros lugares por conta da água de lastro despejada de navios.

Assim, ela é bem pequena e se alimenta de plâncton, ovas de peixe e pequenos moluscos. O que surpreende a comunidade científica sobre esse animal é que ela pode reiniciar seu ciclo de vida.

Quem nunca quis voltar no tempo? Curtir um pouco mais da época em que a única preocupação era pedir um achocolatado à mãe enquanto assistia aos desenhos na TV. Ou então voltar para a época da faculdade para poder curtir uma noite com os amigos sem o peso da responsabilidade e nem a ressaca cruel no dia seguinte.

Para nós é um sonho, mas, para esse animal imortal, é uma realidade. Isso porque, quando a água-viva sofre algum estresse, ela regride para uma fase de desenvolvimento anterior. Basicamente, é como se você se estressasse e voltasse à adolescência ou uma borboleta se transformasse em uma lagarta. Esse processo se chama transdiferenciação.

Assim, a transdiferenciação acontece quando uma célula adulta especializada totalmente formada se transforma em outro tipo de célula adulta. É justamente esse processo que segue sendo um mistério para os cientistas.

Quando a água-viva volta ao seu estágio de vida anterior como pólipo, ela também cria mais organismos com o mesmo código genético. Portanto, ao rejuvenescer, ela também cria clones.

Fonte: G1

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