Curiosidades

Esses cinco sistemas solares podem ser capazes de sustentar vida

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O universo é vasto e misterioso. Esse vácuo, conhecido como espaço, ainda é uma grande incógnita para os seres humanos e esconde segredos inimagináveis. E tudo que o circunda sempre foi um tópico de muita curiosidade. Tanto que os cientistas não param de fazer descobertas a respeito do assunto.

Um exemplo disso são os exoplanetas, que são corpos celestes que não orbitam em torno do sol e não fazem parte do nosso sistema solar. O primeiro foi descoberto ainda na década de 1990. Depois dele, milhares de outros similares já foram descobertos além do nosso sistema.

Habitabilidade

Para que os cientistas consigam medir a habitabilidade desses exoplanetas, eles usam a  Terra como um referencial de dados. Até porque, apenas no nosso planeta a vida evoluiu, pelo menos é que se sabe até agora.

Contudo, a maior parte das estrelas da Via Láctea não são como o sol, que vaga sozinho pelo espaço. Muito pelo contrário. Até 85% das estrelas podem ter, pelo menos, uma companheira presa em uma órbita mútua.

Esse comportamento complica a busca por vida já que a habitabilidade potencial é mais fácil de avaliar em torno de estrelas isoladas. E tendo um companheiro binário isso traz interações gravitacionais adicionais e radiação estelar para estregar as coisas para qualquer micróbio.

Na busca para determinar quais as zonas habitáveis para estrelas binárias, o astrofísico Siegfried Eggl, agora da Universidade de Illinois Urbana-Champaign e da Universidade de Washington, criou uma estrutura analítica.

Pesquisa

Agora, ele e seus colegas, Nikolaos Georgakarakos e Ian Dobbs-Dixon, da Universidade de Nova York em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, aplicaram a estrutura a corpos  binárias conhecidos que abrigam exoplanetas gigantes. Essa é mais uma tentativa na busca de uma potencial habitabilidade.

“Usamos dados coletados pela espaçonave Kepler, como a massa das estrelas, o quão brilhantes as estrelas são, a localização de um planeta gigante e outros parâmetros para criar uma metodologia para identificar sistemas com dois sóis que podem hospedar habitáveis ​​semelhantes à Terra planetas “, explicou Eggl.

Os pesquisadores estudaram os nove sistemas que foram identificados pelas missões Kepler Todos eles foram analisados pela equipe através de equações, ao invés de simulações que gastam mais tempo.

“É um método analítico que quase não requer nenhum esforço computacional. Existem algumas partes que usam modelos numéricos para alimentar informações, como a forma como a atmosfera interage com diferentes quantidades e espectros de luz solar. Isso é realmente difícil de descobrir analiticamente, então usamos modelos atmosféricos pré-calculados para isso”, disse Eggl.

“O benefício de nossa abordagem é que qualquer um pode pegar nossas equações e aplicá-las a outros sistemas para determinar onde melhor procurar mundos semelhantes à Terra”, continuou.

Sistemas possíveis

Dos nove sistemas analisados, dois foram identificados como sendo particularmente desagradáveis. Foram o Kepler-16 e Kepler-1647, que hospedam planetas gigantes que estão mal posicionadas para criar uma zona habitável estável.

Entretanto, os outros cinco poderiam, de fato, ter mundos habitáveis. São eles, o Kepler-34, Kepler-35, Kepler-38, Kepler-64 e Kepler-413. E o Kepler-38 é especialmente promissor. Mesmo assim, as condições de habitabilidade em qualquer planeta de dois sóis precisam ter um equilíbrio bastante complexo.

“Se um planeta chegar muito perto de seus sóis, seus oceanos podem ferver. Se o planeta estiver muito longe, ou mesmo ejetado de um sistema, a água em sua superfície acabará congelando, assim como a própria atmosfera, como o CO 2 que se forma calotas polares sazonais em Marte”, ressaltou.

“Assim que confirmarmos que um planeta potencialmente habitável está em uma órbita estável, podemos prosseguir para investigar quanta radiação ele recebe das duas estrelas ao longo do tempo. Modelando a evolução das estrelas e órbitas planetárias, podemos estimar a quantidade real de radiação que o planeta recebe”, concluiu Eggl.

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