Quando se pensa em tecnologia, uma das primeiras empresas que vem à mente é a Microsoft. Isso porque com seus produtos ela revolucionou o uso de computadores. E se engana quem pensa que a empresa tem poucos produtos. Seu portfólio vai desde sistema operacionais e hardwares até soluções de educação.
E mesmo com tantos anos de mercado, a empresa fundada por Bill Gates também teve que se atualizar e, em 2020, mudou a maneira como faz o lançamento dos seus produtos. Isso porque os lançamentos aconteciam de maneira isolada e não casavam com o modelo de vendas integrado que a Microsoft pratica.
A mudança veio para se adequar aos tempos modernos em que os dispositivos móveis e os serviços na nuvem fizeram o computador ser menos essencial. Por isso que, desde 2014, com Satya Nadella como líder, a Microsoft focou em software e serviços de negócios e diminuiu a sua quantidade de produtos de consumo.
Com isso, vários produtos foram descontinuados. Para se ter uma noção, de acordo com o Version Museum, um museu virtual especializado em tecnologia, nos últimos oito anos foram “mortos” aproximadamente 100 produtos. Levando em consideração o tempo total de existência da empresa, desde 1992, foram “matados” mais de 300 produtos.
Por que matar os produtos?
O motivo para que big techs descontinuem seus produtos vai além de somente uma mudança de estratégia ou demanda. Como as grandes empresas, por exemplo, Microsoft, Alphabet (Google), Meta (Facebook), Apple e Amazon, trabalham com uma inovação sempre bem alta, é natural que outros produtos mais antigos acabem se tornando obsoletos.
Isso é tão comum que existe um termo para isso: fail fast, que traduzido quer dizer falhar rapidamente. O termo se refere aos produtos que acabam sendo mortos para serem fundidos ou incorporados em serviços que já existem.
Cemitério da Microsoft
Juntando todos esses fatores é possível entender essa descontinuação. Em alguns casos, eles já tinham sido deixados de lado pelos usuários, mas existem também aqueles que deixaram saudades em muitas pessoas. Seja qual for o caso, todos esses produtos fazem parte de um imenso “cemitério virtual” da Microsoft.
Sistemas operacionais
O sistema chamado Microsoft Disk Operation System (MS-DOS) teve seu lançamento em 1981 e funcionou até 2000. Inicialmente ele servia como uma plataforma para o Windows, com uma interface gráfica, mas sem um código próprio. Isso mudou em 1990 quando o Windows 3.1 chegou ao mercado e tinha um sistema independente do DOS.
Além desse, pelo menos mais outros 14 projetos foram “mortos” pela empresa, como por exemplo, Windows Mobile, Windows Phone, Nokia Asha Plataform, Windows RT, e Windows 10 Mobile.
Ferramentas para desenvolvedores
Muitos podem não saber, mas esse é um grande ponto de negócios para a empresa. Algumas ferramentas, como o Visual Studio Code, GitHub, .NET e Azure ainda existem. No entanto, a Microsoft já matou, pelo menos, outras 50. Delas, a que rodou por mais tempo foi do Windows 3.0 até o Windows XP, ou seja, de 1990 até 2013.
As ferramentas mais antigas que deixaram de existir foram o Microsoft COBOL, Microsoft BASIC e Microsoft Java Virtual Machine, e as mais novas, Microsoft AppFabric, Windows App Studio, HockeyApp e Azure RemoteApp.
Sites
A Microsoft também matou não apenas um, mas quase 70 sites nos últimos 20 anos. Grande parte deles teve uma concorrência muito grande e acabou sendo repaginado, como por exemplo, o Bing Maps 3D, Windows Live, Microsoft Clip Art Library, Microsoft eBook Store e Translator Web Widget (2011-2019).
No entanto, assim como foi visto com outros produtos da empresa, vários sites apenas desapareceram. Um exemplo disso foi o MSN Music Store que, no caso, perdeu para seus concorrentes Spotify e Apple Music. Além dele, outros que sumiram foram Microsoft JobLens, Surface Plus Financing e a publicação MSDN Magazine.
Hardwares
A Microsoft é uma empresa de software, mas isso não quer dizer que ela nunca tenha feito hardware. Tanto é que o Xbox é um dos seus produtos com mais sucesso. Contudo, esse sucesso não foi obtido com vários outros. Por isso que a empresa acabou matando telefones sem fio, tablets, celulares, caixa de som, placas, brinquedos martwatches, fitbands e MP3 player.
Fonte: Tecmundo
Imagens: Tecmundo
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