Ciência e Tecnologia

Estamos ficando sem um elemento crucial para a vida e ninguém fala a respeito

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É, o mundo está passando por muita coisa no momento. Muita coisa ruim, infelizmente. Aquecimento global, poluição dos oceanos e do ar, uma sexta extinção em massa se desenrolando, nesse exato momento e por aí vai. Isso, sem contar com uma constante ameaça de guerra nuclear, apenas para citar algumas. Porém, em meio a tudo isso, ainda existe outra crise crucial, que você não faz nem ideia. E se o mundo continuar a ignorar esse fato, os cientistas garantem que uma catástrofe, a nível global, está por vir. E não está muito longe. A próxima geração já pode sentir os efeitos da falta de um elemento tão importante, quanto é o fósforo.

Isso mesmo, por incrível que pareça, o fósforo é um elemento mineral, extremamente importante, para todas as plantas e animais do planeta Terra. Ou seja, isso também inclui todos nós, os seres humanos. Esse elemento básico, componente do DNA, é o que permite que as células vivas transfiram energia. Assim, quando extraídas do minério de fosfato, essas podem ser adicionadas aos fertilizantes, para aumentar a produção agrícola. Só que tem um porém, o fósforo não é um elemento renovável, e atualmente, não existem muitos substitutos conhecidos. Sem contar que restam ainda poucas áreas, onde ele pode ser extraído.

Crise do fósforo

Uma equipe, formada por 40 especialistas do mundo todo se uniram para alertar o mundo sobre o que pode ser feito para conservar esse elemento tão essencial a nossa vida. Para se ter uma ideia, apenas nas últimas cinco décadas, o fertilizante fosforoso aumentou em cinco vezes. E com a população humana continuando a crescer dessa forma, essa demanda deve dobrar até o ano de 2050.

Enquanto caminhamos para um crise do fósforo, cientistas, ambientalistas, indústrias, universidades e institutos de pesquisa afirmam que o mundo não está preparado para lidar com essa crise.

“Não há colaboração ou coordenação em escala global que assuma a responsabilidade de governar o recurso fósforo global. Nem mesmo entre os estados membros da União Europeia ou os Estados Unidos”, afirma o ecologista Kasper Reitzel. “As Diretivas-Quadro da Água da União Europeia ou a Lei Americana da Água Limpa se concentram predominantemente na qualidade ecológica da água e não integram a sustentabilidade do fósforo a um nível suficiente”.

Seguindo os níveis atuais de consumo, alguns modelos de simulação apontam que a humanidade ficará sem reservas conhecidas de fósforo, em 80 anos. Estimativas mais drásticas dão um prazo de menos de 40 anos para encontrar uma solução para essa crise. Todos os estudos concorram que essa é uma questão importante e que necessita de mais pesquisas.

Busca por uma solução

Obviamente, reduzir o nosso consumo desse elemento é o primeiro passo, mas ainda é preciso aprender a reciclar fósforo. No caso, essas duas opções seriam bastante impactantes, principalmente, para os países em desenvolvimento. Há 30 anos atrás, os Estados Unidos eram o principal produtor mundial de fósforo. Atualmente, a Índia e a China representam mais de 45% de todo consumo total do planeta.

Desde então, as nossas práticas de mineração e consumo desse mineral pouco evoluíram. Mas os especialistas apontam que um sistema de reciclagem em ciclo fechado, onde o fosfato pode ser reutilizado, aproximadamente, 46 como combustível, fertilizante, ou alimento, o que poderia otimizar ajudar a lidar com o problema.

“O nosso atual manejo inadequado desse nutriente essencial representa um desafio premente. Que causa poluição em escala global dos recursos hídricos e falha em obter acesso equitativo aos fertilizantes para apoiar a produção de alimentos em todo o mundo”, declarou o grupo de especialistas internacionais.

Em resposta aos anos de exploração, os especialistas estão pedindo às indústrias e autoridades globais, para que desenvolvam uma nova geração de profissionais em sustentabilidade de nutrientes. Isso para que possam trabalhar em parceria para “garantir o gerenciamento internacional de fósforo e um ambiente limpo”, para todos.

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