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Estudante de escola pública ganha bolsa de R$ 2 milhões nos EUA

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Ser aprovado em uma universidade é o sonho de grande parte das pessoas. No entanto, passar não é uma coisa fácil, pelo menos quando falamos de faculdades no Brasil. Agora imagine ser aprovado em uma faculdade estrangeira. Mas esse feito não é uma coisa impossível. Tanto é que essa estudante de Minas Gerais conseguiu.

Malu Bustamante Junco Mendonça, de 18 anos, estudava na Escola Estadual Mário Goulart Santiago em Pedralva, Minas Gerais, e conseguiu uma bolsa integral no valor de dois milhões de reais para estudar nos Estados Unidos. O valor será pago pela Fundação Bill e Melinda Gates. Com isso, a estudante deve viajar para os EUA em agosto de 2023.

A jovem irá estudar gestão científica durante quatro anos. Esse curso inclui formação em ciência, economia e habilidades gerenciais. A bolsa que ela ganhou irá pagar as mensalidades da faculdade Claremont Mckenna, no estado da Califórnia, e também as despesas que Malu tiver com moradia, alimentação e um seguro saúde.

Estudante

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A estudante da rede pública é filha de comerciantes e acreditava que estudar fora do país era um sonho bem distante da sua realidade. Mas em 2021, ela tentou se arriscar e começou a se dedicar aos estudos e também a projetos educativos. Malu fez isso para poder se candidatar para receber bolsa em novembro de 2022.

“Era uma ideia completamente diferente na minha escola, que fugia muito da minha realidade. As faculdades lá são extremamente caras e com certeza minha família não teria condições de pagar meus estudos e me manter por lá. Eu decidi aplicar para o exterior, mas não conhecia ninguém ao meu redor que tivesse passado por esse processo”, disse ela.

Nessa preparação, a jovem teve que ter bastante empenho e autoconhecimento. E claro que o histórico da estudante também ajudou muito. Segundo Malu, ela sempre foi uma boa aluna, aprendeu inglês sozinha e sempre foi muito curiosa atrás de conhecimento, da ciência e das novas tecnologias.

“Nos Estados Unidos eles levam muito em conta não só os aspectos acadêmicos, como a capacidade de causar impacto na sociedade através das suas paixões. Por isso acabei deixando as apostilas de lado e passei a adquirir conhecimento através de livros, conversas e documentários que me ajudaram a me engajar profundamente na educação”, pontuou a estudante.

Bolsa

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A estudante também criou um canal de divulgação científica em um aplicativo de vídeos no qual ela fala sobre esse tema, mas de uma maneira mais simples. Como se isso não bastasse, também participou de projetos que tinham o objetivo de incentivar e dar suporte para que mais jovens entrassem no caminho da ciência.

Quem concedeu a bolsa para a estudante foi a Fundação Bill e Melinda Gates, criada pelo fundador da Microsoft. Através de uma nota eles disseram que as bolsas são dadas somente para alunos excepcionais. Por isso que em 2021 somente 11% as recebeu.

“Estudantes apaixonados por ciência e liderança são elegíveis para uma bolsa de estudos interdisciplinar de ciências. Este programa é destinado a estudantes interessados em explorar uma especialização […] A bolsa cobre a mensalidade integral e está disponível para estudantes com necessidades financeiras comprovadas”, explicou a fundação.

Malu ficou sabendo que tinha conseguido a bolsa de estudos no dia 15 de dezembro, um dia antes da sua formatura do Ensino Médio. “Eu tinha certeza que seria rejeitada, quando abri a carta e vi que tinha recebido uma bolsa tão concorrida disparei a chorar e pular de felicidade. Minha família ficou extremamente feliz junto comigo. No dia seguinte fizeram uma homenagem para mim na minha formatura, eu realmente não esperava tanto carinho e apoio”, disse.

Futuro

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Como o ano letivo nos EUA começa em agosto, a estudante só irá para o país no ano que vem. Ela irá morar no campus da faculdade, assim como a maioria dos alunos. O mais provável é que ela receba mais informações a respeito de onde ela ficará e sobre suas aulas no começo do ano que vem.

“Em maio receberei mais informações sobre minha colega de quarto e quais aulas poderei me inscrever nesse primeiro ano. De agora em diante continuarei atuando em projetos científicos e educacionais para que no futuro mais jovens possam ter acesso a essa mesma oportunidade que estou tendo e quero contribuir para melhorar o ensino público brasileiro”, contou.

Claro que com tudo isso acontecendo a estudante está ansiosa para finalmente tirar seu sonho do papel e estudar nos EUA. De acordo com ela, o objetivo é aproveitar o máximo de todo o aprendizado e da vivência que ela terá. “Espero poder trazer novas ideias dessa experiência e levar a nossa história na ciência para além das fronteiras”, concluiu.

Fonte: G1

Imagens: G1

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