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Estudo revela que homens mais jovens correm risco maior de morrer em um ano após a perda do cônjuge

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Quando duas pessoas se casam é comum ouvir do celebrante a frase “até que a morte os separe”. Claro que no começo de uma união ninguém quer pensar na morte da pessoa amada, mas infelizmente, em algum momento, ela acontecerá. E se quem morrer primeiro for a mulher, as notícias não são tão animadoras para os homens que ficam viúvos.

É de se imaginar que a perda de um cônjuge seja uma das piores sensações da vida. Justamente por isso que ela pode trazer consequências negativas para a saúde daquele que fica e pode durar por anos. De acordo com um estudo publicado na revista PLOS One, os homens mais jovens têm uma probabilidade maior de morrer dentro de um ano depois que seu cônjuge se foi. Isso é tão verdade que tem até um nome: efeito viuvez.

Estudo

Hypescience

Para o estudo, pesquisadores da Dinamarca, Reino Unido e Singapura fizeram a análise de dados de praticamente um milhão de cidadãos dinamarqueses que tinham 65 anos ou mais. Com isso, eles descobriram que quanto mais jovem uma pessoa perdia seu cônjuge, maior era a probabilidade de ela morrer dentro de um ano.

Geralmente, os homens tinham uma probabilidade de 70% de morrer no ano seguinte em que seu cônjuge se foi quando comparados com aqueles homens que não tinham perdido a pessoa amada. Já no caso das mulheres, o risco de morte crescia em 27%.

Outro ponto mostrado pelo estudo foi de que os homens mais jovens se mostraram mais afetados pela perda da pessoa amada do que as mulheres. E entre os mais jovens, o risco de morte maior continuava durante três anos depois da perda do cônjuge, ao invés de somente um ano, como era visto no caso de homens mais velhos.

Homens mais jovens

Margarida Castro

De acordo com os pesquisadores, esse risco de morte entre os homens pode ter uma relação com os efeitos prejudiciais que a solidão tem na velhice, sendo ela um dos maiores fatores de risco para uma morte precoce. “Os homens tendem a depender muito de suas esposas, em casais heterossexuais, para que suas necessidades sociais sejam atendidas”, explicou Dawn Carr, co-diretora do programa de Pesquisa sobre Envelhecimento em Contextos, Saúde e Desigualdades na Universidade Estadual da Flórida.

No estudo também foi analisado as despesas de saúde dessas pessoas antes e depois de ela terem perdido um cônjuge. Esses dados foram usados pelos pesquisadores como indicadores de saúde e cuidado pessoal com a própria saúde tanto nos períodos normais como no luto.

Como resultado, eles viram que o maior risco de morte entre os homens mais jovens enlutados não acompanhava um aumento nos gastos com a saúde com tanta frequência como era visto no caso de viúvos mais velhos. Isso dá a entender que, para os homens mais jovens, o choque ao invés da fragilidade pode ser o fator mais perigoso.

Observações

Encena

Por mais que essas descobertas sejam importantes e significativas, os pesquisadores veem que esses padrões não são uma coisa garantida e que se aplicam para todas as pessoas. Por isso que o estudo continua seu processo para conseguir entender melhor como a morte da pessoa amada pode mudar aquela que ficou viúva.

Com todas essas descobertas, de acordo com Carr, a principal conclusão que eles chegaram foi de que “deve ser um grande alerta. Isso vai além de outros fatores, como a velhice, que esperaríamos que causassem um risco aumentado de morte após a perda de um parceiro”.

Fonte: Socientifica

Imagens: Hypesience, Margarida Castro, Encena

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