Curiosidades

Existe um rio gigantesco na Antártida que só foi descoberto agora

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Recentemente, cientistas descobriram a existência de um rio correndo abaixo do gelo na Antártida. Com aproximadamente 460 quilômetros de extensão, um pouco mais que a distância entre São Paulo e Rio de Janeiro, o local é um novo fator que precisa ser considerado nas previsões de derretimento do gelo antártico.

O rio subglacial, maior que o Tâmisa, que corta a cidade de Londres, foi revelado por meio de imagens de radar associadas à modelagem do fluxo de água. Mesmo que a ideia do rio nas profundezas da Antártida possa soar estranha, os cientistas já revelaram há muito tempo que a água pode correr em estado líquido abaixo das camadas de gelo.

O fluxo d’água pode ser gerado de duas formas: 

  • O calor geotérmico, aliado ao atrito entre as camadas, derretendo o gelo profundo;
  • Por meio da infiltração de água da superfície por fendas conhecidas como crevasses.

Foto: Dow et al., Nature Geoscience, 2022

Atualmente, o que preocupa os cientistas é o quanto esse rio pode facilitar o derretimento das geleiras que o tocam, principalmente as mais próximas do oceano.

De acordo com o glaciologista Martin Siegert, do Imperial College London, “a região do estudo contém gelo o bastante para aumentar o nível do oceano globalmente em 4,3 metros”.

O rio deságua no Mar de Weddell, que banha o lado leste da Península Antártica. A descoberta do rio aponta que existe uma vasta rede fluvial totalmente escondida abaixo do continente gelado.

Agora, os cientistas esperam ter melhores previsões do derretimento de gelo antártico, considerando o pode ser influenciado pelas águas subglaciais.

Há gripe aviária na Antártida, revela estudo da Fiocruz

Foto: Peter Ilicciev/ CCS/ Fiocruz

Outra novidade sobre a Antártida é que cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) encontraram cepas do vírus influenza no local.

O agente infeccioso da gripe aviária pode ser encontrado em pinguins e, atualmente, o impacto destes vírus em outras aves é desconhecido.

O estudo, liderado pelo Fioantar, o projeto da Fiocruz para pesquisas na Antártida, foi publicado na revista científica Microbiology Spectrum.

De acordo com os autores, a evolução desses agentes infecciosos deve ser acompanhada, visto que “os AIVs [vírus da gripe aviária] podem ter implicações para a saúde da fauna e há risco potencial da introdução de AIVs altamente patogênicos no continente”.

No pior cenário, patógenos externos poderiam causar surtos ou pandemias.

Vale destacar que amostras de influenza, provenientes de aves silvestres, foram a origem no passado das cepas pandêmicas. Como exemplos podemos citar a espanhola de 1918, a gripe asiática de 1957, a gripe de Hong Kong de 1968 e a gripe suína de 2009.

Qual vírus da gripe aviária foi identificado?

Foto: Goinyk/ Envato

Depois de analisar 95 amostras de fezes de pinguins-de-adélia (Pygoscelis adeliae) e pinguins-de-barbicha (Pygoscelis antarcticus), os pesquisadores da Fiocruz encontraram a presença do H11N2, um subtipo do vírus influenza A. Eles suspeitam que o agente seja endêmico na região.

Os especialistas chegaram a essa conclusão porque, em testes de sequenciamento genômico, foi possível observar a diversidade das cepas na população. Isso indica “circulação contínua no continente” e “reforça a necessidade da vigilância constante da gripe aviária” na Antártida, afirmam os autores.

Apesar de sabermos que este tipo de gripe aviária não provoca doenças graves nos pinguins, o impacto em outros animais ainda é desconhecido. 

Dessa forma, devem continuar sendo feitas as pesquisas de monitoramento.

“O conhecimento desse vírus [dos pinguins] é importante, porque ele ainda não foi identificado no Brasil. É importante para o acervo, porque dá uma noção da diversidade do influenza e do que pode estar circulando naquelas espécies animais”, afirma Fernando Couto Motta, pesquisador do Fioantar e do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), em comunicado.

Fonte: Terra

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