Curiosidades

Exoesqueleto com IA dá “superpoderes” aos aventureiros

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Felizmente a tecnologia avança cada dia mais, e com isso coisas que antes eram inimagináveis ou dignas de filmes estão se tornando realidade. Um exemplo disso é o mundo dos exoesqueletos, que pode ter mais do que aplicações industriais e médicas e pode ser usado pelos aventureiros amadores e qualquer um que seja entusiasta do ar livre.

Por exemplo, o X1 da startup chinesa Dnsys, que é um exoesqueleto motorizado impulsionado por inteligência artificial. Ele tem a promessa de dar a quem o usa uma potência extra de 900 watts para caminhadas, trilhas, escaladas e corridas.

O exoesqueleto foi projetado para ser compacto e eficiente, tendo um suporte para cerca de 40 quilos de carga e dando velocidades maiores que 25 quilômetros por hora. Por conta desses fatores de mobilidade e potência, ele se torna uma ótima opção para várias atividades ao ar livre. Até porque, ele amplia os limites do que as pessoas aventureiras conseguem fazer.

Exoesqueleto e lazer

Usar um exoesqueleto para o lazer é uma nova fronteira a ser cruzada no campo da tecnologia vestível. Da mesma forma que as e-bikes fizeram uma revolução no ciclismo, os exoesqueletos recreativos são uma promessa para que as aventuras fiquem mais acessíveis para aqueles que as tinham como fora de alcance.

Assim como a Hypershell, a Dnsys lançou seu exoesqueleto através do Kickstarter, plataforma de financiamento coletivo, com o objetivo de superar o seu concorrente tanto em design como em desempenho. No caso do X1, ele tem uma estrutura mais leve, maior potência e capacidade de carga impressionante. Tudo isso faz com que ele seja a opção mais atraente para quem está buscando um impulso a mais para fazer suas atividades e aventuras ao ar livre.

Nesse exoesqueleto também existe um sensor de movimento que faz análises constantes da posição das pernas da pessoa e ajusta de forma instantânea a saída do motor para que o desempenho e a eficiência sejam otimizados. Como se isso não bastasse, existe um modo de impulso que é acionado através de um botão que dá uma explosão de energia adicional quando for preciso, consequentemente, aumentando a velocidade e o torque.

Dentre todas as coisas que chamam atenção no X1, com certeza a autonomia de bateria é uma delas. Isso porque ela varia entre 25 quilômetros a 30 quilômetros, dependendo do modelo. No entanto, assim como é visto com qualquer tecnologia nova, é necessário que sejam consideradas as limitações e os possíveis desafios.

Até o momento, o exoesqueleto está sendo oferecido em vários modelos de acordo com a necessidade de quem o usará, sendo o acesso antecipado a ele 399 dólares, equivalente a dois mil reais.

Revolução

No caso do X1, ele veio para revolucionar o mundo dos aventureiros, mas existem outros exoesqueletos que estão revolucionando o campo da medicina. Um exemplo disso são dois exoesqueletos que começarão a ser usados pela Rede Lucy Montoro, ligada ao SUS (Sistema Único de Saúde) e gerida pela Secretaria de Saúde de São Paulo.

Esses exoesqueletos foram comprados por 200 mil dólares, equivalente a um pouco mais de um milhão de reais. Com eles, os pacientes que possuem deficiências motoras severas têm a possibilidade de andar, agachar, se mexer para os lados e até mesmo subir degraus.

Os modelos adquiridos pela Rede Lucy Montoro são do mesmo tipo que viralizou sendo usado pela senadora Mara Gabrilli que, em 1994, ficou tetraplégica depois de um acidente de carro.

Quem desenvolveu a tecnologia para esse exoesqueleto foi a startup francesa Wandercraft, e os modelos encomendados devem chegar no Brasil entre agosto e setembro desse ano e irem direto para a instituição especializada em tratamentos avançados de reabilitação em São Paulo.

Em entrevista dada à Tilt, a senadora contou como foi a experiência de usar o exoesqueleto e disse que reviveu memórias e a levou “de volta ao passado, quando corria maratonas”. “É como se meu corpo reconhecesse o movimento e estivesse pronto para andar novamente depois de 28 anos do acidente que me deixou tetraplégica. A sensação pode ser resumida em uma palavra: liberdade”, disse ela.

Depois de ter tido essa experiência, Mara refletiu sobre sua condição e como ela se conecta com a maneira como nós nos vemos. “A história humana, inclusive do ponto de vista evolutivo, possui relação direta com a possibilidade de ficar de pé. Não por acaso, os seres humanos são bípedes”, pontuou.

E na visão dela, essa iniciativa vista em São Paulo com a implementação dos exoesqueletos pode ser copiada pelos demais governos estaduais do país. “Quando a gente investe em saúde e qualidade de vida entre a população, estamos também cuidando dos cofres públicos. Investir em tecnologia de saúde garante sustentabilidade para o nosso SUS. É olhar para a saúde como um todo. Gestores públicos com essa visão vão trabalhar para ter exoesqueletos em seus centros de reabilitação”, disse Mara.

Fonte: Olhar digital, Tilt

Imagens: YouTube

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