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Casos de câncer de mama devem aumentar no mundo todo, alerta estudo

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O câncer de mama já é o segundo tipo de doença mais comum entre as mulheres no mundo. Felizmente, as chances de alguém conseguir vencer esse tipo de câncer são grandes, quando diagnosticado logo no começo. Por conta disso, cientistas trabalham para que esse processo de identificação seja o mais rápido e fácil possível.

Contudo, esse tipo de câncer ultrapassou o de pulmão e se tornou o mais comum nos dias atuais. E em 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tinha estabelecido uma meta global de diminuir a mortalidade por conta do doença em 2,5% todos os anos até 2040. Ou seja, evitar que 2,5 milhões de pessoas morressem por conta de câncer de mama. Entretanto, um novo estudo mostrou vários obstáculos que atrapalham esse objetivo de ser atingido.

Estudo

Olhar digital

Esse estudo foi feito pelos especialistas em oncologia, radioterapia e epidemiologia de diferentes países. Conforme os pesquisadores, o diagnóstico e o tratamento da doença são atrapalhados por conta do estigma associado à doença, além da desigualdade na oferta de tratamentos.

Ainda conforme o estudo, um dos principais desafios é o desconhecimento a respeito da doença. Isso porque a falta de informação interfere em como os profissionais de saúde lidam com o quadro e como os pacientes encaram a notícias, geralmente tendo uma postura cética, o que acaba fazendo com que o tratamento comece mais tarde.

Outro fator problemático é a subnotificação de metástase, que é quando o tumor se espalha para outros órgãos. Por conta disso, o planejamento e a oferta de cuidados também é dificultada. Justamente por isso que os pesquisadores fazem questão de frisar o quão importante são as iniciativas que promovem a inclusão social dos pacientes, como por exemplo, flexibilizações legais no regime de trabalho, e projetos que ajudem a transformar o entendimento desse tipo de câncer.

Dificuldades no acesso ao tratamento

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O estudo também pontua que o acesso ao tratamento do câncer de mama é desigual. Há diferenças bem grandes entre os países ricos com os de baixa renda, e também diferenças entre os sistemas públicos de saúde e os privados.

De acordo com um estudo divulgado em 2021 pela Fundação do Câncer, somente 34% dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) começaram o tratamento em até 60 dias depois de terem sido diagnosticados. Esse tempo é o limite que a lei prevê para que os cuidados sejam começados no sistema público. E até mesmo no setor privado, somente 48% das pessoas começam o tratamento nesse prazo no Brasil.

Infelizmente, o estudo prevê que os casos de câncer de mama no mundo todo irão aumentar de forma gradual por conta do estilo de vida no ocidente atualmente que tem vários fatores envolvidos, como por exemplo, sedentarismo, alto consumo de álcool e de alimentos ultraprocessados.

Câncer de mama

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Como visto no estudo, o diagnóstico pode ser um dos problemas no tratamento bem sucedido da doença. Nesse ponto, novas descobertas mostraram que as formigas podem ser uma possibilidade para esse diagnóstico. De acordo com o estudo feito por Baptiste Piqueret, da Universidade de Sorbonne Paris Nord (França), e outros pesquisadores de instituições francesas, as formigas da espécie Formica fuca conseguiriam detectar o câncer de mama em humanos.

Isso seria possível porque, assim como outras doenças, o câncer deixa pistas olfativas no corpo do paciente porque as células afetadas produzem e liberam determinados compostos orgânicos voláteis. São eles que dão odores característicos.

Detectar o câncer através do cheiro não é uma coisa nova. Pesquisas anteriores já mostraram que cachorros também seriam capazes de sentir esses odores e conseguiam detectar diferentes tipos de câncer a partir da pele, da respiração ou dos fluidos e secreções de uma pessoa.

No caso das formigas, para alguns cientistas, elas seriam uma boa ferramenta para a detecção da doença. Isso porque elas são relativamente fáceis de manusear, podem ser criadas em grandes quantidades e também podem ser treinadas para reconhecer odores específicos com poucos testes.

De acordo com os autores do estudo, a Formica fusca se mostrou capaz de identificar e memorizar odores em um único treinamento. Além disso, essas formigas também poderiam passar por até nove testes de detecção sem receberem recompensas por seus acertos.

Os pesquisadores perceberam que as formigas seriam capazes de detectar o câncer através da urina de camundongos. Para o estudo, primeiro, eles implantaram células de câncer de mama de uma pessoa em seis camundongos. Sete semanas depois, eles coletaram amostras de urina desses e de outros seis animais que não tinham recebido as células.

Depois disso, eles passaram para a fase de treinamento com 70 formigas. Elas deveriam ser capazes de diferenciar entre a urina dos camundongos doentes e os saudáveis através do cheiro das amostras. Para esse teste, elas foram colocadas em recipientes que continham, em cada lado, um tipo de urina.

Quando elas iam em direção à urina dos camundongos que tinham células cancerígenas, elas recebiam uma recompensa, no caso, algumas gotas de açúcar. Com apenas duas sessões de treinamentos, as formigas aprenderam a identificar as amostras com câncer e iam em direção a elas mesmo sem receber recompensa nenhuma.

Por conta desses resultados, os pesquisadores acreditam que eles apoiem a hipótese de que as formigas poderiam ser usadas na detecção de câncer de mama. Contudo, eles ainda não sabem se elas iriam conseguir fazer essa identificação com amostras de urina humana.

Fonte: Olhar digital, Superinteressante

Imagens: Olhar digital, Gizmodo

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