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Explosão de Deepwater Horizon, o acidente que criou no mar um deserto abissal

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A explosão da plataforma de petróleo, Deepwater Horizon, aconteceu em abril de 2010, no Golfo do México. Após a explosão da plataforma, ela afundou, depois de ficar dois dias em chamas. E uma grande mancha de óleo se formou, chegando até o Estado de Louisiana e estados vizinhos. Em consequência da explosão, 11 trabalhadores morreram e 22 ficaram feridos.

Em suma, a causa do acidente foi uma explosão na torre de perfuração. Os sobreviventes foram evacuados do local. Posteriormente, foram levados ao hospital. E, apesar dos esforços, a plataforma afundou no mar, e se encontra a cerca de 1500 metros de profundidade. Os destroços da plataforma foram encontrados a 400 do poço de perfuração. Considerado como o maior derramamento acidental de óleo marinho já registrado.

Mas a maior repercussão do acidente foi o derramamento de petróleo no mar, que prejudicou centenas de espécies de animais. E agora, quase uma década após o acidente de Deepwater Horizon, no local, se criou uma espécie de deserto. Surpreendentemente, a dimensão dele é abissal.

Consequências da explosão

Passados quatro meses do acidente de Deepwater Horizon, Mark Benfield e Marla Valentine, da Louisiana State University e Old Dominion University, respectivamente, foram os primeiros a retornarem ao local da explosão, ocorrida na plataforma de petróleo.

Mark e Marla fizeram alguns vídeos, para que pudessem estudar a situação do local após o acidente. Encontraram um fundo do mar devastado e espécies perigosamente ameaçadas. O local parecia como um verdadeiro cemitério, com resíduos que pareciam teias de aranha, por toda parte.

No ano de 2014, a maioria dos estudos, envolvendo o impacto ambiental do acidente de Deepwater, já havia sido paralisada. Porém, Mandy Joye, oceanógrafa da Universidade da Geórgia, desceu até o local para estudar. Pretendia conferir se ainda havia alguma espécie de vida marinha. Mas, ela constatou que a única vida existente era de artrópodes.

Em 2015, a BP (empresa responsável pela plataforma Deepater Horizon), emitiu uma declaração, alegando que o Golfo estava se recuperando, e voltando ao estado de antes da explosão. Porém, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) não concordou com o comunicado, alegando que ainda era cedo para afirmar tal coisa.

Durante as visitas de Mandy Joye, com seu equipamento aquático, ela capturou amostras do solo e descobriu que o óleo da BP havia se espalhado, por quase 2 mil quilômetros no fundo do mar. Mas a BP discorda das descobertas de Mandy, afirmando que os resíduos de óleo restantes, não eram prejudiciais.

Deserto abissal

Em 2017, um grupo de pesquisadores, do Louisiana University Marine Consortium, usou um veículo, operado remotamente, para captar imagens do local do acidente. Mesmo os pesquisadores estando cientes que acidentes, desse nível, podem levar muitos anos para se recuperar, eles não estavam preparados para o que iriam ver.

O local estava praticamente deserto, não havia nada, nenhuma espécie de vida habitual. Só alguns caranguejos deformados e cheios de tumores e detritos pretos por todo lado. Os destroços, que normalmente estariam cobertos com corais, estavam limpos. Estava claro que o local era tóxico, e aparentemente, os estragos, causados pela explosão da plataforma Deepwater Horizon, eram irreversíveis. Onde antes habitavam inúmeras vidas marinhas, agora, há apenas um deserto abissal.

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