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Fevereiro é o 9° mês consecutivo a quebrar recordes de calor na Terra

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Com o passar dos anos, a temperatura média de todo o mundo tem sofrido altas terríveis. Isso pode ser visto com a forte onda de calor que atingiu várias regiões do mundo em 2023. E ao contrário do que muitas pessoas pensaram, essas ondas não acabaram.

Tanto é que, de acordo com os cientistas do observatório europeu Copernicus, fevereiro desse ano quebrou recordes de calor no planeta, sendo o nono mês consecutivo a fazer isso. Desde junho de 2023, os recordes de calor têm sido quebrados todo mês, sendo vistos no ar e no oceano.

Recorde

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De acordo com o observatório, o recorde de fevereiro veio porque a temperatura média do ar foi de 13,54ºC, o que foi 0,81ºC acima da média do mês entre 1991 e 2020, e 0,12ºC acima do recorde anterior, que era de fevereiro de 2016. A temperatura média nos oceanos também aumentou, sendo de 21,06°C, que foi um recorde em relação a qualquer mês já visto nos dados do observatório.

Segundo António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), essa é a “era da fervura global”. Carlo Buontempo, diretor do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), disse que esse recorde batido em fevereiro é notável, mas não é algo surpreendente, “uma vez que o aquecimento contínuo do sistema climático conduz inevitavelmente a novos extremos de temperatura”.

A época mais quente já registrada foi de março de 2023 a fevereiro de 2024. Nela, a temperatura média global ficou 0,68°C acima da média de 1991-2020 e 1,56°C acima da média pré-industrial de 1850-1900. Isso mostra o quão grave está a crise climática no mundo todo.

Como dito, o aumento de temperatura não é visto somente na terra e os oceanos também estão sofrendo com o aquecimento global. Tanto é que a temperatura média diária da superfície do mar global atingiu um novo pico de 21,09°C no fim de fevereiro.

Como consequência dessas temperaturas mais altas nos oceanos, isso ajuda no derretimento das calotas polares, aumento do nível do mar e acidificação dos mares, que é uma ameaça à biodiversidade marinha e também aos meios de subsistência costeiros.

Conforme alertou Buotempo, a não ser que exista uma estabilização nas concentrações de gases de efeito estufa, os recordes de calor irão continuar a ser quebrados com consequências cada vez mais extremas.

Calor

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Como dito, o aumento de temperatura pode ser visto no mundo todo. Mas no Brasil, especificamente, ano passado e esse, o país foi afetado pelos efeitos do El Niño.

Dentre as tragédias provocadas por ele estiveram as enchentes, especialmente no sul e sudeste; estiagens grandes das chuvas no norte e nordeste, o que deixou o clima seco e trouxe consequências graves. Infelizmente, assim como as ondas de calor, o El Niño não ficou somente no ano passado. Ele também provocará consequências esse ano. Saiba o que esperar.

De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), tudo sugere que 2024 será ainda mais quente do que 2023. Ainda conforme a organização, isso irá acontecer como consequência das mudanças climáticas que estão acontecendo, somadas ao fenômeno El Niño que aquece as águas do Pacífico e que irá se estender até meados do ano.

Felizmente existe uma boa notícia. Entre abril e junho desse ano o fenômeno deve se dissipar. Contudo, até chegar essa época, os especialistas ressaltam que é possível que novas ondas de calor aconteçam.

Entretanto, antes de ele ir embora, uma coisa mais importante pode fazer com que ele se fortaleça. Conforme o relatório da OMM, o fator principal por trás do aumento das temperaturas é o aquecimento global. Contudo, o El Niño tem um impacto na temperatura da Terra, principalmente no ano seguinte da sua formação, no caso, nesse ano.

Assim, com esses dois fatores se juntando, o aquecimento global e o fenômeno, 2024 será um dos anos mais quentes da história. Ou seja, se no ano passado o El Niño trouxe ondas de calor e elevação das temperaturas, isso pode acontecer de novo nesse ano e ainda com uma intensidade maior, além de também ter um acréscimo na possibilidade de incêndios florestais mais frequentes, tanto no cerrado como na Amazônia.

Segundo a previsão da MetSul Meteorologia, a tendência para o Pacífico Equatorial é que aconteça um enfraquecimento do El Niño já nas próximas semanas. Contudo, esse fenômeno deve permanecer firme e seguir no Pacífico Centro-Leste durante todo o resto do verão.

Com isso, pelo menos até o trimestre de fevereiro, março e abril desse ano, as anomalias positivas de TSM que caracterizam o El Niño no Pacífico Tropical irão continuar acima da média. Depois desse tempo irá começar um enfraquecimento com maior intensidade na porção leste para oeste. Dessa forma, irá começar a transição para a fase neutra do ENOS.

De acordo com as previsões de probabilidade do NOAA, a probabilidade de fase neutra diminui nos trimestres seguintes conforme a probabilidade de La Niña aumenta, em 44%, e fica igual à probabilidade de fase neutra no trimestre de julho, agosto e setembro.

Segundo os especialistas, o La Niña deve começar a ser percebido a partir de outubro, até porque esse fenômeno começa no inverno, mas os efeitos dele começam na primavera.

Fonte: Olhar digital

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