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Físico que estudou o coronavírus acredita que vivemos na “Matrix”

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O mundo real parece, às vezes, ser apenas uma simulação. Diversas pessoas realmente acreditam que vivemos em um mundo irreal. A crença dessas pessoas é que nós, seres humanos e tudo o que nos cerca são apenas uma parte de um programa de computador ou coisa do tipo. É basicamente o que vemos no filme Matrix.

Isso pode parecer uma coisa de teóricos da conspiração, mas Melvin Vopson, um físico que estava estudando o vírus SARS-CoV-2, causador da covid-19, chegou a uma conclusão um tanto diferente. De acordo com ele, o universo é uma grande simulação.

Para chegar a essa conclusão, Vopson se baseou na ideia de uma descoberta ainda não provada que ele chama de “Segunda Lei da Infodinâmica”. Conforme o físico, tudo é baseado na Teoria da Informação elaborada pelo matemático Claude Shannon. Essa teoria fala sobre a quantificação, armazenamento e comunicação de informação e como tudo se baseia em dados.

Segunda Lei da Infodinâmica

Terra

No caso da Segunda Lei da Infodinâmica, para que ela seja explicada, o primeiro ponto é entender a entropia. O conceito é o fato de que em um sistema isolado como o nosso a tendência é a desordem, o que acaba equilibrando os elementos. Por exemplo, uma xícara de café quente na mesa vai perdendo seu calor até chegar na temperatura ambiente, o que equilibra o sistema. Assim, a entropia do sistema atinge o valor máximo e a energia, o valor mínimo.

Então, conforme a Segunda Lei da Infodinâmica, a quantidade de informação expressada por algum evento fica constante ou vai diminuindo conforme o tempo vai passando e chega no seu valor mínimo quando esse sistema se equilibra. Isso é diametralmente oposto à segunda lei da termodinâmica.

Ainda no exemplo do café, a entropia aumenta quando o calor flui, de forma espontânea, do líquido que está quente para o ambiente que está mais frio. Nesse momento, propagação de probabilidades de localizar uma molécula no líquido diminui porque o espalhamento de energia disponível também diminui no momento em que se atinge o equilíbrio termal.

Como resultado, a entropia da informação diminui, ou seja, a entropia “padrão”, ou física, aumenta. De acordo com a ciência, o universo está passando por uma expansão constante, sem perder ou ganhar calor. Isso quer dizer que sua entropia é constante.

Contudo, por conta da termodinâmica é sabido que a entropia sempre está aumentando nos sistemas fechados. Por isso que Vopson acredita que exista outra entropia, a da informação, pois deve ser ela que equilibra esse aumento. No caso, ela seria uma necessidade cosmológica, o que traria várias implicações para a ciência.

É uma simulação?

Terra

Mesmo sabendo do que se trata a teoria, como ela chega à conclusão de que o universo é uma simulação? De acordo com Vopson, a principal consequência da segunda lei da infodinâmica é a minimização da informação contida em qualquer evento ou processo do universo. Por conta disso acontece uma otimização da informação, ou seja, um entendimento dos dados da maneira mais efetiva possível.

Então, como essa lei seria uma necessidade cosmológica, e ao que tudo indica ela é aplicada em todos os lugares de forma igual, isso quer dizer que o universo seria construído igualmente um computador grande.

No caso de o universo ser uma simulação, com certeza iria haver um sistema de otimização e compressão de dados para diminuir o poder computacional que seria necessário para isso, além da quantidade de armazenamento.

É hipótese ou verdade?

Terra

Por mais que a teoria de o universo seja uma simulação bem interessante, ela ainda precisa de provas. E nesse caso, como a afirmação é bastante extraordinária, as provas também devem ser. Por conta disso que, até agora, tudo é somente uma hipótese.

No caso de Vopson estar certo, a informação bruta tem que ter massa para que consiga interagir com outros elementos do universo. Para que isso fosse mostrado, era só fazer a medição da massa de um disco rígido antes e depois dos seus dados serem apagados para sempre. Mas o problema é que como a massa iria ser bem pequena, não é possível fazer essa medida.

Essa prova também poderia ser feita bombardeando partículas com antipartículas para que elas se eliminassem e emitissem fótons. Segundo Vopson, ele calculou toda a gama de frequência que pode ser esperada desses fótons tendo a física da informação como base.

Contudo, até que isso seja feito, tudo não passa de teorias e não tem um peso muito grande na ciência.

Fonte: Terra

Imagens: Terra

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