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Fogo Grego, a arma incendiária mais misteriosa de todos os tempos

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Desde sempre, as armas desempenham um papel fundamental nas guerras. No passado, quanto mais inovadoras fossem as formas de atacar o inimigo, maiores vantagens se tinha. Na história geral, algumas batalhas ficaram famosas por causa do resultado, do que levou a tais confrontos ou quanto tempo durou certas guerras. Outra coisa que chama a atenção, como começamos essa matéria, são as armas. O “Fogo Grego” está no topo dos meios utilizados para vencer batalhas mais misteriosos de todos os tempos. Isso porque o tal fogo era a arma incendiária devastadora usada pelo Império Bizantino a fim de se defender dos ataques inimigos.

Os bizantinos manuseavam a arma com maestria e assim conseguiam repelir a invasão árabe. Essa defesa foi eficaz por centenas de anos e o Fogo Grego era usado até mesmo em invasões pelo mar. Muitas pessoas acreditam que essa tenha sido a primeira arma incendiária da história, o que é mentira. No entanto, foi de longe a mais significativa historicamente. Algo fascinante quanto ao fogo grego é que os exércitos que capturaram a arma nunca conseguiram replicá-la.

Até hoje ninguém sabe exatamente quais os ingredientes eram usados na mistura do líquido que causava o poderoso fogo. Esse é um dos maiores e mais antigos mistérios do mundo. Confira conosco mais detalhes sobre o fogo grego e surpreenda-se. Aproveite para compartilhar com seus amigos desde já.

Fogo Grego: a poderosa arma antiga

Como afirmamos, o fogo grego era a arma incendiária mais icônica do Império Bizantino. Essa era uma parte sobrevivente do Império Romano e sua capital era a cidade de Constantinopla (onde hoje fica Istambul). O fogo do mar, como também era conhecido, tratava-se de chamas criadas a partir de um líquido aquecido, pressurizado e depois liberado através de um tubo chamado siphon. Essa arma era utilizada principalmente para incendiar os navios inimigos a uma distância segura.

O que fazia o fogo se destacar era sua capacidade de queimar na água, impedindo totalmente que os combatentes tentassem apagar as chamas durante as batalhas navais. Relatos históricos apontam que era possível, de fato, usar a arma em contato direto com a água. Para piorar a situação dos inimigos, a arma era uma mistura líquida que grudava fácil em qualquer coisa que tocasse, seja o casco de um navio ou a pele humana. Esse fogo só era extinguível com três coisas: areia, vinagre e urina.

Invenção do fogo grego

Não temos muitas informações concretas sobre o fogo, mas acredita-se que ele tenha sido inventado no século VII por Calínico de Heliópolis. Esse era um arquiteto judeu que fugiu da Síria para Constantinopla após um ataque árabe à sua cidade natal. Ele foi responsável pela criação não apenas do líquido que causava o fogo, mas também toda a engenhoca que projetava o fogo grego nos navios inimigos, incluindo um tubo longo e presumivelmente um design parecido com o de um forno para produzir a pressão e calor necessários.

Esses dispositivos eram então presos nos navios bizantinos. Quando usado, esse líquido pressurizado disparava, o que acendia jatos de fogo que corriam sobre a água. O fogo intimidava qualquer inimigo, pois possivelmente produzia um barulhento estridente e muita fumaça. Dizem que era comparado com o sopro de um dragão. Por causa da sua força, a fórmula era muito bem guardada. Apenas os imperadores bizantinos e a família de Calínico sabiam a receita.

Falhas ao tentar recriar a arma

Ao longo dos anos, diversas pessoas tentaram recriar a fórmula do fogo grego, mas não tiveram sucesso. Existem até mesmo registros históricos dos próprios árabes usando uma nova versão do fogo em meados do século XIII. Para muitos que experimentaram o devastador poder, o nome mais comum era “fogo romano”, visto que os bizantinos eram uma continuação do Império Romano. Mas, nenhuma dessas imitações chegou a se comparar com o verdadeiro fogo grego.

Até hoje ninguém sabe o que era usado para fazer a arma poderosa. Petróleo, cal, enxofre, nitrogênio e algum tipo de resina já foram apontados como possíveis ingredientes usados na arma grega, mas reafirmando, ninguém sabe exatamente qual era a fórmula original. Até hoje esse segredo continua cativando historiadores e cientistas que passaram a tentar descobrir o conteúdo. O mistério é tão fascinante que levou George R. R. Martin a usá-lo como inspiração para criar os incêndios descritos nos livros da franquia “Game of Thrones”.

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