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Grávida salva sua vida e a do bebê fazendo a própria cesárea

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O sonho de várias mulheres pode ser a maternidade. Ser parte do milagre da vida, carregar uma criança em seu ventre, amamentá-la, sentir o vínculo mãe e filho, enfim, são várias coisas que várias mulheres desejam e buscam ter em algum momento. Contudo, não são todas as grávidas que têm uma experiência boa. E em alguns casos, ela pode ser traumática e parece ser tirada de um filme.

Todo mundo já ouviu falar que o amor de uma mãe por seu filho é imensurável. Isso foi visto na prática com a mexicana Inés Ramírez Pérez, de 40 anos. A mulher estava grávida e teve que fazer a própria cesárea. Claro que pensando nessa situação o mais provável é que tudo dê errado, mas felizmente nesse caso tanto a mãe como o bebê sobreviveram.

A história dessa grávida que teve que fazer o próprio parto foi publicada na revista científica International Journal of Gynecology & Obstetrics. Mesmo que a cesárea tenha dado certo, depois do parto a mulher teve que ser internada. Quando estava no Hospital Geral Dr. Manuel Velasco Suarez, no México, além de receber o atendimento padrão, foi preciso também fechar o corte que a grávida tinha feito em seu abdômen.

“Medidas incomuns e extraordinárias para preservar seus filhos às vezes levam as mulheres a decisões extremas que colocam em risco suas próprias vidas”, disseram os autores.

Além disso, eles sugerem que mais investimentos em saúde devem ser feitos nas regiões que são menos atendidas para evitar que outras grávidas tenham que passar por essa mesma situação.

Motivo

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A principal dúvida nesse caso é o motivo de a grávida ter precisado fazer sua cesárea antes de chegar a um hospital. O primeiro ponto a ser dito é que a mulher morava em uma aldeia na região sul do México e não tinha um fácil acesso a algum atendimento médico.

Além disso, o último parto da mulher acabou tragicamente. “A gravidez anterior da paciente terminou em morte fetal dois anos antes [do episódio mais recente] por causa do trabalho de parto obstruído. Ela entrou em trabalho de parto, mas não conseguiu dar à luz seu bebê espontaneamente”, pontuaram os autores do estudo.

Por conta disso que, de acordo com os médicos, para não passar por essa morte fetal a grávida usou seu conhecimento em abate de animais para fazer o próprio parto.

Inés tomou essa decisão também porque já estava em trabalho de parto há 12 horas e não tinha conseguido uma ajuda de nenhum adulto. No momento em que a grávida decidiu se cortar, ela estava somente com seus filhos pequenos em casa.  “Não aguentava mais a dor”, justificou a mulher.

Como a grávida fez o próprio parto?

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Fazendo sua cesárea, para aliviar a dor a grávida bebeu uma, ou várias doses de álcool. Ela ficou de cócoras e com uma faca na mão cortou horizontalmente na região do seu abdômen. Ela cortou sua pele até chegar no útero e tirou seu filho de dentro dela. Depois disso, ela pediu para um dos seus filhos pequenos que fossem buscar alguma ajuda.

No momento em que os médicos chegaram a mulher estava inconsciente. Por conta da emergência da situação eles fecharam o corte em sua barriga ainda na casa dela. Quando chegou ao hospital, a mulher ficou internada para que os médicos tivessem certeza de que ela não teria uma infecção generalizada ou alguma lesão em seus órgãos.

Ao todo foram 10 dias de repouso e tomando antibióticos e então a mulher recebeu alta. O caso aconteceu em 2003 e mesmo assim continua sendo um dos únicos registros desse tipo em toda a história da medicina moderna.

Fonte: Canaltech

Imagens: Canaltech

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