Herança de milionária foi para o zoológico da Alemanha

Quando as pessoas que têm muito dinheiro morrem, a curiosidade de quem fica é atiçada para saber o que será feito com a herança deixada por elas. Normalmente, as pessoas presumem que toda a fortuna de quem se foi ficará para seus filhos, ou então algum parente próximo, mas esse nem sempre é o caso.

Em determinados casos, a herança pode ir para lugares onde ninguém pensava. Foi o que aconteceu com a fortuna dessa milionária que nasceu na  cidade de Colônia, mas morava há décadas nos Estados Unidos. Depois de sua morte, quem teve uma grande surpresa foi o zoológico da cidade, no oeste da Alemanha. Toda a herança da milionária será repassada para o zoológico, conforme as informações que eles mesmos divulgaram.

A milionária em questão é Elizabeth Reichert. Ela morreu em meados de fevereiro de 2022, aos 96 anos de idade. Antes de morrer, ela já tinha prometido que o zoológico seria o beneficiado com sua herança. O estabelecimento foi informado sobre o recebimento em dezembro pelo responsável pelo patrimônio da idosa.

Herança

JusBrasil

E assim foi feito. O primeiro montante da herança, no valor de 700 mil dólares, já chegou na Alemanha. Ao todo, o zoológico receberá 26 milhões de dólares, cerca de mais de 135 milhões de reais. Contudo, de acordo com os documentos, a herança foi colocada em um fundo. Por conta disso serão feitos repasses anuais em quantias que podem aumentar conforme o tempo for passando e chegar até 1,5 milhão de euros.

Segundo Christopher Landsberg, diretor do zoológico de Colônia, todo o processo para que se fizesse a consolidação da herança demorou meses por conta dos regulamentos e exigências legais que envolviam os Estados Unidos e a Alemanha.

“Com isso, asseguramos uma receita adicional significativa para o zoológico”, disse ele.

O diretor também revelou que a criação do fundo no qual a herança está garante que o zoológico se beneficie dos valores que serão repassados por um longo período e através de várias gerações.

Motivo

Metrópoles

Agora o que todos querem saber é o motivo que fez essa milionária deixar sua herança para um zoológico. De acordo com o estabelecimento, são dois motivos. O primeiro é o amor da milionária pelos animais e o segundo, a gratidão dela pela cidade de Colônia, que foi onde Elizabeth nasceu e conheceu seu marido, Arnulf Reichert, em 1944.

Como o seu marido era judeu, durante a Segunda Guerra Mundial ele teve que se esconder dos nazistas. E isso só foi possível graças à ajuda dos moradores de Colônia.

Quando a Guerra terminou, Elizabeth e Arnulf se mudaram para os Estados Unidos. No país, eles fundaram um comércio atacadista de produtos animais. O marido de Elizabeth morreu em 1998.

Destino

Revista Cariri

No caso da herança dessa milionária o beneficiado foi o zoológico da sua cidade natal. Agora pense ter uma herança e não querê-la? Isso foi o que a mídia divulgou a respeito da austríaca Marlene Engelhorn, herdeira da multinacional química Basf.

Ano passado, o nome dela foi bastante visto na mídia porque, segundo os veículos, ela iria rejeitar a fortuna da família e doar 90% da herança. Entretanto, a própria herdeira explicou que isso não era verdade.

A realidade é que Marlene não abriu mão da sua herança. Em entrevista ao jornal catalão “ARA”, da Espanha, a herdeira que se tornou ativista por mais impostos em grandes fortunas, negou que rejeitaria a herança da família como tinha sido bastante divulgado em toda imprensa. Além disso, ela também informou que o valor real da herança é bem menor do que o divulgado, de aproximadamente 20 bilhões de reais.

Segundo a herdeira, a fortuna da família gira na casa das dezenas de milhões de euros, e não bilhões, o que mostra a diferença do que foi divulgado pela mídia e da realidade. O fato real é que Marlene quer redistribuir ao menos 90% da herança através de pagamento de impostos ou doações, e não rejeitá-lo.

“Herdarei uma soma de dois dígitos em milhões de euros, e não rejeito esse dinheiro. Quero poder distribuir pelo menos 90% dele, idealmente através de impostos. Se não, buscarei minhas próprias maneiras de fazê-lo”, disse ela ao jornal.

Fonte: DW, G1

Imagens: Revista Cariri, Metrópoles , JusBrasil