Notícias

Homem sonha completar 100 doações de sangue para celebrar 50 anos de vida

0

Marco Aurélio, 49 anos, tornou-se doador de sangue há pouco mais de 13 anos, e ele não imaginava que celebraria a chegada dos 50 anos de vida completando a marca das 100 doações. Até setembro deste ano, ele já esteve na Fundação Hemocentro de Brasília para 90 transfusões. O objetivo dele é chegar à centésima doação até 7 de fevereiro de 2023, data de seu aniversário.

O doador, que é jornalista e músico, conta que, durante os últimos anos, já foi um multiplicador e parceiro do Hemocentro. “Fiz diversas campanhas em parceria com a Fundação, dentre elas o Festival Rock na Veia, que tinha como pano de fundo falar sobre a doação de sangue entre o público cabeludo, tatuado e ouvidores de rock”, conta.

De acordo com o doador, a meta de incentivar os roqueiros está relacionada ao preconceito que existe contra esse público. “Geralmente, o público do rock é mal visto por conta do seu visual. Hoje não muito, mas há 10 anos, esse era o grupo que ninguém queria o tipo sanguíneo e eu queria mudar esse paradigma”, explica.

100 doações

Foto: Metrópoles

A campanha para chegar às 100 doações surgiu há aproximadamente seis meses. Na época, Marco criou uma conta no Instagram para compartilhar fotos dos procedimentos que realizava.

“Quando dei por mim, vi que eu já havia realizado mais de 80 doações. Daí fiz as contas e vi que se mantivesse o ritmo de duas doações por mês, ou seja, a cada quinze dias eu realizasse uma, a minha centésima doação cairia exatamente no dia do meu aniversário de 50 anos”, disse o jornalista, conforme repercutido pelo Metrópoles.

Para manter o ritmo de doações, Marco realiza um procedimento chamado aférese, que recolhe apenas as plaquetas do sangue. Dessa forma, ele consegue realizar o processo duas vezes ao mês.

A doação de plaquetas só pode ser feita depois da primeira transfusão simples. Na sequência, é analisado o tipo sanguíneo, calibragem das veias, e outros fatores que permitem avaliar se a pessoa pode fazer esse tipo de doação.

Doador de plaquetas

Foto: Metrópoles

Marco Aurélio é doador de plaquetas duplas e geralmente doa duas bolsas. “Significa que estou bem de saúde. Isso faz eu me sentir bem comigo mesmo. Saber que por estar bem, posso fazer o bem aos outros também.”

De acordo com o jornalista, mesmo após completar a centésima doação, ele não deixará de ser um doador. Porém, ele destaca que pretende diminuir a frequência de transfusões.

Para conseguir realizar tantas doações por ano, Marco afirma que precisa manter cuidados redobrados com a saúde. “Faço exercícios constantes, bebo socialmente, evito situações que possam me adoecer, não fumo e mantenho a saúde mental em dia”, conta.

A maior parte das doações de Marco foi realizada no Hemocentro de Brasília. Dessas, aproximadamente 95% foram de plaquetas.

“Eu ajudo os outros, em contrapartida ajudo a mim mesmo. Coisa boa atrai coisa boa”, pontua.

Doações no Hemocentro

Foto: Getty Images

Entre os meses de janeiro e agosto de 2022, a Fundação Hemocentro de Brasília recebeu 32.850 doações de sangue e 898 de plaquetas. Nesse mesmo período em 2021, o órgão registrou 31.587 doações sanguíneas e 897 referentes às plaquetas.

Já o procedimento realizado por Marco, a aférese é a separação dos componentes do sangue por centrifugação, através de um equipamento automatizado. O sangue do doador é captado e a máquina separa apenas as plaquetas. Logo em seguida, o sangue retorna ao organismo do doador pelo mesmo acesso venoso.

Vale destacar que a  plaqueta é essencial na coagulação de sangue. O concentrado deste componente é importante no tratamento de pacientes com câncer e em transplante.

Além disso, o prazo de validade da plaqueta é considerado curto, sendo somente cinco dias.

Fonte: Metrópoles

Teaser de ‘A pequena Sereia’ com atriz negra como protagonista recebe dislikes

Artigo anterior

Tatuador processa Nathalia Valente em R$ 90 mil depois de tatuagem polêmica

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido