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Igreja medieval abriga mais de 4 mil esqueletos em cripta

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A Igreja de St Leonard, localizada na cidade inglesa de Hythe, guarda em sua cripta a maior quantidade de esqueletos de todo o Reino Unido.

De acordo com informações do jornal Mirror, mais de quatro mil esqueletos pertencentes a homens, mulheres e crianças não identificados estão guardados sob os pisos da instituição religiosa. Até o momento, apenas uma ossada foi identificada: a de um clérigo assassinado há oito séculos.

Conforme o UOL, a cripta começou a ser visitada na Idade Média, logo depois da morte do arcebispo Becket, aproximadamente no ano 1200. No início, as visitas eram realizadas por peregrinos que desejavam ver o santuário religioso e, com o tempo, o local virou uma atração turística paga.

Mitos e lendas

Ainda não se sabe ao certo qual seria a origem dos esqueletos. Existem teorias de que eles pertenceram a vítimas da Peste Bubônica, enquanto outras apontam que se tratam dos ossos de soldados.

No entanto, durante a era vitoriana foi espalhado o mito de que aqueles seriam os restos mortais de invasores vikings que teriam falecido em batalha ou afogados no mar. Entretanto, especialistas apontam que o mais provável é que os esqueletos tenham se acumulado na igreja devido a sua expansão.

A instituição, que foi ampliada para um local de sepultamentos, teria desenterrado os esqueletos e os abrigados em seu interior. Os primeiros restos mortais, que pertenceriam a moradores locais, foram desenterrados no século 13, logo após ser realizada a ampliação da instituição.

Esqueletos decapitados de “criminosos” romanos são encontrados na Inglaterra

Foto: HS2

Também no Reino Unido, em fevereiro deste ano, aproximadamente 40 esqueletos decapitados foram desenterrados por arqueólogos no sul da Inglaterra em uma zona ferroviária.

De acordo com pesquisadores, os restos mortais pertencem a “criminosos” do período romano.

Os esqueletos foram achados quando arqueólogos do programa High Speed ​​2 da Inglaterra (HS2) descobriram um terreno em Buckinghamshire que era utilizado com um cemitério romano, sendo considerado o maior de seu tempo.

Uma equipe de 50 arqueólogos trabalhava no local há mais de um ano. Na região, eles também encontraram partes de uma cidade romana na vila de Fleet Marston, assim como mais de 1.200 moedas, dados para jogos, sinos, colheres, alfinetes e broches.

De acordo com informações da CNN, o assentamento provavelmente foi utilizado como ponto de parada para soldados e pedestres que viajavam por Fleet Marston, em direção à cidade romana de Alchester.

O comunicado dos responsáveis informou que o cemitério continha cerca de 425 corpos enterrados no total.

Os sepultamentos

Foto: Divulgação/High Speed 2

O número de sepultamentos, assim como o do próprio povoado, podem apontar a grande quantidade de pessoas que teria chegado à cidade entre meados e final do período romano. Especialistas explicam que isso aconteceu, provavelmente, em decorrência da produção agrícola inflacionada.

Uma possível explicação para o uso da decapitação como prática funerária pode ser porque os esqueletos pertenceriam a “criminosos ou um tipo de pária”. No entanto, a comunidade explica que esse procedimento era um padrão durante o período romano.

O cemitério abrigava principalmente sepultamentos, já que a prática era comum na época, porém, também havia corpos cremados.

“A escavação é significativa tanto para permitir uma caracterização clara desta cidade romana, mas também como um estudo de muitos de seus habitantes”, explicou Richard Brown, gerente de projeto sênior da COPA JV, um consórcio de arqueólogos que trabalham em nome do projeto.

Brown acrescentou que, assim como diversos novos locais de assentamentos romanos descobertos durante as obras do HS2, o estudo aprimora e preenche o mapa da Buckinghamshire romana.

Arqueólogos do programa de escavação HS2 encontraram informações importantes em Buckinghamshire nos últimos meses. Entre elas estão um conjunto de estátuas romanas raras e uma figura de madeira que pode ter 2 mil anos.

Fonte: Aventuras na História, CNN

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