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Evidênicas mais antigas de rebanhos de dinossauros complexos são encontradas nesse cemitério jurássico

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A arqueologia é a ciência responsável por estudar culturas e civilizações do passado. Através das descobertas arqueológicas, vestígios de antigas sociedades, culturas e fósseis de animais são encontrados.

Ademais, os fósseis nos ajudam a dar asas à imaginação quando se fala do passado. Eles são recursos que podem transformar os pensamentos sobre como teria sido a vida, ou algum animal, em respostas científicas. Eles são localizados e estudados há muito tempo. Pode se encontrar partes do corpo, como ossos e dentes, e até pegadas que deixaram em diferentes lugares do mundo. Alguns fósseis parecem ter sido congelados no tempo de tão bem preservados.

Agora, um cemitério jurássico foi encontrado na Patagônia, Argentina, com mais de 100 ovos fossilizados e ossos de 80 dinossauros Mussaurus patagonicus, entre filhotes e adultos. Esse tesouro sugere que esses animais viviam em rebanhos há 192 milhões de anos.

Descoberta

A descoberta é a evidência mais antiga já registrada de que os dinossauros viviam em rebanhos. Além de sugerir que os bichos tinham um comportamento socialmente complexo e gregário 40 milhões de anos antes do que se pensava.

Outro ponto que esse cemitério revelou foi que o rebanho tinha estrutura interna. Por exemplo, os jovens dinossauros saíam e morriam juntos em panelinhas. “Encontrar sinais do comportamento dos dinossauros preservados em ossos é uma coisa bem rara. Mas agora temos evidências de uma estrutura de comportamento social complexa dentro do rebanho”, disse o pesquisador principal Diego Pol, paleontólogo do Museu Paleontológico Egidio Feruglio e do National Scientific and Technical Conselho de Pesquisa na Argentina (CONICET).

“Eu diria que esta é uma das principais descobertas paleontológicas do ano. É tão emocionante ter tantos indivíduos de uma espécie fóssil, de embriões a adultos”, ressaltou  Michael D’Emic, professor associado do Departamento de Biologia da Universidade Adelphi em Nova York, que não esteve envolvido no estudo.

Fósseis

Desde 2002, Pol e sua equipe escavaram um afloramento relativamente pequeno na Formação Laguna Colorada no sul da Patagônia. Esse local é conhecido por ter fósseis de M. patagonicus.

No decorrer dos anos, os pesquisadores descobriram mais de 100 ovos e fósseis de dezenas de novos M. patagonicus em vários estágios da vida.

Segundo estudos anteriores, o M. patagonicus botava ovos com cascas macias e, provavelmente, andava de quatro quando eram bebês. E quando faziam um ano eles transicionavam para bípedes.

Contudo, agora,  a equipe de Pol tem evidências suficientes para mostrar que esses dinossauros, que eram herbívoros de pescoço longo, viviam em rebanhos. Os estudiosos levantaram a hipóteses de que a vida em rebanho começou com a transição desses dinossauros de pequenos para colossais. E os filhotes de M. patagonicus tiveram que crescer até tamanhos enormes em somente alguns anos.

“Este é um momento em que eles precisam comer muito para crescer, mas não têm tamanho para se defender e não têm a experiência e o conhecimento. Então, viver em um rebanho realmente protege você durante esses estágios muito vulneráveis ​​e frágeis de sua vida”, explicou Pol.

Dinossauros

O local onde os dinossauros morreram provavelmente foi por conta da seca. “Sabemos que este lugar era sazonal e há indícios de secas nos sedimentos”, disse Pol.

“É extremamente raro encontrar tantos dinossauros bem preservados em um só lugar. É ainda mais interessante e importante que esses animais pareçam viver em grupos sociais. As pessoas tendem a pensar em grupos extintos como esses sauropodomorfos como ‘becos sem saída’ evolucionários, mas isso não significa que eles não tivessem comportamentos avançados, como sociabilidade”, concluiu D’Emic.

Fonte: https://www.sciencealert.com/jurassic-graveyard-reveals-oldest-evidence-that-dinosaurs-traveled-in-herds

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