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Impacto humano na atmosfera antes dos incêndios industriais é revelado pelo gelo da Antártica

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Em suma, até chegarmos onde estamos hoje, nossa sociedade já passou por vários períodos. Quando se fala de mudança climática, geralmente se traz a qualidade do ar para a discussão. Claro que ela piorou com o passar dos tempos. Mas conforme mostra uma nova pesquisa na Antártica, o ar da Terra durante o período pré-industrial não era tão puro quanto se imagina.

De acordo com uma análise de seis perfurações de núcleo de gelo tiradas mais ao sul do continente, foi revelado um aumento substancial do carbono negro a partir do século XIV.

Ademais, assa foi uma época muito antes dos humanos no hemisfério sul começarem a queimar carvão. O que mostra que a poluição provavelmente veio de incêndios pré-industriais alimentados com a biomassa natural. E nos 700 anos intermediários, os níveis de emissão parecem ter subido de forma contínua e triplicando seu número.

Pesquisa

Os pesquisadores modelaram o fluxo potencial de partículas de carbono negro e rastrearam a fuligem de volta para a Tasmânia, Nova Zelândia ou Patagônia. A Tasmânia e a Patagônia foram colonizadas pelos humanos primeiro. Enquanto na Nova Zelândia, o povo Maori fez suas casas por lá n fim do século XIII, exatamente a época em que o carbono negro começou a aparecer nos registros de gelo da Antártica.

Esses registros também vão de encontro com essa linha do tempo. Tudo isso sugere que as queimadas de terras na Nova Zelândia foram responsáveis pela distribuição em grande escala dessa fuligem. E de acordo com os pesquisadores, a migração que aconteceu para a Nova Zelândia deve te sido bem grande para conseguir atingir um impacto tão imediato e generalizado.

“A ideia de que os humanos nesta época da história causaram uma mudança tão significativa no carbono negro atmosférico por meio de suas atividades de limpeza de terras é bastante surpreendente”, disse o cientista atmosférico Joe McConnell do Desert Research Institute (DRI) em Nevada.

Incêndios

 

Antigamente, se pensava que os impactos humanos na atmosfera da Terra eram insignificantes antes da revolução industrial. Entretanto, estudos como esse mostram que a capacidade do ser humano de mudar ambientes no mundo todo não é uma coisa moderna.

A Nova Zelândia foi o último lugar habitável do planeta a ser habitado por pessoas. Na época da chegada dos Maori, a região era 85% coberta por floresta. Atualmente essa porcentagem é de 25%. E segundo sugerem as pesquisas, essas florestas foram perdida em poucas décadas depois da ocupação humana.

Além disso, parece que há 700 anos os Maori já estavam queimando sistematicamente as florestas nativas. E como foi visto no gelo, o carbono negro desses incêndios chegou até a Antártica. Se considerando o que se vê hoje em dia, essas emissões parecem ter atingido seu pico no século XVI tendo aproximadamente 36 mil toneladas por ano.

Mudanças

Mesmo que a quantidade seja relativamente pequena, ela superou outras emissões feitas por humanos na região durante os últimos dois mil anos. Além de impactar algumas das partes mais remotas da Terra.

E não foi só a fumaça depositada na Antártica. Os  micronutrientes desses incêndios provavelmente caíram no pacífico sul e alimentaram o plâncton a milhares de quilômetros de distância.

“Em comparação com as queimadas naturais em lugares como a Amazônia, ou África do Sul ou Austrália, você não esperaria que a queima dos maori na Nova Zelândia tivesse um grande impacto. Mas tem sobre o Oceano Antártico e a Península Antártica. Ser capaz de usar registros de gelo para mostrar impactos na química atmosférica que alcançaram todo o Oceano Antártico, e ser capaz de atribuir isso à chegada e colonização Māori da Nova Zelândia 700 anos atrás, foi realmente incrível”, explicou o cientista hidrológico Nathan Chellman, também da DRI.

Essas descobertas não dão somente uma base melhor para medir a atividade industrial atual, como também revelam verdades a respeito dos primeiros colonos da Nova Zelândia e o momento d  sua chegada.

Fonte: https://www.sciencealert.com/pre-industrial-human-activity-had-a-bigger-impact-on-the-planet-than-we-thought

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