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Nenhum modelo climático previu a forma como a Antártica está derretendo

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Nosso planeta já tem seu longo período de existência e já passou por várias mudanças. Umas delas, que os pesquisadores consideram uma das mais drásticas, é a mudança climática. Isso vem afetando o mundo de várias maneiras diferentes e talvez caminhe para um ponto onde se torne cada vez mais difícil a nossa existência.

A Terra está ficando cada vez mais quente e as temperaturas do planeta estão aí para provar isso. Os oceanos do nosso planeta estão fervendo por conta do aumento da quantidade de gases de efeito estufa E a camada de gelo da Antártica não está derretendo de uma forma linear que os modelos climáticos previram.

Ao contrário disso, o modelo mais detalhado mostra que por mais que a taxa de perda de gelo no Polo Sul esteja acelerando de forma rápida, existem ondas de neve e breves retenções do derretimento ao longo do tempo.

“O manto de gelo não muda com uma taxa constante. É mais complicado do que uma mudança linear. A mudança é mais dinâmica: a velocidade do derretimento muda dependendo do tempo”, explicou Lei Wang, que pesquisa engenharia civil, ambiental e geodésica na Ohio State University.

Derretimento

Por natureza as previsões climáticas são imperfeitas e sujeitas a revisões constantes conforme os pesquisadores vão aprendendo mais. Dentre essas previsões, as de derretimento da camada de gelo da Antártica são as mais contestadas.

A maior parte dos modelos diz que o gelo polar está diminuindo. A extensão do derretimento, nos mais diferentes cenários de emissão, variam bastante. Durante vários anos os cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) não chegavam a uma conclusão a respeito de como o derretimento acabaria contribuindo para a elevação do nível do mar.

Atualmente, os modelos do IPCC para o derretimento de gelo da Antártica melhoraram muito. No entanto, quando se trata de projeções futuras para a elevação do nível do mar no mundo todo, os cientistas disseram que o colapso potencial total de toda a camada do Polo Sul ainda é a maior fonte de incerteza.

“Não estou dizendo que o degelo da Antártica não seja um problema agudo, ainda é muito agudo. Toda a Antártica está perdendo massa, muito rapidamente. É apenas um problema de escala de tempo e um problema de taxa. E nossos modelos que prevêem mudanças no nível do mar devem refletir isso”, disse Wang.

Projeções

Várias projeções climáticas atuais não levam em conta as flutuações do tempo da Antártica. E isso poderia fazer com que os cientistas subestimassem o impacto geral do manto de gelo no aumento do nível do mar ou então a velocidade com que isso vai acontecer.

Usando dados de satélite da NASA e levando em consideração as taxas de mudança na Antártica, um modelo novo e mais dinâmico foi feito. No final, suas descobertas mostraram que todos os setores da camada de gelo da Antártica tem mudanças sazonais e interanuais, que são altamente  variáveis, na sua perda de gelo.

E esses fatores parecem ter um papel bem dinâmico na massa total do manto de gelo, como os modelos anteriores sugeriram.

A camada de gelo da Antártica Ocidental mostra um tendência multi-decadal no derretimento, Já a camada de gelo da Antártica Oriental tem flutuações rápidas.

“Embora os modelos prevejam o aumento da acumulação ao longo do século 21 em resposta a uma atmosfera mais quente e úmida, é improvável que eles sejam capazes de negar a perda dinâmica prevista do manto de gelo da Antártica Ocidental”, concluíram os autores.

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