Nesta quinta-feira, 21, um prĂ©dio pertencente ao Instituto Serum, que estava sendo construĂdo na cidade de Pune, no sul do estado de Maharashtra, na Ăndia, foi atingido por um incĂȘndio. De acordo com Murlidhar Mohol, prefeito do municĂpio, cinco pessoas morreram no local.
A empresa, como jå se sabe, é a maior fabricante mundial de vacinas. Devido ao incidente, acredita-se que a futura expansão da produção da vacina contra covid-19 tenha sido extremamente afetada.
IncĂȘndio
Em entrevista aos meios de comunicação internacionais, Mohol informou que os corpos foram encontrados em meio aos escombros, logo apĂłs as chamas terem sido extintas pelo corpo de bombeiros local. Em suma, as vĂtimas sĂŁo todas trabalhadores da construção civil, que estavam nas instalaçÔes, quando o incĂȘndio começou.
AtĂ© o momento, nĂŁo se sabe exatamente o que ocasionou o incĂȘndio. AlĂ©m disso, a extensĂŁo dos danos tambĂ©m nĂŁo foi esclarecida. De acordo com Prashant Ranpise, supervisor oficial de operaçÔes de resgate, trĂȘs pessoas foram resgatadas com vida.
O incĂȘndio, conforme informou o Instituto Serum, restringiu-se apenas a nova instalação, cujo intuito era aumentar a capacidade de produção de vacinas contra o coronavĂrus, garantindo, assim, que o imunizante estivesse disponĂvel em alta escala caso ocorresse novas pandemias.
Instituto Serum
Segundo Adar Poonawalla, CEO do Instituto Serum, as vacinas que jĂĄ haviam sido produzidas na instalação nĂŁo foram afetadas. Atualmente, o estoque do instituto conta com cerca de 50 milhĂ”es de doses. Em comunicado, Poonawalla lamentou a morte das vĂtimas que foram atingidas pelo incĂȘndio. “Estou profundamente triste com essa notĂcia”, comentou o CEO do instituto.
Imagens que foram divulgadas pela imprensa internacional registraram enormes cortinas de fumaça emanando das instalaçÔes no exato momento em que os bombeiros atuavam para controlar as chamas. Felizmente, grande parte dos trabalhadores da construção civil conseguiram deixar as instalaçÔes com segurança.
O Instituto Serum foi uma das instituiçÔes contratadas para produzir um bilhĂŁo de doses da vacina AstraZeneca/Universidade de Oxford. A expansĂŁo do edifĂcio ajudaria o instituto ampliar a produção de 1,5 bilhĂŁo para 2,5 bilhĂ”es de doses atĂ© o final de 2021.
De acordo com o portal Terra, das 12 bilhĂ”es de doses de imunizantes contra o novo coronavĂrus que devem ser produzidas este ano, cerca de 9 bilhĂ”es de doses jĂĄ foram vendidas aos paĂses ricos. Para equilibrar o cenĂĄrio, o Instituto Serum decidiu produzir as vacinas que serĂŁo usadas pelos paĂses em desenvolvimento.
O imunizante que foi desenvolvido pela Universidade de Oxford em parceria com a multinacional AstraZeneca possui uma versĂŁo enfraquecida do adenovĂrus, que age como vetor. O adenovĂrus, causador de uma gripe comum em ChipanzĂ©s, foi modificado, sendo, assim, impossibilitado de se replicar. AlĂ©m disso, o material genĂ©tico que codifica a proteĂna Spike do SARS-CoV-2 Ă© utilizado pelo vĂrus, o que o torna capaz de acessar a cĂ©lula.
Com a vacinação, a proteĂna passa, entĂŁo, a ser produzida no corpo humano e, consequentemente, desencadeia uma resposta imune, capaz de atacar precocemente o vĂrus quando o mesmo infectar o corpo. Uma Ășnica dose do imunizante mostrou-se capaz de aumentar 4 vezes a produção de anticorpos contra a proteĂna Spike do vĂrus SARS-CoV-2.
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