Política

Israel diz ter matado viúva de fundador do Hamas e líder de grupo radical

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No 13º dia de combates, os ataques aéreos de Israel persistem, e agora eles ainda clamam por uma vantagem, dizendo ter matado a viúva do Hamas.

Na madrugada de quinta-feira, as Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram a morte de Jamila al-Shanti, viúva do co-fundador do Hamas, Abdel Aziz al-Rantisi.

As forças militares também afirmam que o líder da ala militar dos Comitês de Resistência Popular de Gaza, grupo classificado como terrorista, foi morto.

O que aconteceu?

Em um desdobramento, Jamila al-Shanti, a primeira mulher eleita para o gabinete político do Hamas, foi vítima de um ataque aéreo israelense na Faixa de Gaza.

Sua morte, amplamente divulgada pelos meios de comunicação locais, representa um acontecimento significativo na região.

Rafat Abu Hilal, líder da ala militar dos Comitês de Resistência Popular de Gaza, também perdeu a vida durante as operações das IDF.

Via Estado de Minas

Os Comitês de Resistência Popular, o terceiro maior grupo extremista na Faixa de Gaza, ficaram abalados com essa baixa, mostrando como as dinâmicas políticas na região são complexas.

Mesmo assim, a ofensiva israelense não poupou membros das forças de comando Nukhba do Hamas, acusados de liderar um atentado em 7 de outubro. A Defesa de Israel relata a morte de pelo menos dez desses membros em ataques precisos.

Além disso, as IDF alegam ter desmantelado numerosos locais do Hamas, incluindo pontos de lançamento de mísseis, poços de túneis, infraestruturas de inteligência e centros de comando.

Essa ação intensiva, no entanto, teve um custo humano significativo, com mais de 40 mortos e pelo menos 21 feridos em ataques aéreos na Faixa de Gaza.

A violência também se estendeu à Cisjordânia ocupada, onde forças israelenses atacaram diversas áreas, resultando na morte de várias pessoas, incluindo dois adolescentes. A tensão na região atinge níveis alarmantes, exacerbando um cenário já complexo e volátil.

Presidente dos Estados Unidos assegura assistência humanitária

Na madrugada de quinta-feira, após a proclamada morte da viúva do Hamas, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que a ajuda humanitária à Faixa de Gaza, via Egito, está programada para começar nesta sexta-feira.

A autorização para a entrada desse auxílio foi concedida pelo governo israelense na tarde de ontem. Contudo, o socorro terá transporte através da fronteira com o Egito.

O presidente Biden informou que o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, concordou em permitir a passagem de cerca de 20 caminhões através de Rafah, transportando ajuda humanitária destinada à cidade de Gaza.

Khalid Zayed, chefe da Cruz Vermelha, indicou que mais de 200 caminhões, totalizando cerca de 3.000 toneladas de ajuda, estão aguardando na passagem de Rafah ou nas proximidades.

O ministro das Relações Exteriores egípcio, Sameh Shoukry, afirmou à TV Al-Arabiya que os suprimentos estarão sob supervisão da ONU.

Durante sua estadia em Tel Aviv, Biden se encontrou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Previam-se restrições na entrega de ajuda, mas o comunicado do gabinete de Netanyahu afirma que, atendendo ao pedido de Biden, Israel não impedirá o envio de assistência humanitária pelo Egito.

O comunicado destaca que as entregas de alimentos, água e medicamentos, provenientes do Egito, serão permitidas. No entanto, precisam se restringir a civis no sul da Faixa de Gaza e não se destinar aos membros do Hamas.

No entanto, a declaração não aborda a questão do combustível, crucial para os geradores hospitalares.

Via Middle East

EUA veta proposta

Mesmo após desdobramentos importantes, como a morte da viúva do Hamas, os Estados Unidos ainda não concordam com o cessar fogo proposto por outros líderes.

O país exerceu seu poder de veto na ONU, bloqueando uma proposta de pausa humanitária na guerra entre Israel e Hamas. O projeto foi apresentado pelos embaixadores brasileiros com suporte do presidente Lula, mostrando um documento extenso com alternativas de cessar fogo momentâneo.

Isso ajudaria na retirada dos civis e no repatriamento de estrangeiros na zona de guerra, correndo perigo.

Contudo, na votação do Conselho de Segurança que aconteceu nesta quarta-feira (18), a resolução do Brasil recebeu o apoio de 12 dos 15 países do conselho. No entanto, não conseguiu voto dos principais integrantes.

Por isso, a proposta teve rejeição, devido à oposição dos EUA, que, como membro permanente, têm o direito de veto sobre qualquer resolução.

A decisão dos EUA recebeu críticas de vários setores, incluindo embaixadores da China e Rússia. Além disso, organizações como a Human Rights Watch expressaram decepção com a rejeição da proposta.

 

Fonte: UOL

Imagens: Middle East Monitor, Estado de Minas

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