Curiosidades

Por que gêmeos idênticos têm impressões digitais diferentes?

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Gêmeos sempre geram uma curiosidade por si só nas pessoas. Eles podem ser univitelinos ou bivitelinos. Os univitelinos se desenvolvem a partir de um mesmo óvulo, que foi fecundado por um único espermatozoide. Portanto, eles serão gêmeos idênticos. Se forem bivitelinos, quer dizer que dois óvulos diferentes foram fecundados por dois espermatozoides diferentes. Ou seja, eles vão ser parecidos como outros irmãos que se parecem, mas que não são gêmeos, só que não serão idênticos.

Um ponto que muitas pessoas têm dúvidas com relação aos gêmeos idênticos, já que eles vêm do mesmo óvulo e têm os mesmos genes, é sobre como eles não têm as digitais iguais? Isso acontece porque, de acordo com o Science Focus da BBC, as chances de duas pessoas terem as mesmas impressões digitais é menor do que uma em 64 bilhões.

Além disso, mesmo que a genética tenha um papel de destaque na vida das pessoas, já que determina coisas como a cor do cabelo e a probabilidade de a pessoa precisar ou não de óculos, ela não tem nenhum controle a respeito das digitais. Isso cabe ao DNA de cada um que irá moldar o padrão das cristas nas pontas dos dedos. No entanto, ele não é o único responsável.

Motivo

Neurociências em prol da educação

Isso porque o útero é um ambiente dinâmico e agitado. Por isso que vários fatores podem influenciar o feto que está se desenvolvendo nele. De acordo com Simona Francese, uma cientista forense da Universidade de Sheffield Hallam, inúmeros fatores ambientais dentro do útero têm influência em como as impressões digitais se formam. Alguns deles são: o comprimento do cordão umbilical, a posição do bebê no útero, o acesso à nutrição, a pressão arterial e até mesmo a taxa de crescimento dos dedos. Todos esses fatores se juntam e criam as bases para as impressões digitais das pessoas entre a 13ª e 19ª semana de desenvolvimento.

E mesmo esses fatores sendo dentro do útero e os bebês estarem lá no mesmo momento, eles podem ser diferentes para os gêmeos idênticos. Por mais que eles tenham padrões parecidos nos loops, espirais e cristas, cada um deles irá ter detalhes diferentes em suas digitais.

Um ponto curioso é que essa jornada das digitais não acaba quando os gêmeos nascem. Até porque, conforme todas as pessoas vão passando pela vida, vários fatores ambientais também influenciam as impressões digitais. Por exemplo, alguma cicatriz ou queimadura. Coisas desse tipo podem mudar de forma permanente, ou temporariamente, os detalhes das digitais.

De acordo com um estudo recente, três famílias de moléculas sinalizadoras específicas podem ter um papel importante na formação das impressões digitais. Isso porque quando elas são combinadas com diferenças nas formas dos dedos e quando a pele cresce, as moléculas garantem que as pontas dos dedos de cada um sejam únicas.

Conforme resumiu Roel Nusse, um biólogo do desenvolvimento, flutuações pequenas no desenvolvimento das pessoas podem levar a variações infinitas nos padrões das digitais.

Gêmeos

Diário de bio

Ter as impressões digitais diferentes é algo de se esperar, mas pensar em gêmeos de pais diferentes é uma coisa bem rara. No entanto, isso não quer dizer que não possa acontecer, como foi o caso dessa adolescente portuguesa, na cidade de Mineiros.

Quando o teste de DNA mostrou que somente um dos gêmeos era filho do homem que a mãe de 19 anos, que não quis ser identificada, pensava que era o pai, ela ficou chocada.

Com isso, a jovem lembrou que no mesmo dia ela teve relações sexuais com outro homem e então entrou em contato com ele. Quando ele fez o teste de DNA também deu positivo.

Os resultados espantaram a mãe dos gêmeos, ainda mais por conta de seus filhos serem bem parecidos um com o outro. O acreditado é que em toda a história médica do mundo, esse seja o 20° caso registrado de superfecundação heteroparental.

Curiosamente, foi dito que mesmo com os pais sendo diferentes, somente um dos pais será registrado na certidão de nascimento dos gêmeos. Nesse ponto, a mãe elogiou o homem que se prontificou em cuidar dos dois filhos e ajudar a família toda.

Para muitas pessoas isso pode parecer estranho, e até meio impossível de acontecer. Contudo, Tulio Jorge Franco, especialista no assunto, explicou como isso é possível. De acordo com ele, a superfecundação heteroparental acontece no momento em que dois óvulos da mãe são fertilizados por homens diferentes.

Com isso, mesmo que os gêmeos tenham o mesmo material genético da mãe, eles são desenvolvidos em placentas separadas. Por isso que, de acordo com o especialista, esse tipo de gestação é extremamente raro, acontecendo uma em um milhão. Felizmente, a gestação dessa jovem mãe foi tranquila e os gêmeos nasceram saudáveis e sem nenhum problema de saúde.

Fonte: Mistérios do mundo,

Imagens: Neurociências em benefíico da educação, Diário de bio

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