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Jardineiro Chavedegol Galvão foi nomeado a partir da união de nomes de seriado e carro

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O jardineiro Chavedegol Galvão de Souza, de 40 anos, de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, contou que recebeu o nome a partir da união de duas coisas que o pai, um sargento da Polícia Militar, gostava. “Meu pai assistia ao programa Chaves e tinha um Gol”, resumiu.

Chaves estreou no Brasil apenas em 1984, dois anos depois do nascimento do jardineiro. No entanto, de acordo com ele, o pai viajava muito e passou por diversos países da América Latina, onde conheceu o seriado mexicano, que estreou em 1971.

Chavedegol é o filho mais novo do sargento Inácio Galvão e de dona Adélia de Souza, que já morreram. Entre os oito irmãos, seis têm nomes “incomuns”. 

O irmão mais velho é Water Crow. Outro se chama Anter Brum. A família também conta com nomes Blumenaudo, Felegram, Charliedgeol e Hanamix.

No entanto, duas irmãs ganharam nomes considerados mais “simples”: Cleonice e Sueli. O jardineiro ainda contou que Charliedegol foi uma “homenagem” ao general francês Charles de Gaulle, que lutou na Segunda Guerra Mundial.

“Meu pai não gostava muito de nomes comuns, que havia nas outras famílias na vizinhança. Ele dizia que ninguém iria copiar os nomes da gente”, explicou ao G1.

O jardineiro ainda disse que o nome se fala todo junto e que muitas pessoas o chamam de Chavinho. Além disso, para não acharem que o nome é falso, ele compartilhou uma cópia da carteira de motorista.

Histórias relacionadas ao nome

Foto: Reprodução/ G1

Ainda durante a entrevista ao G1, Chavedegol contou histórias relacionadas ao nome. O jardineiro relembrou que na época do colégio, uma professora dizia: “Chavedegol, a diretora cadeado quer falar com você”.

O jardineiro também relatou um momento durante uma blitz. De acordo com matéria do G1, ele foi parado em uma blitz enquanto pilotava uma moto. No momento, os agentes de segurança não acreditaram no nome que estavam lendo na carteira de motorista e no documento do veículo.

“Um dos policiais disse que não podia ter habilitação e documento da moto com o mesmo nome de uma empresa. O outro afirmou que não existia nome de empresa em carteira de motorista. Eu expliquei o meu nome, ficou todo mundo rindo e eles me liberaram”, lembrou.

Linha dura

Foto: Reprodução/ G1

De acordo com Chavedegol, o pai era bastante severo e possuía normas para manter os nove filhos na “linha”. Uma delas era não ter apelidos em casa.

“A gente costuma se chamar pelo nome mesmo. Meu irmão que é Felegram a gente chama de Ferro. Não sei o motivo”, comentou.

No entanto, fora de casa, o jardineiro não conseguiu escapar dos apelidos. “Pegam meu nome e juntam com qualquer modelo de carro. É Chavedefusca, Chavedefiat e Chavedechevette.”

Além disso, na casa do militar, os filhos tinham hora para chegar, se fossem para uma festa. “Tinha que ser às 22h. Depois de dez minutos, tinha que escolher o castigo: duas palmadas de palmatória, chicotadas ou fazer a limpeza de parte do terreno de casa de noite.” De acordo com Chavedegol o castigo era aplicado para todos os filhos.

O jardineiro também contou que o pai proibia os filhos de assistirem a programas de TV, como novelas e até jogos de futebol. “Era para não provocar brigas entre quem estava ganhando ou perdendo.”

Acidente

Chavedegol trabalhava cuidando de jardins de templos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. No entanto, um dia após comprar uma moto por R$ 20 mil, foi atropelado pelo dono de uma padaria, em Jaboatão. O jardineiro ficou hospitalizado durante uma semana e está há quatro meses sem trabalhar, de licença médica.

Nesse período, Chavedegol começou a acompanhar os noticiários enquanto se recuperava do acidente para voltar a trabalhar.

“Entrei na Justiça para obrigar o dono da padaria a pagar a moto, mas ele não pagou até agora”, disse.

Fonte: G1

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