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João de Deus é condenado a quase 100 anos por crimes sexuais

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João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, usava seu dom de se comunicar e funcionar como um intermédio entre o nosso mundo e o dos espíritos para curar e trazer a paz aos vivos. Por conta disso, ele é conhecido mundialmente e já foi tema de filmes e livros. A fama do médium era tanta que até mesmo Oprah Winfrey, a famosa apresentadora norte-americana, veio até o Brasil para entrevistá-lo.

Contudo, desde 2018, o médium foi acusado de abuso sexual e assédio não por uma, mas por várias pessoas. Mais de 200 queixas tinham sido feitas em 2018, número que aumentou com o passar do tempo.

Agora, nessa segunda-feira, João de Deus foi condenado a quase 100 anos pelos seus crimes sexuais em mais de três processos. Essas condenações se referem aos crimes de estupro de vulnerável e de violação sexual mediante fraude.

Sentença

G1

De acordo com a defesa do médium, ela ainda não foi intimada a respeito dessas sentenças e se essas novas sentenças adotaram metodologias anteriores, a defesa deve recorrer.

Ao todo, oito vítimas estão envolvidas nos crimes feitos entre 2010 e 2018. Por conta deles, João de Deus foi condenado a 99 anos, 8 meses e 15 dias em regime fechado. Ele também foi condenado a pagar 100 mil reais para as vítimas como indenização por danos morais.

Embora ele tenha recebido a condenação a um regime fechado, João de Deus está em prisão domiciliar. E depois da condenação recebida nessa segunda-feira, ainda faltam quatro processos para terem suas sentenças. De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado, eles já estão na fase de alegações finais.

Com essa sentença, o médium tem uma sentença total, até o momento, de 370 anos, 9 meses e 15 dias de prisão. No momento, elas estão aguardando o julgamento de recursos.

João de Deus

Poder360

Como dito, o médium já foi sentenciado em outros processos. Em dezembro do ano passado, o Tribunal de Justiça de Goiás condenou João de Deus a 109 anos e 11 meses de prisão por conta de seus crimes sexuais. A condenação foi feita em três processos que, além do tempo encarcerado, exige que o médium pague até 100 mil reais por danos morais às suas vítimas. Mesmo tendo recebido a condenação, a defesa de João de Deus recorrerá. A decisão foi dada pelo juiz Marcos Boetchat Lopes Filho, da comarca de Abadiânia.

O médium foi condenado em três processos diferentes e como pena total teve os 109 anos e 11 meses. Suas condenações foram:

1 – Por crimes sexuais contra cinco vítimas, entre 2010 e 2016: ele recebeu a sentença de 51 anos e 9 meses de reclusão em regime inicialmente fechado.

2 – Por crimes sexuais contra três vítimas, entre 2011 e 2013: João de Deus foi condenado a 16 anos e 10 meses de reclusão em regime inicialmente fechado.

3 – Por crimes sexuais contra cinco vítimas, cometidos entre 2010 e 2015: a pena do médium foi de 41 anos e 4 meses de reclusão em regime inicialmente fechado.

Essas não foram as primeiras condenações que João de Deus recebeu em processos. Mesmo que a pena ultrapasse as centenas de anos, João de Deus não poderá ficar mais do que 40 anos preso. Isso porque, desde janeiro desse ano com a aprovação da lei que veio do “pacote anticrime”, o tempo máximo que uma pessoa pode ficar cumprindo pena no nosso país deixou de ser 30 e passou para 40 anos, independentemente do tipo de crime.

Além dessas, ele também já tinha sido condenado outras vezes.

2019

Em novembro ele foi condenado a quatro anos em regime semiaberto por posse ilegal de arma de fogo. Já em dezembro do mesmo ano, o médium recebeu a condenação de 19 anos em regime fechado por crimes sexuais cometidos contra quatro mulheres.

2020

Em 2020, João de Deus foi condenado a 40 anos em regime fechado por crimes sexuais cometidos contra cinco mulheres.

2021

Em maio desse ano o médium foi condenado a dois anos e meio em regime aberto por violação sexual mediante fraude. Já em novembro, a condenação foi de 44 anos por estupro de vulnerável contra quatro mulheres.

2022

Em janeiro desse ano, o médium recebeu a condenação de quatro anos de prisão por violação sexual mediante fraude.

Fonte: G1,UOL

Imagens: Poder360,G1

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