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O cachorro é o melhor amigo do homem, e todo mundo que tem um cãozinho fala sobre a lealdade do animal. Além de fazerem companhia para seus donos, os cachorros são capazes de salvar vidas. E talvez seja a reciprocidade entre homem e cão que faz com que essa amizade seja duradoura. Até porque, com toda certeza, os tutores de cachorros farão tudo ao seu alcance para não deixar que nada de ruim aconteça com seus bichinhos, e se acontecer, eles farão tudo que podem também para salvar seu companheiro.
Isso foi visto na prática no caso de Laiha Slayton, de 20 anos. A jovem teve ferimentos graves depois de tentar salvar seu próprio cão no Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos. O que aconteceu foi que o cão caiu em uma fonte de água quente. Logo, Laiha mergulhou para tentar resgatar seu bichinho.
A jovem foi salva por seu pai, Woodraw, mas ainda está em coma e com 90% do corpo queimado. O animalzinho infelizmente não resistiu e faleceu.
Caso
O Globo
A irmã de Laiha, Kamilla, deu uma entrevista ao site East Idaho News e contou que a jovem estava de mudança de Washington para o estado de Ohio. Lá ela começaria a trabalhar como auxiliar de dentista. E como o Parque Nacional de Yellowstone estava no caminho, o pai e a jovem decidiram parar e visitá-lo, já que nunca tinham ido.
Junto com eles estavam viajando os dois cães da família da raça Shih Tzu, Chevy e Rusty. “Houve um vazamento de um gêiser próximo em direção a um riacho. Rusty queimou o pé nele e começou a enlouquecer. Papai tentou pegar Chevy e em seguida o acidente ocorreu. Rusty foi para o gêiser e meu pai viu minha irmã pular para salvá-lo”, contou a irmã da jovem.
De acordo com o Parque, o cão caiu na fonte térmica “Maiden’s Grave”, nela a temperatura da água é perto dos 93° Celsius. Depois do acidente, o pai levou sua filha imediatamente para o hospital enquanto Rusty foi mandado para um centro veterinário. O estado de saúde de Laiha é considerado crítico.
“Minha família está sofrendo. Meu irmão faleceu em setembro de 2020. Não há palavras para descrever o sentimento de quando minha mãe recebeu o telefonema de meu pai avisando que minha irmã havia sido levada de avião para o hospital. Não consigo imaginar o que meu pai passou tirando Laiha tão rápido e ouvindo os gritos dela”, finalizou Kamilla.
Cão
O caso de Laiha não é único, pelo menos não na motivação do ato. Isso porque várias outras pessoas também já arriscaram a sua própria vida para tentar salvar seu animal de estimação, como por exemplo, esse idoso da Flórida, nos EUA, que enfrentou um crocodilo para salvar seu cão da morte. Felizmente, uma câmera conseguiu pegar toda a ação para ser vista depois por todos.
O homem é Richard Wilbanks, um idoso de 74 anos, da cidade de Estero. Ele estava passeando com seu cachorro Gunner, em volta de um lago que fica perto da sua casa. Nisso, um crocodilo jovem saiu da água, abocanhou o cãozinho filhote de três meses e o arrastou para o lago.
Segundo Wilbanks, assim que ele viu seu cachorrinho sendo levado pelo crocodilo, sua adrenalina foi nas alturas e ele, por instinto, pulou na água para lutar contra o crocodilo e recuperar seu cão.
Por sorte, o crocodilo em questão tinha aproximadamente 60 centímetros de comprimento e segurá-lo não foi muito difícil. O tamanho para que um crocodilo seja considerado uma ameaça ao ser humano é de 1,2 metro.
Contudo, a parte difícil do resgate feito por Wilbanks era abrir a boca do crocodilo. Primeiro, o idoso agarrou o crocodilo e o levou até a margem do lago. Depois, ele enfiou as mãos na boca do animal, agarrando sua mandíbula e maxilar. E então começou a forçar a abertura.
Até que, então, Gunner conseguiu escapar. Com toda essa verdadeira história de terror, o cachorrinho, felizmente, teve apenas um machucado. No entanto, as mãos de Wilbanks estavam “todas mastigadas”, como o próprio contou em entrevista.
Todo o embate entre o idoso e o crocodilo foi registrado por uma câmera de vida selvagem que tinha sido instalada para capturar vídeos da vida selvagem local e ajudar as pessoas a apreciarem e entenderem os animais locais.
“Vivemos em uma paisagem compartilhada. Não queremos apenas tolerar a vida selvagem, mas, em vez disso, queremos prosperar com a vida selvagem em uma paisagem compartilhada”, disse Meredith Budd, da Florida Wildlife Federation, que instalou as câmeras.
Fonte: O Globo
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