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Justiça condena Gilberto Barros por discriminação ao dizer que vomita e bate em homens que se beijam

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O apresentador Gilberto Barros foi condenado pela 4ª Vara Criminal do Foro Central Criminal Barra Funda por discriminação. A sentença foi publicada na última sexta-feira (12) e ainda cabe recurso.

De acordo com a juíza que julgou o caso, Roberta Hallage Gondim Teixeira, no dia 9 de setembro de 2020, Barros “praticou e induziu a discriminação e preconceito de raça, sob o aspecto da homofobia”, pelo YouTube. Ele proferiu as frases em um canal que tinha quase 200 mil inscritos.

Sendo assim, a sentença prevê dois anos de reclusão em regime semiaberto, além do pagamento de 10 dias de prestação de serviços à comunidade. Na ocasião que foi julgada, o apresentador comentou no programa Amigos do Leão sobre presenciar um beijo entre dois homens em público.

“Ainda presenciar, onde eu guardava o carro na garagem, beijo de língua de dois bigode, porque tinha uma boate gay ali na frente, não tenho nada contra, mas eu também vomito, sou gente, gente. Hoje em dia se quiser fazer na minha frente faz, apanha dois, mas faz”.

A defesa de Gilberto de Barros, de acordo com a sentença, pediu a absolvição do réu por “atipicidade da conduta”. Desse modo, os advogados alegaram que não houve intenção de atacar publicamente a comunidade homossexual e que buscava “defender as minorias”.

Apresentador é condenado por discriminação

William de Lucca Martinez, jornalista que testemunhou o incidente, contou no processo que recebeu diversas informações por redes sociais sobre situações de discriminação como esta e que a fala do réu incentiva a violência. William foi quem fez a representação sobre o caso.

Gilberto de Barros confirmou sua fala à Justiça, no entanto, negou a acusação. Segundo o documento, o apresentador afirmou estar “constrangido com a situação, pois sempre usou sua arte ou ofício para melhorar o país”.

“Pelo seu sangue italiano ele costuma falar muito. Sempre busca apresentar pessoas que produzem o bem para a sociedade. Relata que no programa estava comemorando os 70 anos da televisão brasileira. Jamais teve a intenção de incitar a violência. Relata que a fala refere-se a um episódio por ele assistido quando tinha 26 anos. Observou ser caipira do interior e tudo era um tabu na época”, escreveu a juíza.

“Em relação a sua fala, contou ter guardado o carro na garagem e saído; atravessou a rua com medo, então viu uma pessoa de calça abaixada; um moço estava abaixado e o outro em pé. Então o que estava abaixado se levantou, percebendo o depoente que dois homens faziam sexo na rua”, completou.

Famosos acusados de homofobia

Cada vez mais celebridades demonstram seu apoio à comunidade LGBTQIA+, mas, há aqueles que se mostram firmes em proferir seus preconceitos.

50 Cent

Foto: Reprodução

O rapper estadunidense com hits como Candy Shop possui um longo histórico de homofobia e transfobia em seu currículo. Dessa forma, ele causou polêmica ao debochar em 2010, da homossexualidade do blogueiro Perez Hilton. “Perez me chamou de idiota porque fiz meu amigo filmar um casamento gay. Só porque não era dele? Me sinto melhor!”, escreveu ele em seu perfil no Twitter.

Além disso, em 2015, ele reclamou da representatividade LGBTQIA+ na série “Empire”, ao publicar: “3 milhões de pessoas assistiram o Empire da noite passada! Vocês viram? Não podia ter mais coisas gays ou de celebridades!”, disse.

Em uma das polêmicas mais recentes, o rapper marcou gratuitamente a filha do jogador da NBA, Deyane Wade, que é transgênero, ao tentar zoar o seu amigo Young Buck. “Se você está se relacionando com uma travesti, você é gay. É isso!”.

Caio Castro

Em uma entrevista de 2011 à revista Quem, Caio Castro falou sobre a sua fama de pegador a fez uma associação com homossexuais. “Não acho que sou pegador. Mas vou te falar uma parada também, se você não tem fama de pegador e é solteiro, fica com fama de veado. Então, antes pegador que veado, né?”.

Já em 2021, o ex-namorado de Grazi Massafera foi acusado de homofobia por internautas, após compartilhar um trecho da participação de um pastor no “Programa Raul Gil”, em que diz não ser “a favor do relacionamento” entre pessoas do mesmo sexo. “Eu vivi com um cara que era meu irmão, e ele era gay. Ele tinha uma situação [financeira] melhor que a minha. Eu usava o tênis dele, as roupas dele. Eu não tenho problema nenhum. Eu tenho valores, não vou abrir mão deles. Se você me perguntar se eu acho certo, eu não acho. Mas isso não nos torna inimigos”, dizia o vídeo compartilhado em seus stories no Instagram.

Por conta da polêmica, o ator compartilhou um vídeo se desculpando com a comunidade LGBTQIA+. “Sobre qualquer ideia de relação homoafetiva: eu sou a favor, sim! Sou a favor do amor entre as pessoas. Mas existem pessoas que não são, pessoas que tem convicções e costumes diferentes. Não precisamos e nem devemos aceitar, mas precisamos respeitar. Eu sou contra ele [o pastor do vídeo] ser contra [a união homoafetiva], mas eu respeito a opinião dele. Tudo começa no respeito”, disse.

Fonte: G1

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