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Kenichi Horie, um japonês de 83 anos, decidiu cruzar o Pacifico sozinho

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O japonês Kenichi Horie, de 83 anos, deixou o porto de São Francisco, nos Estados Unidos, rumo ao Japão, sua terra natal. A viagem teve início no último sábado, 25, e não viraria notícia se o japonês realizasse o percurso a bordo de um navio tripulado por diversas pessoas. No entanto, ele decidiu realizar todo o trajeto sozinho. Um aventureiro nato!

Kenichi Horie optou por cruzar os mais de oito mil quilômetros que separam os dois países a bordo de um veleiro. “Estou sempre bem, sempre em forma… Sem comer demais, sem beber demais”, afirmou Horie ao jornal inglês The Guardian ao ser questionado sobre sua preparação para a viagem.

Kenichi Horie

National Park Service

O japonês não demonstra nenhuma preocupação em relação às viagens sozinho. Para ele, esse é um momento de reflexão e aprendizado. Mesmo aos 83 anos, Kenichi Horie não tem intenções de deixar de velejar por todo o oceano, muito menos de deixar de viajar sozinho.

As aventuras de Kenichi Horie

De acordo com o The Guardian, esse tipo de viagem não é uma novidade para Horie. Em 1962, aos 23 anos, ele partiu de Osaka (Japão) em direção a São Francisco (Estados Unidos), na sua primeira jornada solo e sem escalas do Oceano Pacífico. A viagem durou 94 dias. O barco usado na viagem se tornou peça de museu nos Estados Unidos. A aventura fez com que ele se tornasse o velejador mais conhecido do Japão.

National Park Service

Ao chegar em São Francisco naquela primeira viagem, Horie acabou preso. Ele havia viajado sem passaporte, dinheiro ou conhecimento básico de inglês. No entanto, o japonês foi solto após intervenção do prefeito da cidade, que lhe concedeu um visto para que ele pudesse entrar e sair do país sem maiores problemas. Desde então, as aventuras não pararam. Ou melhor, elas estavam apenas começando.

Kenichi Horie já navegou por todo o oceano, na maioria das vezes sozinho. Em 1985, ele viajou a bordo de um barco movido a energia solar do Havaí para Chichijima, no Japão. Já de 1992 a 1993, ele navegou do Havaí para Okinawa (Japão) em um barco a pedal. Em 1996, Horie navegou de Salinas (Equador) para Tóquio em um barco solar feito de alumínio reciclado.

Esta travessia cobriu 10 mil milhas (16 mil km) em 148 dias, o que rendeu o Recorde Mundial do Guinness para a travessia mais rápida do Pacífico em um barco movido a energia solar. A Sereia do Malte, barco utilizado pelo japonês, está em exibição no Santuário em Shikoku (Japão), próximo ao salão principal.

Em 1999, ele partiu de São Francisco para o Japão a bordo de um barco feito principalmente de materiais reciclados. O barco Malt’s Mermaid II, projetado por Kennosuke Hayashi, era um catamarã de 10 metros de comprimento e 5,3 metros de largura, construído a partir de 528 barris de cerveja soldados de ponta a ponta em cinco fileiras.

Kenichi Horie

San Francisco Chronicle

Na época, Horie brincou que apenas 500 deles estavam vazios. O cordame (conjunto de cabos do navio) consistia em dois mastros lado a lado com velas de sucata feitas de garrafas plásticas recicladas. Este barco está em exposição na Praia de Okura, no Japão, e é motivo de curiosidade tanto entre os japoneses quanto entre os turistas dos mais diversos cantos do mundo.

Em 2002, Horie navegou de Nishinomiya para São Francisco a bordo do Mermaid III, que era uma réplica do Mermaid original construído a partir de uma variedade de materiais reciclados, incluindo barris de uísque para o casco, latas de alumínio para o mastro e garrafas plásticas de refrigerante para as velas. Sem dúvidas, ele não tem medo de se aventurar e demonstra, sempre que possível, sua preocupação com o meio ambiente.

Fonte: Extra

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