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Nessa ilusão de ótica você vê peixe, sereia, foca ou burro?

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Quase todos nós já nos pegamos tentando interpretar uma ilusão de ótica. Ela pode ser definida como uma técnica utilizada para “enganar” o sistema visual humano, fazendo com que vejamos algo que não existe, ou então que está presente mas de um modo completamente diferente daquilo que enxergamos, e a internet está cheia de ilusões do tipo.

Uma clássica é a ilusão de ótica do coelho ou corvo, e o legado deixado por ela se propaga por todos os lugares na forma de outras ilusões com uma proposta parecida, ou seja, com traços ambíguos que acabam dividindo opiniões.

A ilusão de ótica mais recente viralizou no Twitter com uma imagem que, teoricamente, remeteria a um peixe ou uma sereia. No entanto, algumas pessoas começaram a ver outras coisas nela, como por exemplo, um burro ou até mesmo uma foca.

Essa ilusão que tem ficado cada vez mais famosa nas redes sociais nos EUA diz que ver nela um determinado desenho pode ser o resultado da predominância de um lado do cérebro da pessoa. Nesse caso, se a pessoa enxergar um peixe, o lado predominante no cérebro dela é o direito. Agora, se ela ver um sereia, o lado esquerdo do cérebro é o predominante.

Ilusão de ótica

Twitter

Porém, no caso dessa ilusão de ótica a discussão não foi se era uma coisa ou outra, como a do famoso vestido azul/dourado. Isso porque, os usuários do Twitter não se convenceram de que essas duas opções eram as únicas possibilidades de se ver na ilusão de ótica.

Originalmente, essa ilusão vem de um estudo publicado na revista científica “Journal of Personality and Social Psychology”, em 2006. O estudo falava a respeito das influências motivacionais na percepção visual. Por conta disso, essa ilusão ótica foi projetada para gerar esse tipo de confusão.

Entretanto, a ciência se concentra em responder outra questão: a predominância do lado esquerdo ou direito do cérebro realmente interfere nessas ocasiões?

Lado do cérebro

SAPO Brasil

Nesse ponto, o neurocientista Christian Jarrett esclarece que isso não tem nada a ver. “Se você vê uma sereia, um peixe, um burro ou uma foca, isso não diz absolutamente nada sobre o lado do cérebro”, pontou ele.

Na visão de Jarrett, nem mesmo a própria divisão do cérebro em lado direito ou esquerdo do cérebro deve ser uma coisa levada a sério. De acordo com ele, toda essa ideia vem de uma confusão por trás de uma divisão que realmente existe, que é o fato de o cérebro ser dividido em dois hemisférios unidos por um feixe de fibras consecutivas enorme.

Contudo, as pessoas usam os dois hemisférios juntos para a maior parte das tarefas, além de não existirem evidências científicas de que algumas pessoas sejam mais dependentes de um dos seus hemisférios cerebrais do que do outro.

Clássica

A ilusão de ótica clássica de animais é a do corvo ou coelho. Ela surgiu e foi compartilhada na plataforma de compartilhamento de imagens chamada Imgur. O usuário, chamado HorseonaBike, compartilhou o vídeo e quando as pessoas o viram logo enxergaram um corvo.

Contudo, algumas pessoas começaram a questionar e dizer que tinha alguma coisa errada com o coelho do vídeo. Isso fez várias pessoas ficarem se perguntando. Assim, se as pessoas observarem de uma outra forma, realmente o animal se parece um coelho.

Na época em que essa ilusão de ótica viralizou, ela aparentava ser uma novidade. Contudo, na realidade, ela já era bem antiga. Tanto que, quando o pesquisador de psiquiatria biológica da Universidade de Oslo, Dan Quintana compartilhou o vídeo ele disse que se sentiu na obrigação de fazer esse compartilhamento porque “a ilusão estática pássaro/coelho é bem conhecida dentro da psicologia e filosofia”.

“Eu achei que estava bem claro que o vídeo era de um pássaro, como você pode ver a membrana nictitante translúcida varrendo o olho horizontalmente (os coelhos não têm membranas como essa) e o posicionamento das ‘orelhas’ é um pouco estranho”, afirmou Quintana.

O psiquiatra fez o seu comentário exatamente para ver a confusão geral acontecer. “Por causa disso, fiz o comentário do coelho para estimular as pessoas a pensarem que na verdade era um coelho, para dar a ele uma chance de lutar, por assim dizer, nessa recriação da ilusão original”, acrescentou.

Fonte: Canaltech, UOL

Imagens: Twitter, SAPO Brasil

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