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Lagosta rara é salva momentos antes de ser preparada em restaurante

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Uma lagosta extremamente rara foi salva momentos antes de ser preparada para um jantar, nos Estados Unidos. A lagosta fazia parte de um carregamento enviado de outro estado americano para o restaurante Red Lobster, no estado da Virgínia. As chances de encontrar um crustáceo como esse é de uma em 30 milhões.

O animal foi salvo pelos funcionários da loja, que perceberam que se tratava de uma lagosta diferente das demais. Esse animal faz parte da espécie faxonius e possui manchas douradas e pretas. Ao perceber que se tratava de uma lagosta cálico, que é extremamente rara, os funcionários do restaurante comunicaram o escritório central da empresa. 

A Red Lobster, por sua vez, telefonou para uma equipe do Virginia Living Museum, onde funciona um centro de pesquisa, um zoológico e um aquário, para onde o animal foi levado. A lagosta raríssima ganhou o nome de Freckles. 

Red Lobster

“Lagostas cálico coloridas como a Freckles são tão raras. Foi quase inacreditável que nós recebemos uma aqui”, afirmou a empresa Red Lobster em um comunicado enviado ao “Washington Post”. “Estamos muito orgulhosos dos nossos funcionários por terem reconhecido que a Freckles era tão especial — e por ter nos avisado para que nós pudéssemos organizar o resgate”, completou a empresa.

Em nota, o diretor sênior de bem-estar e conservação animal do museu, Chris Crippen, respondeu dizendo que isso é “uma oportunidade de compartilhar a raridade da natureza com nossos visitantes, bem como continuar a educar sobre práticas sustentáveis com animais marinhos e ressaltar sobre a importância de esforços significativos na conservação da pesca da lagosta americana”.

Por que as lagostas são cozidas vivas?

Os crustáceos são animais artrópodes que possuem uma crosta protegendo o corpo. São de grande importância a cadeia alimentar, já que servem de alimento aos peixes e outros animais maiores. Mas, não são só os animais marinhos que as lagostas alimentam. Esse item é bastante apreciado na alimentação humana e é, inclusive, base para pratos requintados. 

Mas, para que humanos possam ingerir esses animais, eles não podem ser cozidos após a morte. Essa é uma conduta que gera repercussão mundo afora por conta do sofrimento ao qual os crustáceos são submetidos. Como exemplo disso, é possível analisar o caso citado acima, de uma lagosta rara que foi salva momentos antes de ser, literalmente, cozida viva. 

A explicação para que as lagostas sejam cozidas ainda vivas está nas bactérias nocivas presentes naturalmente em sua carne. Uma vez que a lagosta esteja morta, essas bactérias podem se multiplicar rapidamente e liberar toxinas que podem não ser destruídas pelo simples cozimento. Portanto, caso o animal seja preparado após a morte, são grandes as chances das pessoas que o consomem adquirirem uma intoxicação alimentar. 

Essa prática é cruel e, por isso, recentemente o governo da Suíça proibiu o cozimento de lagostas vivas. A nova medida exige que as lagostas sejam “atordoadas previamente”, seja por choque elétrico ou por uma “destruição mecânica” do cérebro antes que sejam fervidas. Mas, essa atitude não seria tão cruel quanto a anterior?

Para que o cozimento continue acontecendo como sempre aconteceu, com as lagostas vivas, algumas pessoas defendem que esses animais não possuem cérebro como o nosso e, por isso, não podem sentir dor. No entanto, embora os crustáceos não possuam o mesmo nível de consciência que o ser humano, não dá para negar que eles reagem tanto a níveis físicos quanto hormonais, o que indica a percepção de dor. 

Na verdade, o hormônio que elas liberam na corrente sanguínea, o cortisol, é o mesmo que os humanos produzem quando sofrem algum machucado. Mas o sinal mais visível da angústia da lagosta durante o cozimento é o seu rabo, que se contorce como um tipo de “reflexo de fuga”. Ou seja, é fato que esses animais demonstram sofrimento ao serem preparados vivos.

Por conta dos debates sempre presentes a respeito do tema, outros países como Noruega, Áustria, Nova Zelândia e alguns territórios australianos já impõem restrições ao preparo tradicional das lagostas. Além dessas nações, algumas cidades na Alemanha e na Itália também já proibiram explicitamente a prática do cozimento de lagostas vivas em água fervente.

Apesar disso, diversas outras partes do mundo continuam permitindo o preparo comum desses crustáceos, ou seja, o cozimento dos animais ainda vivos. E, embora algumas medidas já tenham sido tomadas pelas regiões explicitadas acima, as discussões acerca do assunto continuam sendo fomentadas com o objetivo de poupar o sofrimento desses e de tantos outros animais.

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