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Larvas e gafanhotos: por que não devemos desprezar a ideia de comer insetos

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Comer está entre as melhores coisas da vida, não é mesmo? Felizmente algumas comidas agem como um abraço quente, consolando-nos quando mais precisamos. E isso não é apenas psicológico, visto que comer o que gostamos realmente causa um efeito de prazer. Difícil é achar uma pessoa que não goste de um bom churrasco, um bolo de cenoura com cobertura nos dias frios ou uma mesa cheia de sushis e produtos da culinária japonesa.

Bom, opções não faltam, principalmente aqui no Brasil, onde a diversidade cultural nos permite escolher qual culinária nos agrada mais. No entanto, existem pessoas com o hábito de comer insetos, e não estamos falando apenas dos chineses. Tem um nome para isso: Entomofagia. O termo em específico representa o consumo direto ou de produtos derivados de insetos.

A ideia de se alimentar de insetos como gafanhotos, larvas entre outros parece absurda, não é? Não nos imaginamos fazendo isso justamente porque não faz parte da nossa vivência. No entanto, especialistas já começaram a considerar essa hipótese por alguns motivos.

Por que não podemos descartar a ideia de comer insetos

Estudiosos sugerem que gafanhotos, larvas, minhocas e outros bichos “estranhos” podem se tornar o alimento do futuro. Uma matéria transmitida pelo jornal The Washington Post investigou essa possível tendência a fim de apontar os benefícios e as dificuldades do crescimento e da aceitação do grande público da indústria dos insetos.

Por mais estranho que pareça, o consumo de insetos não é nada novo. Na verdade, essa é uma prática milenar, mantida por pelo menos 2 bilhões de pessoas em todo o mundo. Partes da África, Ásia e até mesmo da América Latina ainda mantêm o costume.

Diante disso, estima-se que em 2030 o mercado desses animais seja avaliado em 9,6 bilhões de dólares. Produtos como formigas salgadas e barra de proteína feita com grilo em pó já são comercializados. O mais surpreendente é que esses produtos realmente têm demanda na internet. As pessoas compram e o feedback é positivo.

A gastronomia com insetos pode trazer muitos benefícios para a saúde. Isso porque os animais são ricos em nutrientes que precisamos para viver bem, como proteína, ferro, zinco, cálcio, vitaminas e antimicrobianos. Tudo isso pode aumentar a nossa imunidade e ajudar a combater infecções, inflamações e até mesmo o câncer.

Além disso, a produção desses alimentos produz muito menos gases de efeito estufa, visto que exige uma quantidade menor de água e terra. Não podemos descartar também o fato de produzir uma quantidade muito maior de alimentos quando comparamos com a produção de rações ou plantas para produção.

A dificuldade do mercado

O maior problema quando falamos em produzir e comercializar insetos para a alimentação não é nem o sabor, mas o aspecto visual. Isso porque nós, por exemplo, não gostamos de comer um prato de carne bovina que se parece, de fato, com uma vaca. Sendo assim, resistimos aos pratos que tenham antenas, patas ou parte total do inseto, visto que a limpeza para o preparo é muito difícil.

No entanto, depois de provar produtos em que os insetos são protagonistas, boa parte das pessoas se mostra disposta a realmente comer mais vezes. Relacionando a questões ambientais, o combate ao desperdício e à fome se tornaram compromissos incontornáveis da indústria alimentícia.

Por esse motivo, a produção de insetos como alimentos tende a crescer de forma considerável. Além de investir no sabor, o marketing bem feito será essencial no processo. Isso porque só é preciso fazer as pessoas comerem uma vez para se encantarem, segundo os especialistas na gastronomia.

Fonte: Hypeness

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