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Lua atinge o afélio e o perigeu no mesmo dia em setembro

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A beleza do universo e os fenômenos que ele tem é inegável. Todos os anos, acontecem milhares de eventos astronômicos, como as fases da lua, chuvas de meteoro, eclipses, ocultações, oposições, conjunções e outros eventos interessantes, e alguns deles podem ser vistos a olho nu.

Um deles irá acontecer na madrugada dessa quarta-feira, 27 de setembro, onde a lua irá alcançar o afélio, que é o ponto mais distante do sol na sua órbita. Isso irá acontecer às 3h44, momento em que a distância entre ela e a estrela do sistema solar será de 1,0045 unidades astronômicas (UA), o equivalente a quase 51 milhões de quilômetros.

De acordo com o InTheSky.org, depois de algumas horas, no caso às 21h58, a lua irá atingir o seu perigeu, que é o ponto mais perto da Terra em sua órbita. Essa distância é variável porque a órbita do nosso satélite natural não é um círculo perfeito. Na realidade, ela é um pouco oval, fazendo um formato conhecido como elipse.

Quando acontecerá

Observatório nacional

Então, conforme ela vai passando por essa órbita elíptica em volta da Terra todos os meses, a distância varia de 356.500 quilômetros no perigeu, até 406.700 quilômetros no apogeu, quando ela está mais distante de nós.

Quando a lua está em seu perigeu, ela fica até 14% mais brilhante no céu quando ela está visível. Isso irá acontecer agora, até porque, nosso satélite natural está a dois dias de sua fase cheia.

Lua

Olhar digital

lua está a uma distância sedutoramente “perto” do nosso planeta e cosmicamente longe. Contudo, essa distância parece estar aumentando cada vez mais. Isso porque nosso satélite natural está ficando mais distante do nosso planeta. Para se ter uma noção, há cerca de 2,45 bilhões de anos, a distância era de 322 mil quilômetros, e atualmente ela está a 384 mil quilômetros, o que são 60 mil quilômetros mais longe da Terra.

Quem mediu essa quilometragem foi Joshua Davies, professor de ciência da terra e atmosfera da Universidade de Québec, no Canadá, e Margriet Lantink, pesquisadora associada de pós-doutorado do Departamento de Geociências da Universidade de Wisconsin-Madison, dos Estados Unidos.

De acordo com eles, esse afastamento da lua da Terra é gradual e conhecido há muito tempo. Em 1969, durante as missões Apollo da NASA, os pesquisadores disseram que os próprios astronautas perceberam uma coisa estranha nos painéis reflexivos que estavam instalados na superfície da lua. De acordo com Davies e Lantink, a NASA percebeu que a lua estava se afastando do nosso planeta 3,8 centímetros anualmente.

“A distância entre a Terra e a lua está diretamente relacionada à frequência de um dos ciclos de Milankovitch, o ciclo de pressão climática”, escreveram os pesquisadores.

Eles explicaram que esse ciclo surge do movimento de oscilação ou na mudança de orientação do eixo de rotação do nosso planeta no decorrer do tempo. Hoje em dia, ele dura 21 mil anos, no entanto, no passado, ele teria sido menor justamente na época em que a lua estava mais perto de nós.

“Os ciclos de Milankovitch registrados em sedimentos de 2,46 bilhões de anos indicam que o ciclo de precessão da Terra teve uma frequência significativamente maior do que a atual, sinalizando duração do dia e distância Terra-Lua mais curtas”, explicaram os pesquisadores.

Ainda de acordo com Davies e Lantink, o preocupante com relação a esse distanciamento é que a lua tem um efeito de frenagem na Terra, ou seja, quanto mais longe o satélite natural estiver, mais longos serão os dias. Além disso, as horas do dia irão aumentar. Contudo, não é preciso temer porque para que isso aconteça pode levar “milhões de anos antes mesmo de começar a fazer a diferença”.

Fonte: Olhar digital,  Istoé

Imagens: Observatório nacional, Olhar digital

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