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Marca de roupas com mensagens nacionalistas dos EUA recebe multa em R$ 1 milhão por trocar etiquetas de ‘feito na China’

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Uma marca de roupas dos Estados Unidos que produz peças com mensagens políticas conservadoras recebeu uma multa de US$ 200 mil, mais de R$ 1 milhão. Isso porque a marca de roupas trocou etiquetas que informavam que as peças foram feitas na China. Então, colocaram etiquetas com a informação falsa de que fabricaram as peças nos Estados Unidos.

Assim sendo, a marca de roupas em questão foi a Lions Not Sheep (leões, não ovelhas, em tradução livre). A Comissão Federal de Comércio foi responsável pela aplicação da multa. A comissão começou o processo contra a marca de roupas quando o próprio dono da Lions Not Sheep, Sean Whalen, publicou um vídeo em que dizia ser possível “esconder” a origem das camisetas dele ao tirar a etiqueta e costurando uma outra falsa.

De acordo com o órgão que supervisiona o comércio nos Estados Unidos, a marca de roupas adotou essa prática entre maio e outubro de 2021. “Nós nos esforçamos para garantir empregos dentro dos EUA, nossos itens em branco (sem estampas) são comprados internacionalmente e enviados aos EUA para receber estampas, estamparia por laser, etiquetas e embalagens dos EUA”, diz o site da marca.

No entanto, em um post no Instagram da empresa em maio, Whalen afirmou ter orgulho de “ter construído uma empresa a partir de uma única camiseta com suor e lágrimas e que emprega dezenas de americanos trabalhadores”.

“Muitas pessoas que não fizeram muito sempre têm muito a dizer, mas nós da Lion Not Sheep estamos trabalhando duro para continuar a crescer e apoiar todos os patriotas em todo o mundo”, afirmou ele.

Lions Not Sheep

marca de roupas

Reprodução

A marca de roupas que pagará a multa de R$ 1 milhão vende itens como camisetas, moletons e jaquetas em seu site, bem como através da Amazon e Etsy.

Assim, segundo a Comissão Federal do Comércio, comercializa-se produtos principalmente por meio de canais de mídia social. Alega-se que “mostraria às pessoas que é possível viver sua vida como um LEÃO, não como uma ovelha”.

Algumas camisetas em seu site dizem “dê uma chance à violência”, retratam o ex-presidente Trump como o Exterminador do Futuro e apresentam armas de fogo de estilo militar.

“Você tem duas opções, ser liderado ou ser liderado”, era outra frase presente no site da empresa. O dono, Sean Whalen, disse em um comunicado ao USA TODAY que a empresa não concorda com a decisão da Comissão Federal de Comércio.

Porém, “não tem escolha a não ser aceitá-la e seguir em frente”. O comunicado disse que a empresa tem sido “muito honesta e transparente” sobre seus negócios. Além disso, ele cita um vídeo do Facebook, publicado em outubro de 2020, postado por Whalen, no qual ele diz que a empresa compra camisas fabricadas na China.

Pedidos

Dessa forma, além da multa, a Comissão Federal de Comércio determinou que a marca de roupas deve parar de fazer afirmações falsas quanto à produção nos Estados Unidos e falar a verdade sobre a origem dos produtos. A Lions Not Sheep também deve incluir informação clara sobre quais partes da produção foi feita em território estrangeiro caso afirme que o produto foi “feitos nos Estados Unidos”.

Isso inclui qualquer etapa de produção, os componentes e o processamento. Portanto, para afirmar que a marca fabrica os produtos nos Estados Unidos, ela precisa se certificar de que a última transformação decisiva no produto tenha ocorrido no país e que as operações de montagem sejam substanciais no local.

“De acordo com a ordem, Whalen e Lions Not Sheep devem parar de alegar que os produtos são fabricados nos Estados Unidos. Isso a menos que possam mostrar que a montagem ou processamento final do produto – e todo processamento significativo – ocorre aqui. Também, que todos ou praticamente todos os ingredientes ou componentes de o produto é feito e adquirido aqui”, determina a Comissão Federal de Comércio em seu comunicado sobre o pedido final.

Fonte: G1

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