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Medicamento contra obesidade reduz 22% do peso, diz farmacêutica

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A obesidade tem sido uma questão crescente no mundo inteiro, e o pior é que ela não se limita aos adultos e nem aos Estados Unidos. A cada dia que passa, pessoas no mundo inteiro comem mais e se exercitam menos. Por isso, a procura por medicamentos que possam ajudar nesse problema é um ramo de estudo crescente e que sempre traz descobertas.

De acordo com a farmacêutica americana Eli Lilly, o seu medicamento feito para pacientes que têm obesidade, que está em fase em fase de teste, mostrou uma eficácia de 20% na diminuição do peso corporal.

Para a Fase 3 do estudo foram chamados mais de 2.500 pacientes. Eles avaliaram a eficácia e segurança do medicamento chamado “tirzepatide” em adultos com obesidade ou sobrepeso com pelo menos uma comorbidade que não fosse diabete.

Medicamento

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Segundo a farmacêutica, com o medicamento, os pacientes perderam até 24 quilos em 72 semanas de tratamento. Essa perda de peso foi maior  quando comparada com os participantes que tomaram o placebo.

Além do medicamento, os participantes do estudo também seguiram uma hipocalórica e um cronograma de atividade física. Tudo isso foi acompanhado pelos pesquisadores.

No entanto, a empresa ainda não publicou seus resultados em nenhuma revista científica. Por isso, o que se sabe até agora é que o medicamento age ativando os receptores do corpo para hormônios naturais do nosso sistema que regulam a glicose, diminuem a ingestão de alimentos e aumentam a sensação de gasto de energia.

“O tirzepatide proporcionou reduções impressionantes de peso corporal no SURMOUNT-1, o estudo clínico. O que pode representar um importante passo para ajudar a parceria entre paciente e médicos no tratamento dessa doença complexa”, disse Louis J. Aronne, especialista em obesidade da Weill Cornell Medicine, que trabalhou com a Eli Lilly como principal pesquisador do estudo.

A empresa também disse que os efeitos colaterais mais relados durante o tratamento estavam relacionados com o trato gastrointestinal. Além disso, eles, geralmente, eram de gravidade leve ou moderada.

Obesidade

Formédica

A obesidade é um problema em escala global, e o mais preocupante é que a obesidade infantil está se tornando cada vez maior. Para se ter uma ideia, no Brasil, de acordo com um estudo encomendado pelo Ministério da Saúde, uma em cada 10 crianças brasileiras de até cinco anos está com o peso acima do ideal.

Esse número mostra que 7% das crianças está com sobrepeso e 3% delas já está com obesidade. Além disso, o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani-2019), coordenado pelo Instituto de Nutrição Josué de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mostrou que um 18,6% das crianças dessa faixa etária, o que representa um quinto delas, estão com risco de sobrepeso.

Para o estudo, considerou-se os indicadores de 2019, um período antes da pandemia do COVID-19. Por conta disso, os pesquisadores acreditam que esse número deve ter piorado por causa das mudanças na rotina de alimentação, atividade física e acompanhamento médico.

Esse aumento da obesidade serviu como um alerta para os médicos. A pesquisa mais recente foi divulgada pelo Ministério da Saúde em 2021 e estimou que 6,4 milhões de crianças têm excesso de peso no nosso país, e 3,1 milhões já evoluíram para a obesidade.

“O que realmente nos preocupa é a tendência de aumento. No passado, a obesidade era um fenômeno concentrado principalmente entre adultos, mas aos poucos ela foi atingindo também os adolescentes, as crianças mais velhas e agora as de menos de 5 anos. O fato de que as crianças menores têm uma prevalência um pouco mais alta do que as mais velhas aponta para uma perspectiva de piora no futuro”, concluiu Inês Rugani, pesquisadora do Enani-2019.

Fonte: G1, BBC

Imagens: The street, Formédica

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