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Homem trans se casa com melhor amiga de adolescência pós transição

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Fazer parte da comunidade LGBTQIAP+ sempre foi algo difícil. Entre a comunidade, a visibilidade de pessoas trans é ainda menor. Felizmente, a cada dia que passa temos mais pessoas trans ocupando lugares e mostrando suas histórias que servem de inspiração e motivação para tantas outras.

Uma dessas histórias é a desse homem trans que se casou com sua melhor amiga de adolescência depois de passar pelo seu processo de transição. Aaron Capener conheceu sua esposa, Kayla, quando os dois estavam no Ensino Fundamental na cidade de Kingsport, estado americano do Tennessee.

Na época, ele tinha 14 anos e ainda não tinha entendido que era um homem trans. Ele e Kayla se casaram ano passado, e o mais lindo de tudo é que ela esteve ao lado do seu marido durante todo o seu processo de transição.

“Kayla e eu estamos casados ​​e felizes e todas as provações e tribulações pelas quais passei para chegar a este ponto valeram muito a pena”, disse Aaron.

Relação

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Embora os dois fossem muito amigos e a amizade deles tenha surgido de imediato, o homem lembra que o amor entre eles foi crescendo com o tempo. “Nosso relacionamento foi construído com base em nossa amizade e acredito que é isso que o torna tão forte”, disse Kayla.

Na época em que Aaron conheceu Kayla, ele ainda se identificava com o gênero feminino. Já nessa época ele percebeu que estava apaixonado pela amiga. No entanto, por conta do medo do preconceito, ele manteve seus sentimentos escondidos.

Com isso, a família de Aaron se mudou para o estado de Oregon e ele e Kayla se separaram, mas se mantiveram próximos através das redes sociais. Foi nesse período que ele começou a perceber que tinha algo de diferente na maneira como ele se enxergava.

“À medida que comecei a amadurecer e passar pela puberdade, ficou evidente para mim que algo não parecia bem e comecei a fazer minha própria pesquisa”, explicou.

Descoberta

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O primeiro pensamento de Aaron é que ele fosse uma mulher lésbica e com isso já teve julgamento da sua família. “Quando me assumi gay, minha família ficou extremamente decepcionada; Eles me fizeram ver o pastor da nossa igreja para tentar ‘curar’ meus sentimentos, e então começaram a dizer que eu simplesmente não estava orando o suficiente”, lembrou ele.

Por conta disso, quando tinha 16 anos, ele saiu da casa dos pais e começou a trabalhar para conseguir se manter. Nessa época que Aaron entendeu que ele era um homem trans.

Em 2016, ele voltou para a cidade de Kayla. Depois de vários encontros, os dois se beijaram e confessaram um ao outro seus sentimentos.

“Enquanto Aaron estava em Oregon, eu me mantive atualizada de sua transição e o que estava acontecendo com ele todos esses anos. Foi muito natural passar de amigos para um relacionamento. Aaron sempre foi a mesma pessoa, não importa qual fosse seu nome ou pronomes. Sua transição não afetou nosso relacionamento nem um pouco”, disse Kayla.

“Sou incrivelmente abençoado por ter Kayla como minha esposa e por ela ter me amado, sem se importar com meu gênero. Eu me senti assim desde o momento em que a conheci e tê-la como minha esposa agora é um sonho tornado realidade”, disse Aaron.

Trans

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Cada vez mais estamos vendo a presença de pessoas trans na indústria do entretenimento e na moda. Mesmo que o caminho ainda seja longo, é preciso lembrar e comemorar a conquista crescente desse espaço por celebridades trans. Fruto de muita luta, ativismo e quebra de preconceitos, essas celebridades estão conseguindo seu espaço e abrindo as portas para muitas outras.

Como por exemplo, Valentina Sampaio. Em 2020, a brasileira se tornou a primeira modelo trans a posar para a revista americana “Sports Illustrated”. De acordo com MJ Day, a editora-chefe da revista, a escolha de Valentina foi por conta da beleza dela e pelo seu ativismo em prol da comunidade trans.

Valentina nasceu no Ceará e já tinha feito história por ter sido a primeira trans a ser capa da Vogue Paris. Ela também foi a primeira a estrelar uma campanha para o catálogo da Victoria’s Secret.

“O caminho não foi fácil, o preconceito continua nos matando, por isso cada passo é uma grande vitória para todas nós”, disse ela.

Fonte: Metrópoles,MSN

Imagens: Metrópoles, MSN

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