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Medicina descobriu como a memória se forma no cérebro

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Por muitos séculos, o homem lutou para compreender como funciona o armazenamento das memórias em nosso cérebro. Contudo, à medida que novos fatos são descobertos, fica mais evidente a estranheza de como funciona a memória. Mesmo assim, os pesquisadores não deixam de tentar entendê-la.

Muito se diz que o cérebro e um computador são parecidos. No caso do computador, para ele armazenar informações para sempre é preciso de um disco rígido, como por exemplo, HD ou SSD, que tenham componentes para armazenar dados e arquivos. No entanto, com relação ao cérebro existe a dúvida a respeito do que faz com que uma memória da infância, por exemplo, fique armazenada.

Agora, um estudo feito pelos pesquisadores do Albert Einstein College of Medicine conseguiu encontrar algumas descobertas a respeito da base celular das memórias. Por exemplo, o estudo mostrou que elas são formadas por neurônios e armazenadas em um local do cérebro chamado hipocampo. E à medida que a estimulação neural repetida acontece, as conexões entre as células nervosas se fortalecem.

Formação da memória

Olhar digital

Além disso, é necessário que as proteínas estabilizem as conexões sinápticas duradouras que são precisas para as memórias de longo prazo. Essas proteínas têm sua base composta por moléculas de RNA mensageiro que são copiadas de genes relacionados com a memória.

O ponto de dúvida dos pesquisadores era que sabido tudo isso, era visto que levaria muito tempo para que uma memória duradoura fosse formada. Isso porque os mRNAS e outras proteínas se desfazem em menos de uma hora.

Então, para compreender todo o processo os pesquisadores usaram um camundongo e marcaram as moléculas de mRNA que fluem pelo Arc, que é um gene importante na conversão de atividades e experiências em memórias duradouras.

Estudo

Minilua

Com isso, os pesquisadores conseguiram estimular as sinapses nos neurônios do hipocampo do camundongo. Depois disso, eles analisaram as imagens que foram captadas através de uma técnica de alta resolução e puderam observar, de maneira individual, as células nervosas em tempo real.

“Vimos que algumas das moléculas de proteínas produzidas a partir desse estímulo sináptico inicial voltam para Arc e o reativam, iniciando outro ciclo de formação de mRNA e produção de proteínas, seguido por vários outros. A cada ciclo, vimos mais e mais proteínas se acumulando para formar ‘pontos quentes’ na sinapse, onde as memórias são cimentadas”, disse Robert H. Singer, co-autor do estudo e diretor do Programa de Biologia de RNA do Einstein.

Dando um exemplo, Singer disse: “Considere o que está envolvido na memorização de um poema. Fazer uma memória duradoura requer que você leia o poema repetidamente. Cada leitura pode ser considerada como um estímulo intermitente que adiciona proteína de construção de memória à sinapse”.

Melhorar

Folha

Além de saber como uma memória é formada, muitas pessoas procuram formas de melhorá-la. Uma coisa que traz benefícios para a saúde como um todo é o exercício físico. E com a cognição isso não é diferente. Tanto é que vários estudos mostram que os jovens que são mais ativos têm uma percepção melhor, e isso acaba contribuindo diretamente em um melhor desempenho na vida acadêmica.

No entanto, esse efeito foi visto em jovens. Será que adultos e idosos também têm esse mesmo benefício? Para isso, um estudo de Dooley et al. analisou os níveis de atividade física de 2.708 idosos com uma média de idade de 69,5 anos. O monitoramento foi feito através de um acelerômetro de pulso.

Para o estudo, os participantes foram divididos em quatro grupos, indo dos mais ativos aos menos. Conforme mostraram os resultados, aqueles que eram mais ativos tinham uma função cognitiva melhor, com uma memória melhor, fluência verbal e função executiva. Além disso, em comparação com os que eram menos ativos, eles tinham 48% menos de chance de terem dificuldades em lembrar de alguma coisa e 51% menos risco de terem confusão mental ou lapsos de memória.

Isso mostra que se os adultos e idosos aumentarem seus níveis de exercícios físicos as pessoas que têm problemas cognitivos podem cair pela metade. Em outras palavras, o exercício é um potente remédio para a saúde mental. E ele é necessário na vida de quem quer uma vida longa com uma mobilidade e memória boas.

Fonte: Olhar digital, Metrópoles

Imagens: Folha, Olhar digital, Minilua

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