Curiosidades

A mulher condenada por bruxaria em pleno século XX

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Ao que nos parece, o período onde bruxas eram caçadas parece ter ficado num passado bem distante. Contudo, a verdade é que isso acontecia até pouco tempo atrás. No meio do século XX, uma mulher escocesa chamada Helen Duncan foi condenada pela corte inglesa em 1735, por supostamente praticar bruxaria.

Helen era uma médium, e assim como muitas outras pessoas, era adepta do espiritismo. No entanto, Helen acabou por atravessar o caminho das agências governamentais. Ela já foi chamada de “a última bruxa britânica”, e hoje, lhe contamos um pouco da história dessa mulher acusada de ser impura.

Victoria Helen McCrae Duncan nasceu na pequena cidade escocesa de Callander, em 1897. Ela era a quarta de oito filhos. Desde a mais tenra idade, Helen já demonstrava alguns de seus dons mediúnicos. A menina começou a perturbar seus pais com previsões assustadoras e comportamento estranho.

Acredita-se que sua mãe, preocupada devido ao comportamento da filha, a tenha levado para se consultar com um médico. Entretanto, ele a julgou bastante saudável. Naquele mesmo dia, Helen teria alertado o médico para não sair de casa naquela noite. Não ouvindo o conselho da menina, ao sair seu carro escorregou em uma nevasca na estrada.

Uma vida de revelações

Depois de completar o ensino médio, Helen acabou engravidando fora do casamento. Para fugir do falatório em sua cidade, ela acabou se mudando para Dundee, onde conseguiu um emprego na Royal Infirmary. A médium se casou com o veterano de guerra, Henry Duncan, que trabalhava como marceneiro. Seu marido a apoiava completamente nas questões espirituais.

Henry, devido à guerra, após um tempo, ficou doente, e se tornou incapaz de dar continuidade em seu trabalho plenamente. Ele até tentou iniciar seu próprio negócio, fabricando móveis, mas o empreendimento não foi adiante. Tudo se agravou devido ao tamanho da família construída pelo casal. Além do primeiro filho de Helen, ela e Henry tiveram outros 5 filhos.

Ela então se viu forçada a conseguir um outro trabalho, o qual ela encontrou em uma lavanderia. No entanto, o dinheiro ainda era pouco para suprir os custos de vida de seus filhos e de seu marido doente. Assim, ela decidiu, com a ajuda de Henry, que usaria de seus dons para conseguir sustentar sua família.

Em 1920, Helen já era uma das médiuns mais famosas. Depois que a Primeira Guerra Mundial acabou, muita gente desejava conversar com seus parentes perdidos. Antes das sessões, muitas mulheres pediam para inspecionar o corpo nu de Helen, para se convencerem de que ele não estava escondendo nada. Ela se tornou tão popular que, com o tempo, Helen, conseguiu comprar uma bela casa para ela e sua família.

Em algumas sessões, ela retirava de sua boca um material ao qual ela dizia se tratar de ectoplasma (substância na qual, de acordo com os médiuns, as criaturas sobrenaturais se materializam). Porém, após um experimento conduzido pelo pesquisador Harry Pryce com amostras, revelou-se que tudo, na verdade, consistia de gazes e claras de ovos, que Helen engolia antes das sessões. Tais revelações não reduziram seu número de fãs. Cada vez mais pessoas procuravam a escocesa em busca de ajuda.

A morte e o navio

Em novembro de 1941, Helen conduziu uma sessão em Portsmouth, na Inglaterra, onde ela revelou que o navio de guerra HMS Barham havia sido afundado por um submarino alemão. Tais informações haviam sido mantidas sob sigilo até 1942. Até mesmo os parentes das vítimas não sabiam de tal tragédia.

O Departamento de Inteligência da Polícia Britânica começou a suspeitar que Helen tivesse algum tipo de acesso à informações confidenciais e passou a vigiá-la. Quando iam planejar as próximas ações militares, eles decidiram prender a médium sob a lei de feitiçaria de 1735. Em janeiro de 1944, ela foi acusada de enganar as pessoas usando seus “poderes sobrenaturais” e foi sentenciada a 9 meses de prisão.

Naquele tempo, sua saúde não estava em bom estado. Ela sofria de diabetes e apresentava diversos problemas cardíacos. Em setembro de 1944, ela foi libertada da prisão. Entretanto, em 1956, a polícia invadiu sua casa e a acusou de fraude. Embora ela tenha sido absolvida, todos esses ‘vai e vens’ judiciais afetaram ainda mais seu estado de saúde. Cerca de 5 meses depois dos ocorridos, ela morreu, aos 59 anos de idade.

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