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Mulher foi curada do HIV através de tratamento de células-tronco

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Aproximadamente 37 milhões de pessoas convivem com o vírus da Imunodeficiência Humana, o HIV, no mundo todo. Vários países oferecem o tratamento de prevenção para essas pessoas. No entanto, ainda não existe uma vacina ou um cura para o HIV.

De acordo com um estudo feito por pesquisadores dos Estado Unidos, foi apresentado uma descoberta importante na busca pela cura do HIV. Na Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas, em Denver, eles relataram que uma mulher de 64 anos, que vive com HIV e leucemia mieloiga aguda, recebeu um transplante de sangue de células-tronco para tratar sua leucemia. Com isso, a mulher ficou livre do vírus durante 14 meses depois que parou com o tratamento através dos medicamentos antirretrovirais.

Segundo os médicos e cientistas da Weill Cornell Medicine, que foram quem fez o transplante na mulher, esse caso sugere uma possível cura para o HIV. Assim como visto em dois casos anteriores, que também foram bem sucedidos, as células do doador tinham uma mutação que as fazia ser resistentes à infecção do HIV.

Estudo

Cell preserve

“Este é agora o terceiro relato de cura neste cenário, e o primeiro em uma mulher vivendo com HIV”, disse Sharon Lewin, presidente eleita da Sociedade Internacional de AIDS.

Esse caso é parte de um grande estudo liderado por Yvonne Bryson, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), e por Deborah Persaud, da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore. O estudo delas quer acompanhar 25 pessoas que vivem com HIV e fazem o transplante com células-tronco para tratar alguma doença grave ou câncer.

Por mais que Lewin tenha dito que esse transplante não é uma coisa viável para curar as pessoas que vivem com o vírus, o estudo feito “confirma que uma cura para o HIV é possível e fortalece ainda mais o uso da terapia genética como uma estratégia viável para a cura do HIV”, disse.

Além disso, o estudo também sugere que é possível que o transplante seja feito sem que a chamada doença do enxerto contra o hospedeiro, que é um efeito colateral, seja vista.

Transplante

DW

Essa mulher fez o transplante de células-tronco para que suas células sanguíneas e imunológicas fossem repostas depois de ela ter tido seu conjunto celular destruído por conta da quimioterapia em doses altas.

Então, os médicos usaram as células-tronco de um parente adulto dela para que suas células sanguíneas fossem restauradas de forma rápida. E o sangue do cordão umbilical de um recém nascido foi usado para dar uma reconstituição de sangue a longo prazo.

É comum que o sangue do cordão umbilical seja usado em pacientes para suprir células-tronco sanguíneas quando doadores compatíveis não foram encontrados. Isso acontece porque conforme os especialistas descobriram, esse sangue pode ser usado de forma bem sucedida até quando o doador não tem parentesco com o paciente.

No caso dessa mulher, os médicos usaram sangue do cordão umbilical que tinha uma variante do gene de resistência ao HIV, conhecida como CCR5Δ32. É a variante Δ32 que bloqueia a entrada do vírus nas células.

Depois de três meses, os médicos viram nos testes da paciente que seu conjunto de células sanguíneas era totalmente derivado das células que vieram do cordão umbilical e resistentes ao HIV. Tanto é que no pós-transplante eles não detectaram mais o vírus.

Por conta disso, a paciente parou com o uso de medicamentos antirretrovirais. Agora, já fazem 14 meses que ela não toma os remédios e mesmo assim não tem sinais do ressurgimento do HIV, o que indica uma possível cura.

Mesmo que esse resultado seja promissor, os médicos que trabalham no tratamento e na pesquisa do HIV preferem usar o termo remissão a longo prazo. Essa paciente foi bastante feliz em seus tratamentos porque também está livre da leucemia há mais de quatro meses.

Cura do HIV

Rondonia vivo

Antes desse caso já tinham outros dois relatando a remissão de longo prazo de pacientes com câncer que também viviam com o HIV. Eles também fizeram transplantes de células-tronco CCR5Δ32.

O que diferencia o caso da mulher dos outros dois é que o dela foi o primeiro a usar células do sangue do cordão umbilical, além de também ser o primeiro caso com uma mulher.

Fonte: CNN

Imagens: Cell preserve, DW, Rondonia vivo 

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