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No AM, jovem filma próprio estupro e denuncia alemão de 75 anos

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Para muitas pessoas, falar sobre sexo é ainda um tabu difícil de ser quebrado, ainda mais quando o ato acontece através de uma violência. Infelizmente, o estupro é uma realidade no nosso país e no mundo e faz inúmeras vítimas. Contudo, algumas pessoas tiram forças sabe-se Deus de onde para denunciar essa prática e tudo que a envolve, como por exemplo, essa jovem de Manaus.

No caso, a jovem de 15 anos gravou o próprio estupro e através das imagens foi possível que se desvendasse um esquema de exploração sexual de crianças e adolescentes no Amazonas.

Conforme foi mostrado no “Fantástico”, esses abusos aconteciam na pousada Cheiro de Mato, na capital do estado. No caso dessa jovem, o suspeito principal de comandar a exploração sexual dela é Wolfgang Brog, um alemão de 75 anos, que aparece no vídeo com a vítima. O pior é que ele explora a jovem desde que ela tinha seis anos de idade.

Caso da jovem

UOL

“Eu tinha seis anos quando ele começou a passar a mão em mim e me abusar. Ele passava a mão em mim quando eu estava dormindo. Ficava com medo”, disse a vítima.

De acordo com as investigações preliminares, a mãe da jovem, a tia e o alemão trabalhavam juntos na exploração da menina. E a mãe da menor até foi presa na última quinta-feira. Segundo a própria adolescente, ela teve que colocar piercings no rosto porque o seu estuprador mandou.

Esquema

Terra

Ainda conforme mostrado na reportagem, o alemão usava os rios para levar as vítimas até a pousada, que está localizada no meio da floresta. O vídeo feito pela jovem foi tido como prova para que a polícia começasse suas investigações. Depois disso, no final de março, com a ajuda de uma tia paterna, a jovem denunciou os abusos.

A polícia até tentou prender Wolfgang, mas de acordo com os investigadores, ele fugiu para a Alemanha no começo de abril. No Brasil, o homem é considerado um foragido da justiça e pode ser preso se voltar ao país.

Estupro

BBC

Além de ser um ato violento, o estupro pode acabar fazendo com que a vítima fique grávida. E como se isso já não fosse trauma o suficiente, ele pode piorar quando quem fica grávida é uma jovem.

No Brasil, a interrupção da gravidez nos casos de estupro é legal, da mesma forma que em casos de risco à saúde materna ou de anencefalia do feto. Entretanto, conforme explica o obstetra Olímpio Moraes Filho, diretor do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), hospital ligado à Universidade de Pernambuco, em vários hospitais do país, esse direito não é garantido às mulheres. Justamente por isso que o Cisam, em Recife, recebe pacientes de vários estados.

“Quanto mais se protela a interrupção, maiores os riscos. Ninguém na medicina é capaz de definir se alguém vai morrer ou não. Mas nesse caso, nessa faixa etária, posso dizer, sem nenhum tipo de dúvida, que o risco da morte da menina mantendo a gestação é muitas vezes maior do que realizar um aborto. Mas parece que isso não teve importância. A percepção é de que houve um esforço muito maior para impedir que essa gestação fosse interrompida do que para proteger essa menina. É uma desigualdade. Como se o feto fosse mais importante do que ela, de uma vida que já existe”, ressaltou o obstetra Jefferson Drezett, que por décadas coordenou o Ambulatório de Violência Sexual e de Aborto Legal do Hospital Pérola Byington, em São Paulo.

“Se há jurisprudência e é legal, por que a juíza nega o direito à interrupção da gravidez? Imagina então como os médicos se sentem inseguros em realizar a prática. O médico morre de medo de ser processado. Em uma bola dividida (de um aborto que pode ser questionado), ele prefere fazer o que não vai causar problema para ele”, concluiu Moraes.

Fonte: Correio braziliense, BBC

Imagens: UOL, Terra, BBC

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